quarta-feira, 30 de junho de 2010

Desliga a torneira!

Sabe aquele episódio do Chaves, que o Quico está com a mangueira apontada para o próprio rosto, alguém liga a torneira e ele continua lá, se afogando na água? Ainda tem a pachorra de pedir para desligarem a torneira, sem desviar a mangueira do rosto.
Esperar alguém mudar uma situação que você mesmo tem controle é estado de coma.

Wake up!

Só um breve desabafo de gente que não faz nada para se ajudar. A vida passa e você vai ficar aí.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Agora vai

Uma das coisas que mais detonam com a gente é frustração. Evitar faz bem, obrigado.

Por mais que eu estivesse planejando minha viagem há séculos, sempre dá o medinho de alguma coisa não rolar e aí o tombo ser grande. Mas eis que o último medinho acabou: a espera do visto.

No começo de 2010 o que mais teve foi demora de visto e algusn vistos negados por motivos pequenos. Medo, medo e medo. Além da frustração de planejar e não ir, o preju doi. Só de taxa de visto a gente paga mais de R$800 e não pegamos o valor de volta quando o visto é negado. Se atrasa, remarcar curso, passagem e tudo custa, e dinheiro numa hora dessas é a última coisa que a gente pode perder.
Bom, meu "medinho" final está resolvido - 5 dias úteis, dá pra acreditar? Fiquei muito assustada com uma galera que teve o visto aprovado só depois de dois mêses! Mas vamos considerar algumas coisas:


1. Entregar os documentos, o mais completo possivel, é muito importante. Se faltar alguma coisa, até enviar, até conferirem e aprovarem, vai levar mais dias de ansiedade!


2. Pensando nisso, a papelada pro visto deve ser enviada com um prazo razoável de antecedência justamente para você não ter que pagar taxa remarcando voo e curso.


3. Coisas importantes: a carta, reforçando que todo seu vinculo está aqui no Brasil. Familia, vida profissional, futuras chances de trabalho ou estudo. Ah, e o patrocinador - ou seja, alguém que, pelo menos na teoria, se resposabilize por você financeiramente enquanto estiver por lá. É prudente da parte deles, afinal, ninguém garante que você vai conseguir um emprego para se manter por lá durante esse tempo.


Pelo menos nessa etapa é isso. Agora vem as compras! E a tal da contagem regressiva... só tenho um mês inteiro aqui (junho), e logo agosto está aí!
46 dias. Tá mei longe, mas passa mui rápido.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Animações que marcaram

Difícil escolher a melhor animação que eu já vi pra falar a respeito. Muitos me marcaram na infância - começando por Rei Leão e Aladdin, que eu tinha o VHS original e assistia até saber as músicas decor. Depois veio Tiny Toon, Férias Animadas, quando o Pluck vai à Felizlândia no carro da familia da familia do Presuntinho. Cenas inesquecíveis - Pluck morrendo de calor, a mãe do Presuntinho não deixando o pai abrir a janela para que os outros não pensem que eles não tem ar condicionado, e a visão do Pluck imaginando o carro atravessando um vulcão; a familia atingindo os 100.00 km rodados (lá vai a fuinha!); Lilica vestida de Tina Tunner!

Depois veio os filmes da Pixar - "Procurando Nemo", "Monstros S.A" (um dos meus favoritos), "Wall-E", "Up!", "Ratatouille"... sem contar os curtas que antecedem o filme. Acho que nunca vi um que não tenha gostado. Fora do mundo Disney, Dreamworks e Pixar, me apaixonei por "Viagem de Chihiro", "O Castelo Animado" e "As Bicicletas de Belleville".

Só que preciso escrever de um só pra aula. Resolvi deixar todos esses de lado e comentar sobre um curta que vi ano passado, que bateu o fofissimo "Presto", da Pixar. O nome dele é "La Maison en Petits Cubes" (A Casa de Pequenos Cubos) - apesar do titulo em francês, o curta é japonês. Emocionante os traços do desenho, a cor, a música de fundo, a história do velhinho, a metáfora com a nossa vida...

ASSISTAM:


domingo, 20 de junho de 2010

Copa 2010

No primeiro jogo do Brasil na Copa o resultado foi: vuvuzelas out loud, cerveja pro alto, garrafas de Adrena Shock e pessoas voltando naquele estado pra casa, plena terça-feira.
No domingo o jogo foi do confortável sofá de casa. O saldo foi as pérolas:

"Robinho comemorando o gol: 'Ae porra, caralho!'. Kaka comemorando: 'Obrigada, Jesus!'"
"Esses caras são tipo assaltante. Um distrai, o outro vai lá e rouba. Trombadinhas!"
"Elano: mistura de Sean Penn com Luciano Huck"
"Aquele é o Robinho, o outro é o Rabinho (Drogba, por causa do cabelo)"

Próximo jogo: sexta, 11h da manhã. Imagina se fosse da noite...


sábado, 19 de junho de 2010

Take me higher...

E cá estou, morrendo aos poucos de pensar que o Pearl Jam pode vir pro Brasil esse ano e eu não estar aqui justamente nesse dia. Eu sei que fui no primeiro show deles aqui, mas quero ver a metade vazia do copo, posso?
Cada vez que escuto uma música me dá uma vontade de fazer uma loucura mundo afora.
Tá, eu já vou fazer uma locura mundo afora- mas pearljenicamente falando, justo no lugar errado, já que a banda ABRIU a turnê na Austrália.

Fuuuuuuu!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

André Forastieri disse que tentou ler três vezes, três livros do Saramago, e nunca terminou um. Eu tentei só um - você sabe qual - e não consegui também. Ainda que cega nos campos de José Saramago, não serei ignorante de dizer que não foi uma grande perda. Maior que qualquer um dos parágrafos que um dia escreveu...

So long...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vuvuzelândia


Brasileiro, futebol. Está no sangue da grande maioria da pátria verde e amarelo - motivo de orgulho, povo que mata e morre pelo destino da bola em campo. Mas não aqui.
Minha família - digo família de casa, pais, irmãos e cachorros, principalmente os cachorros - cagam, andam e vão dormir tranquilamente. O esforço máximo numa Copa do Mundo é ligar a TV, assistir, comentar e... quem vai morrer na novela hoje mesmo? Foi assim que eu cresci - dando a mínima, bem mínima para os jogos da Copa. Há oito anos minha melhor amiga torcia para a Alemanha; há quatro, sai com quatro amigos pelas ruas do Tatuapé, todos se recusando a pagar para entrar mesmo nos botecos mais fuleiros que passaram a cobrar entrada para ver o jogo. E na rua vazia, silêncio. Mais alguns minutos, urros. Ainda assim, não foi o fim do mundo, e andamos para minha casa para ver os últimos minutos de jogo.
Esse ano a coisa mudou um pouco. Primeiro porque é de se dar valor à unica coisa que brasileiro leva à sério, se une e comemora, uma união nunca vista. Eu entendo as pessoas que falam que o povo deveria se unir para outras coisas, mas não vamos entrar no mérito, já que levariamos horas (ou dias) teorizando sobre isso. Segundo porque, apesar de entender muito pouco ou quase nada sobre futebol brasileiro, quero muito que a seleção ganhe para o Dunga esfregar na cara do povo que ele é o técnico e sabe o que faz e o que fez quando convocou essa seleção - um típico momento "vocês vão ter que me engolir". Terceiro: entendo também que o Brasil é um país com um incentivo à esportes quase nulo, e que isso tem que mudar, mas já que xingamos tanto que o Brasil nunca vai bem nas Olimpíadas, vamos torcer pelo que há de melhor, não? Em quarto lugar, mas não menos importante, isso é um ótimo motivo para juntar os amigos, compartilhar uma cerveja e se divertir. E é justamente isso que precisamos nesse mundo caótico que vivemos, além do trabalho que se acumulará depois do fim dos jogos. Ou pensou que as horas que você pára não muda em nada? Feliz Natal para você!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ídolos

Você já imaginou Janis Joplin no mundo de hoje, participando de "Ídolos"? Você acha que ela seria calorosamente recepcionada com inúmeros elogios?
O que temos agora são os "ídolos" no mundo de Janis Joplin, e qual é a logevidade deles?

Só uma reflexão de como nasce um ídolo se verdade.

domingo, 6 de junho de 2010

Não é o filme do Fiuk

(Acabei de ver que meu post SUMIU! :O Talvez eu volte a escrever... talvez não. Enquanto isso, fica o trailer aí embaixo do filme "Melhores Coisas do Mundo". E um resumo em uma frase: o filme é muito bom, gostei e recomendo, independente da sua idade)





Reflexões de domingo

Hoje foi a Parada Gay. Eu fui para a Paulista... para ir no cinema. Eu, duas amigas e tinha umas três pessoas na sala. Então eramos seis. Vai, não é tão coisa de doido então, né? Já estive na Parada em três outras ocasiões: a primeira em familia, só por curiosidade; a segunda fui para ir, segui carros, voltei de noite. Foi divertido. A terceira foi só de passagem, indo para o trabalho após o jogo de volei do Brasil. Hoje fui no cinema - é, na verdade eu faço uma coleção de idas inusitadas à Parada Gay. Já estou arquitetando o que fazer ano que vem.
Bom, mas segue algumas reflexões pessoais sobre isso:

- Por ser um evento grande que atrai milhões de TODOS - sim, todos - tipos de pessoa, em especial, claro, a classe GLBTS, isso "assusta" e ao mesmo tempo atiça a curiosidade de quem nunca foi. Para esses que nunca foram e tem vontade de ir: vão. É divertido, diferente de qualquer coisa que você já tenha ido. Mas tenha em mente que são milhões de pessoas, e que uma hora você vai ter que passar por alguma muvuca.

- Como qualquer grande evento, sempre tem os joselitos. Aqueles que extrapolam a liberdade de expressão e qualquer outro tipo de liberdade. Infelizmente, pela democracia do evento, não tem como evitá-los, e esse é o maior ponto negativo.

- Tenho amigos gays e fico pensando o quanto deve ser chato não poder estar em público com a pessoa que você ama da mesma forma que qualquer outro casal hetero. É preciso ter um dia do Orgulho Gay, ou um bar para gays para agir com normalidade. Só o fato de revelar a homossexualidade hoje em dia é algo que requer coragem, devido a sociedade, o convívio e tudo mais. Por isso sim, eu os admiro e apoio as causas à favor deles.

- Admirável a organização do evento e a ação imediata da prefeitura para a reorganização da cidade. Era 5 da tarde quando passei pelo Trianon, seguindo para o Brigadeiro, quando um batalhão de garis varriam a avenida e um caminhão limpava o chão com jatos d'água. Às 9, quando voltei para casa, a Avenida Paulista estava inteiramente impecável. Pronta para amanhecer segunda no seu velho e bom caos.

- E, para fechar, uma frase de Clarice Lispector na blusa de alguns gays dentro do metrô:

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Adivinha adivinha


Nesta foto, David Beckham está:

(a) Indo para o Fashion Rio
(b) Indo para lugar nenhum, é foto de uma propaganda de moda masculina
(c) Chegando na Africa para a Copa
(d) Copa? Ele é jogador? De FUTEBOL?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Melhor atuação


Preciso escrever um texto sobre a melhor atuação que eu vi ou a que mais me surpreendeu.
Na hora me veio Javier Barden, em "Onde os Fracos não tem vez".
E vocês, qual personagem de cinema mais te marcou, quanto a interpretação?
Comentem :)

Conversando só, ouvindo só.

Eu não converso com loucos, sequelados ou bebâdos, mas gosto de ouvi-los. Sinceramente até tenho vontade de sentar com eles e realmente iniciar uma longa conversa, gravar histórias, fazer um documentário (!), um curta (!!), um longa (!!!), ou um simples post pra blog (.)
Foi o que aconteceu quando entrei num ônibus à caminho do metrô.
Um senhor estava sentado num banco para um, falando sozinho. Pelo menos é o que a gente achava. Fui mais para o fundo e sentei num banco para dois. Mais duas pessoas a frente estavam assim, com um banco vago ao lado, mas ele decidiu levantar, olhar para cada banco e escolher a minha companhia. Aí notei que, na percepção dele, ele realmente não estava falando sozinho em momento algum. Talvez até tenha migrado do banco solitário para dar sentido à seu monólogo. Começou a resmungar e notou meu anel. Um parênteses: tenho um anel razoavelmente (bem) grande, com uma flor de metal. Ele esticou sua mão abaixo da minha visão e mostrou que ele também usava um anel, muito mais modesto que o meu. "Sabe onde fica o Parque São Jorge?", me perguntou. Pensei que queria saber onde era. Neguei com a cabeça, e ele continuou "é logo alí, ó, mais lá pra baixo, viu?". Parecia até pegadinha do Ivo Landa, que pedia orientação mas sabia onde o lugar ficava. "Ali eu sofri um acidente. Bati meu carro. Fui há uns cinco anos - tinha um carro assim, ponta de linha, última geração. Bati no poste meu Fusca e tive um... traumatismo carn... cra-ni-a-no, que eles falam, né?". Não sei qual pergunta me veio a cabeça primeiro: se o carro era de última geração ou era um Fusca, ou se ele tinha ficado assim após a batida. "Tá vendo ali? CELSO GARCIA!", ele disse quando o ônibus parou no farol para atravessar a avenida. Bateu o pé como se tivesse ordenando, e o farol abriu. Como Corina (Whoopi Goldberg), que ensinou a menininha a soprar o farol para ele abrir - olhou para mim e piscou. Um sábio. Me disse que sempre está indo de lá para cá, daqui para lá e consegue uns trocados. Enfiou a mão no bolso e me mostrou duas moedas de cinquenta centavos, e outra de um real. Quando o ônibus estava fazendo baliza, ordenou que o motorista parasse o ônibus. E ele parou. Desceu desajeitado e acelerou os passos. Imortalizou-se aqui.
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