quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2011, aprendi

Segura, coração!
O ano que passou trouxe muitas coisas que renderiam uma bela retrospectiva no estilo Globo. Mas o que levo para 2012 foram coisas que aprendi na prática, e nenhum texto do Carlos Drummond ou pseudo-shakespearinano poderia ter me ensinado melhor.
Aprendi, na virada do ano, que não adianta nenhum deslumbre para que a virada seja memorável. Você pode gastar todo seu dinheiro em uma mega viagem, ou pouquíssimo por algum motivo, mas o que fará a diferença, em primeiro lugar, são as pessoas com quem você decidir passar. O "pé direito" que dizem é isso, e não lentilhas ou roupa branca.
Foi também um ano de despedidas. Com elas aprendi que por mais óbvias que sejam - daquelas com data e hora marcada, que soltaram um sinal de fumaça ou até enganaram - nunca estarei preparada. Sempre vai doer. E que o mais importante é que, apesar da saudade, me sinto feliz. E essa felicidade acontece por todos momentos que passei e por nenhum arrependimento ou pendência. Essa é outra coisa que aprendi e, por sorte, fui fiel ao que penso: amar cada dia, demonstrar esse amor, por palavras ou por atos.
Aprendi que quanto mais longe fico da morte, mas a sinto como um "até logo", e não como "adeus". E que isso é particular. Cada um aceita - ou não - de uma forma. E que, acima de tudo isso, está o respeito.
Aprendi também sobre a individualidade das pessoas. Convivi com pessoas de diferentes etinias, culturas, idades, experiências, e que cada um desses elementos faz com que elas enxerguem a vida de uma forma, que nem sempre será a mesma que a minha, mas que me enriquecerá sempre. E que não há superioridade de acordo com isso.
Aprendi muito com as amizades, e que sim, aqui ou ali vou me magoar, me chatear, me decepcionar. Mas só eu saberei dizer quem são os amigos que quero para sempre, e quais eu não quero. Fica cada vez mais claro.
Conheci pessoas com um ciclo bem fechado de amizade e pensei que eu não era assim. Sempre gostei de fazer contatos, sempre gosto de conhecer todo mundo. Mas descobri que sou bem parecida com essas pessoas. Posso conhecer muitas pessoas, mas sei exatamente quais são passageiras e quais terei para sempre. E isso não depende de distância, e sim de pensamento.
Aprendi a respeitar meus sentimentos e minhas vontades, da melhor forma possível, para não me magoar nem magoar outra pessoa. Aprendi que quem não ama também sofre.
Descobri que quero mais conhecimento por vontade própria, e que os benefícios é só uma consequência. Descobri que gosto de estar em movimento sempre, e que dói e incomoda muito mais o ócio do que a falta de tempo, por mais que eu reclame.
E com tudo isso, descobri que durante a minha vida, tudo que mais desejei e que dependia de mim, eu consegui. E por isso, todos meus planos para 2012 estão em mente.

Que o universo conspire a favor de todos com sonhos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Início de conversa

Mano. Véi. Velho. Cara. Rapaz. Meirmão. Dude. Meu. Menino. Menina.

Escolha um. Comece a conversa.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Insatisfação crônica

Aí eu acordei com tédio. Tédio de tudo.
Às vezes é assim: parece que a rotina consome, cega, e de repente tudo parece chato. Acordar o mesmo horário, ver as mesmas pessoas, ter as mesmas reações como querer matar quem te empurra no metrô, mesmo que saiba que é tudo está nim circulo, e que retornará over and over. A falta dessas coisas rotineiras implica em saudade e nostalgia, mas a urgência de livrar-se dela é tão grande que isso nem é notado. E é essa urgência, que vira e mexe está aí, batendo na porta, que chamo de insatisfação crônica - e acrescento, generalizada.
As segundas-feiras, bem como viradas de ano ou um intercâmbio são tão cheios de promessas quanto a insatisfação crônica. A vontade é de virar a vida de ponta cabeça. Mudar o guarda-roupa, o visual, o emprego, o jeito de ser, o namorado, os móveis de lugar. Algo que demarque o famoso "antes e depois". Fazer história, ter histórias. Reagir à pergunta feita a exaustão, principalmente por pessoas já distantes: e as novidades?
O máximo que consegui fazer, talvez nas duas ou três últimas insatisfações que tive, foi cortar meu cabelo sem piedade e sem repartir o cabelo direito. Jeniau.

Turn and face to strange - changes.
Time may change me. But I can't change time.

Sobre ler

Para você que tem, entre as mais fortes memórias afetivas, aquele primeiro livro que leu. Que passou do ponto ou quase perdeu o caminho embriagado por uma leitura. Que lê em ônibus, embora saiba o resultado disso depois. Que gasta periodicamente seu dinheiro com livros que não são leitura obrigatória. Que não acha que deveria existir a palavra "obrigatória" no campo, já que isso distancia do prazer em ler. Que pensa que essa vida não é suficiente ou que os dias não deveriam ter 24 horas para conseguir ler tudo que gostaria. Que já sonhou com uma plateleira gigante, cheia deles. Ou que já desejou sair distribuido àqueles que querem explorar novos horizontes.
Chega alguém e te diz que não gosta de ler, e que livros - sim, generalizando - são chatos.

Fim de post.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Para copiar e colar

À quem interessar:

Não confunda sinceridades com maldade. A maldade geralmente é tão bem feita, tão velada, que passará despercebida.
Aprecie alguém que não vai sorrir coletivamente nem aplaudir quando não julgar necessário. E mais: antes mesmo disso, seja sincero com você mesmo. Assim agirá sempre de coração, e não de acordo com o que parece certo aos outros.

A gerência.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Já montou sua wishlist?


Why go
Porch
Even Flow
Elderly Woman
Wishlist
Thin Air
Nothing as it seems
Nothingman
Better man
Crown of Thorns
Man of the Hour
The fixer
Just breath
Alive
Corduroy
Come Back
Crazy Mary
Daughter
Release
Rearviewmirror
Given to Fly
Dissident
Light Years
State of Love and Trust
Spin the Black Circle
Oceans
Thumbing my way
Hide your love away
You Are

Vamos ver quantas dessas serão tocadas...


EDIT: Taí em negrito as músicas que eu queria e foram tocadas. Mais feliz num dá!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

garfo, colher e hashi

Uma das coisas que mais me chocou quando eu era criança foi ter descoberto, por mim mesma, que eu era criança. Quando os pais te repreendem é "coisa de pais". Quando alguém bate palma no seu portão e fala que "quer falar com sua mãe" é burocracia. Quando não se pode ouvir certas conversas é privacidade. Quando há limite de idade para certos locais, é um controle anti-lotação. Quando os irmãos mais velhos não querem você na brincadeira, é marcação - ou, na linguagem atual, pode ser compreendido também como bullying. O problema não é esse.
A coisa pegou quando eu achava garfo horrivel, e só comia de colher. Mas adulto nenhum comia de colher. Descobrir por si mesmo que, de fato, você é uma criança desaponta. E a maioridade conquistada foi, sem dúvida nenhuma, a conquista de comer com garfo e achar colher meio over. Coisa de criança. Seria o hashi a evolução do garfo? - pensei. Seria muito conflito. Seria pensar no garfo como uma adolescência. Ou quem sabe o hashi é simplesmente o lado B, o viva da sociedade alternativa.
Colher over.
Garfo, das massas.
Hashi, so cool.
No fim, os três protagonizam em diversas ocasiões, trazendo os três níveis à uma coexistência etária genial. Os momentos colher, quando decidimos andar no carrinho bate-bate. Assistir aquele programa que ninguém diz que assiste mas todos sabem do assunto no dia seguinte, bem garfo. Ou fazer sky dive no Nepal. Mega hashi.
Ah, a delicia de viver...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A arte democrática

Vamos valorizar a arte democrática, ainda discriminada no Brasil ;)

Segue a matéria publicada no site da Secretaria de Estado da Cultura sobre o nosso primeiro museu de arte urbana:

Mais de 50 artistas que trabalham com grafite foram convidados a fazer intervenções em 33 colunas da Avenida Cruzeiro do Sul, em São Paulo, transformando a região em uma grande galeria a céu aberto. O projeto, que resultará no 1º Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU), é apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura e pelo Paço das Artes.

Ao todo, serão 66 intervenções artísticas de tema livre, duas (frente e verso) para cada coluna da avenida da zona norte da Capital. Entre os 50 artistas do grupo “Coletivo PHA” que participarão da ação estão Chivitz, Binho Ribeiro, Akeni, Minhau, Speto, Presto, Markone, Onesto, Zezão e Highraff. O trabalho dos artistas começa nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, das 10h às 22h, e se estende até o começo do mês de outubro.

Além de recuperar a região, hoje degradada, o projeto visa também a incentivar o gosto pela arte urbana em crianças e adolescentes, por meio de ações educativas. Para isso, os responsáveis pela intervenção darão orientações a diretores, coordenadores e professores de escolas públicas e particulares da zona norte sobre a importância desse tipo de arte, mostrando como o grafite causa impacto nos jovens. A intenção, segundo os organizadores, é mobilizar o interesse juvenil em torno da arte.

“Reconhecer o valor da arte urbana é promover a diversidade dos olhares sobre a cultura e sobre a cidade”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A intervenção urbana na Av. Cruzeiro do Sul converterá a região numa galeria de arte a céu aberto e deixará o bairro de Santana mais bonito e agradável para moradores e turistas, que poderão prestigiar este novo museu da Capital gratuitamente.

Sobre o projeto

Após a interrupção de uma obra e a detenção de um grupo de artistas neste mesmo local por não possuírem autorização legal para pintar as colunas do Metrô na Av. Cruzeiro do Sul, iniciou-se uma busca incansável para transformar o ocorrido em um projeto de arte.

Binho Ribeiro e Chivitz, juntamente com o apoio do Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, do Presidente do Metrô, Sergio Avelleda, e de Regina Monteiro, da SP-Urbanismo, e através da produção do Paço das Artes, orgulhosamente inauguram o "Museu Aberto de Arte Urbana".

1º Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo
Local: Colunas que sustentam o metrô da av. Cruzeiro do Sul
Período: setembro a outubro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pearl Jam 20


Se fosse necessário resumir em poucas palavras o documentário Pearl Jam Twenty, elas seriam: ainda tem ingresso para Porto Alegre?
Falo como fã, que o coração pulou mais forte e mais apaixonado depois das quase duas horas de história que não deixaram o essencial para trás. Os principais momento da banda foram mostrados com intensidade: o impacto que a descoberta do verdadeiro pai de Eddie teve nas músicas da banda; seu jeito passional ao passar desde o amor até o ódio nos palcos - e aquela cena única, onde Vedder fica extremamente puto com o segurança que não é muito prestativo com o fã bebado que é retirado da platéia. Fica nítido, também, os dois maiores impactos que a banda sofreu e - muito felizmente - se recuperou: a morte do primeiro vocalista, enquanto a banda era Mother Love Bones, e a morte de nove fãs durante um festival.
Não faltam também os momentos engraçados. A história dos integrantes individualmente, o menosprezo da banda quanto à premiações - incluindo um Grammy largado no porão e Eddie recebendo uma estatueta dizendo que aquilo não tinha significado algum. Quem não riu quando a cena do Celebrity Deathmatch, de Scot Stapp vs Eddie Vedder? E quem não abriu um sorriso junto à Eddie quando ele lembrou do dia que conheceu Pete Townshend do The Who?
Não há maior sinceridade a ser mostrada senão a própria banda no palco. Música, amor, sinceridade e respeito à própria crença - e se houvesse uma única definição para tudo isso junto, ela seria Pearl Jam.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Uma das horas mais esperadas: fazer um desejo e soprar a velinha.
Capote disse uma vez que mais lágrimas são derramadas por preces alcançadas do que pelas que não são. James Hatfield acrescentou que precisa ter cuidado com o que se pede, porque você pode conseguir. Basicamente tenho fugido de pedir - sigo enfiando a cara e fazendo. Tem dado certo. Em 24 anos talvez eu tenha conseguido mais do que eu sonhei ou até mesmo um dia tenha pedido, seja em sopro de velinhas ou predendo a respiração ao passar num túnel. Mais do que barganhas com Deus através de promessas ou de simpatias de revistas baratas.
Nas velinhas desse ano resolvi não pedir. Olhei para os lados e sabia que não precisava disso. Congelei para uma foto e depois soprei - afinal, apesar da hora mais esperada ser o pedido e as velas, preferi aproveitar o doce do bolo. Fica a dica.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Metade da água

Não gosto dessa coisa de ver a metade do copo cheio ou ver a metade vazia. Sem mais filosofias nessas duas, quero a terceira parte - a que sumiu. E sumiu? Quem bebeu metade da água? Fui eu? Espero que sim. Não gosto que os outros tomem do meu copo.
A sede, única para cada garganta, só a gente sabe. Tem os que degustam gota por gota, quase no conta-gotas, regrado, aquela metade que se foi. Tamanha lentidão e falta de gosto, terminam por consumir a outra metade sem onda, num gole só, e lá está a solidão do copo vazio. Há os que fazem o contrário, com medo do engasgo, e aproveitam pouco a pouco, mesmo que aquele último dedo seja até morno e sem gosto.
Mas olhando meu copo, vazio metade acima, cheio logo abaixo, bate uma amnésia de que a outra metade... não me lembro. Tenho que achar em algum lugar. Apesar de ter na lembrança e na boca, o frescor daquilo que já passou, sei que não me basta metade. Ainda preciso de uma... vida inteira.

terça-feira, 13 de setembro de 2011



Sorriso para fotos, com prazo de validade, que vira quadrado, amarelo, sem graça, a cada segundo que o flash não sai.
Sorriso que vem e que nem se repara.
- Você está sorrindo!
- Eu?
Sorriu.
Sorriso que custa. Uma careta, uma pirueta, uma queda, uma foto, um esforço. Qualquer esforço.
Sorriso bondoso, que forma uma linha, uma expressão, e expressa tanto.
Sorriso malicioso, na metade do rosto, aquele de lado, mal intencionado.
E aquele sorriso que sente- fecha-se o olho, abre-se a memória. Ao lembrar-se, sorri.
Também o sorriso sem dente, e outros com tanto - propaganda de pasta de dente.
Sorriso marcante, de canto, de meio, de escanteio, de onde for, mas aquele que a gente não esquece.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O que vem depois

Faculdade é coisa bem engraçada.
Quando estava no segundo ano, cursando comunicação, acabei caindo naquela revisão mental se era aquilo mesmo que eu queria. Quando concluí, isso ainda ficou. A dúvida não era sobre comunicação - que é a minha paixão -, mas fiquei bem dividida entre jornalismo e publicidade. Ainda tenho esse sentimento, mas virou uma dupla cidadania, algo bem praticável.
Aí vem a escolha da pós-graduação. Oh, dúvida cruel. Me dividi novamente. Mídias sociais - algo que adoro e com que trabalho - é razoavelmente novo, e poucas são as pós que valem. Encontrei duas: uma na ESPM, fora de cogitação pelo preço absurdo. A outra no SENAC, de Gestão de Mídias Digitais. Na parte de jornalismo, recebi indicação de uma amiga: Jornalismo Contemporâneo no Mackenzie. A grade era tentadora. Mas novamente me dividir entre algo no qual já tenho experiência profissional e algo novo, que adoraria mas me deixaria um pouco perdida no mercado.
Eis que surgiu uma luz: uma pós-graduação na USP, de Mídia, Cultura e Informação. Uma soma das duas coisas que mais me dividiram nos últimos anos. Descobri um pouco em cima da hora, já que faltava um mês para a prova e seria necessário a leitura de três livros - um deles bem difícil de achar. Mas arrisquei - e passei!
Sempre vejo que uma galera cai aqui no blog por buscas no Google, o pai dos aflitos. Sim, caros, a dúvida nos seguiu, segue e seguirá sempre. Ainda mais com algo que mexe bastante com nosso futuro. Não sei quando abre uma nova turma para essa pós, mas é legal ficar de olho. Segue as matérias da grade:

- Cultura brasileira e latino-americana
- Informação e linguagem em novas mídias
- Jornalismo Cultural
- Metodologia de pesquisa em comunicação e cultura
- Produção midiática na área cultural
- Teorias da cultura

Pra quem curtiu, fique de olho no site da USP: http://www.usp.br/celacc/?q=node/13

domingo, 21 de agosto de 2011

Nas últimas semanas li alguns livros bem interessantes sobre a mídia. Aí me lembrei da matéria publicada pelo New York Times, que tem enorme credibilidade:

In a way Mr. Bastos and his group are like the Brazilian musicians who more than 40 years ago mined Anglo-American pop and transformed it into the globally influential style known as Tropicalia, only this time the raw material is comedy, not music.

Rafinha Bastos comparado ao tropicalismo.
Aos que não conhece, que comprem essa comparação.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A dança

Na pressa cotidiana, encontros e desencontros, marcados por esbarrões, pisões e outras pequenas lesões imperceptíveis ao final do dia. Exceto por uma.
Quando andava naquela pressa que nem a própria percebe, esbarrou com seu igual, que queria passar pela mesma reta. Desviou para a direita; ele, também. Tentou a esqueda, mas deu de cara com ele de novo. Última tentativa. Oras, será um espelho ou um mímico concebido por Murphy e toda sua lei? Se enfureceu, mas só durante frações de segundo, até ele dizer:
- Obrigado por me conceder essa dança.
Os dois seguiram, mas o sorriso dela ficou.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Eddie Vedder e o homicidio doloso


Confissão na letra de Last Kiss:
"There in the road, up straight ahead A car was stalled, the engine was dead I couldn't stop, so I swerved to the right "

Pegou? Ele virou o carro pra direita = banco do passageiro.
Depois se lamentou pela morte da namorada. Tudo papinho.
Homicidio doloso. Matou na caruda.

(por Zé Luiz, nos áureos anos de 89, a rádio rock)

domingo, 7 de agosto de 2011



There's the moon asking to stay
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid to die

Trecho de "Grace", de Jeff Buckley, tatuado no braço de Frances Bean Cobain,
filha de Kurt Cobain.


Sabedoria

"Na época dos senhores feudais, os casamentos duravam mais. Entre trinta, quarenta anos. Por que? Porque naquela época havia uma pressão muito grande. Hoje em dia está comprovado, estatisticamente - não sou eu que estou dizendo! - que os casamentos duram de dois a três anos."

"A AIDS é coisa do governo. Como que, do nada, surge uma doença que nunca existiu, e ela não tem cura? É lógico que tem cura! Já descobriram há muito tempo! A AIDS foi lançada para que o povo começasse a usar camisinha. Da onde você acha que vem toda essa campanha? Por que você acha que as pessoas usam camisinha? Com medo da AIDS, nada mais! Foi o meio que o governo conseguiu para fazer o povo parar de fazer filho"

Esssas e outras sabedorias foram transmitidas no metrô, por volta das 20h, por um cidadão que trazia debaixo do braço, como uma bíblia, um livro de Piaget.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Viva Watterson!


O cartunista de Calvin e Haroldo faz 53 anos hoje. Como agradecer compartilhar essas duas figuras com o mundo? O site Calvinizer faz um ensaio fotográfico seu com as caretas do Calvin.



domingo, 3 de julho de 2011

Imagem 2.0

Como poderiamos pensar em Orkut como "antigamente"? Acho que vivendo no meio das transformações em mídias sociais - e, porque não, da vida offline também - é melhor arriscar que nada é tão eterno assim. Eterno enquanto dure, não é o que dizem?
Pois é. O "seja meu fã e serei seu fã também" do Orkut virou o "me segue que eu te sigo" do Twitter. No Facebook, não exatamente da mesma forma, as pessoas "se curtem". A disputa de quem tem o pinto maior, sempre.
No offline, o carro que faz mais barulho e o que corre mais. A criança dominante, no banco mais alto do ônibus. O peito maior, o salto maior, a piada mais engraçada, a foto mais cult dos últimos tempos da última semana.
Eu diria que somos assim como as marcas. Muitas empresas investem em redes sociais porque é importante no momento - mas e o resto? Os demais atendimentos, a prestação de serviço, todo o resto falha. E as redes sociais viram o tiro no próprio pé, cedo ou tarde. E nós, com nossass fotos inteligentes e sépias, nossas filosofias em baldes trancadas em aspas - porque nunca não nossas - e nosso volume alto de amigos, fãs, seguidores, curtidores. Quem é você pessoalmente? E no trabalho? Com a familia? E num bar? E na cama?
Pintos grandes e virtuais. Só virtuais.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Filme errado

"Desculpa, querida, mas nosso amor não é possivel"

Ouvi isso ontem do meu spanish lover, wannabe Bardem.
Pensei que viviamos Vicky Cristina Barcelona, mas essa fala está muito mais para Piratas do Caribe.

It would never have worked between us darling...I'm sorry

terça-feira, 28 de junho de 2011

Novos cuidados com os mortos

Pessoas mortas que não morreram: tendência ou novo "aquecimento global" no mundo?

Mulher acorda dentro de caixão no próprio velório e morre de susto

Após morrer, Amin Khader aparece na praia

Filho aparece vivo após o próprio enterro


Bom, fica a dica aí pra vocês: se morrer alguma pessoa querida, deixa passar uma semana. Vai que ela volta do nada, né? Você não quer mata-la duas vezes, quer?
Ou sei lá, se não for tão querido assim, se certifica, né? Hahahahahha
THE WALKING DEAD está acontecendo! Corrão!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu amo. Perdidamente. Sou a cega, burra, estúpida, aquela que não vê mais ninguém e não fala mais nada, senão dele ou para ele. A que tem que pensar no futuro, decidir se casa na igreja, no cartório ou se vai só morar junto (ah, coitada, sendo enrolada pelo rapaz!). A que tem que apelidar, tem que trocar peças e objetos na casa um do outro. Aquela que só sai em casal e que não vai lá, se lá ele não estará. Aquela que provavelmente é traida. Aquela que provavelmente será só mais uma na cama. Aquela que perguntam se vai ser da rua ou do lar.
Mas eu, eu não amo. Estou solteira. Solteira não, sozinha. Encalhada, mal amada, tadinha, a que ficou para tia ou para o amigo do amigo (vou te apresentar!). A que deve estar apelando. A que tem que logo planejar uma rota de fuga, ou ninguém vai querer. Aquela que vai ficar velha e sozinha, e nem para o asilo vai porque não tem filho para levar. Aposto que sai para baladas só para pegar - a esperança nunca morre. E se arrumar alguém, corre! Publica! Novidade do dia, semana e mês.
Tudo bem, não quero ninguém mesmo. "Não querer"? Aí tem coisa. Deve ser lésbica. Deve ser virgem. Deve ter tomado tanto chifre que fechouas portas, não cabe mais. Coitada. Aposto que está na defensiva, mas louca mesmo é para encontrar alguém. Olha muito para aquele lá, e sempre joga indiretas para o outro cá. Pensa que me engana.
O problema é que não consigo ficar sozinha. Ah, a melhor! A que se acha. Passa o rodo, não perdoa. Ainda joga a culpa neles! Fala muito, não deve ser metade disso tudo. Perdeu a conta de quantos. Ou pior: depende deles! Não vive sem homem. Pode ser feio, gordo ou uma vara, careca ou black power, se tem aquilo no meio das pernas e uma boa grana é o que vale. Verdade, o dinheiro. Aproveitadora que só.
Sou um texto a ser interpretado, mas não escrito. Que falem, que escrevam de mim, mas nunca por mim. Amo, desamo e sou amada. E acima de tudo, vivo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Onde pagar quanto

Quando passeavamos em lojas de roupas com a minha mãe, ela costumava ter um método eficaz de nos afastar das compras. Era simples: blusa bonita, cara? "Ah, mas que bobeira! Uma costura dessa, consigo fazer em casa". Obviamente cerca de 83,5% das roupas não foram feitas, e 98% tinham o tecido extremamente diferente do visto na loja. Não desmerecendo, jamais, o talento que ela tem, que espalho e desfilo com orgulho. O ponto não é esse.
Essa sindrome do "lá em casa é mais barato" se espalhou.
Indo para o Rio de Janeiro com meus pais, resolvi passar no Bobs da rodoviária para comprar uma porção de batata frita. "O que? R$5 numa mixaria de
batata ruim dessa? Dá pra comprar uns 3 quilos e fazer em casa". Pensamento de gordo e de pobre. Não que meu pai seja pobre, muito menos gordo - pesa menos que eu mesma. O ponto não é esse.
Minha tia gosta de contrariar, mas tem um lema: "me dá em dinheiro". Um dia iriamos todos ao Playcenter e ela pediu a parte dela em dinheiro. "Prefiro gastar isso no shopping". Mas é meio as avessas, preferindo comer um cachorro-quente dos mais cheio de bactérias numa van em qualquer rua do que comprar os ingredientes e fazer em casa. Ou em vez de pagar mais e comprar num lugar - pelo menos aparentemente- mais confiável, comprar dois do "mais pior". Coisa de gordo. E ela era, mas não deixou de ser exatamente por ter parado - a mania continua. O ponto não é esse.
E aí estou aqui trabalhando numa agência onde as pessoas tem uma certa tara por cupcakes (ok, a maioria das pessoas que eu conheço são de fato taradas por cupcake), e olho para aquele muffin emperiquitado com doces e cores, quase uma obra de arte. Quase R$7. Prefiro um pote de Nutela ou duas barras de chocolate. Esse é o ponto: também tô nessa.

Caixa de morango: $2
Nutella: $5
Dá pra fazer um bom estrago.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Já vi essa dupla ao vivo muito mais que uma vez, e sempre que posso, repito.
André Frateschi faz Bowie e Radiohead. Miranda Kassin faz Amy Winehouse e as divas do soul. Mas a dupla é muito mais dentro do bom gosto, que dá até gosto de espalhar.
Primeiro, uma introdução, dos lindos Adriana Esteves e Vladimir Brichta e, em seguida, a canção (lançada no álbum "Hits do Underground"):



Saga "Crepúsculo" by Christian Petermann

Basicamente:

" 'Crepúsculo' é a pior das franquias modernas. Chatíssimo, apático, assexuado e pura enrolação, com um trio de protagonistas de chorar. Em especial Kristen Stewart, que parece que nas telas ou fora delas congelou a mesma expressão de peixe morto. Eis o primeiro trailer de 'Amanhecer', a primeira parte do final que nunca chega -- é o mais entediante da saga até o momento. Bocejei só de ver menos de 2 minutos.'"

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Kit Forever Alone - dia dos namorados


Todos beija, todos namora, todos ganha presente, e você, uma pedra. Acho que o mercado deveria investir do público solteiro no dia dos namorados.
Forever alone people merecem dignidade.
Forever alone people merecem respeito.
Forever alone people merecem presentes para usar... com eles mesmos.
Por isso, eis o kit perfeito para passar o dia 12 na sua própria companhia!


O kit contém:

- Uma toalha especial para usar depois daquela banheira de espuma toda romântica que você vai preparar para desfrutar sua própria companhia:



Para as meninas, um abracinho especial (brinde: vibrador):

Para os meninos, colo aconchegante (grátis boneca inflável):


Lógico, colo não adianta se não tiver aquele filme bacanudo pra você usar de pretesto para chegar mais perto. Escolha um dos filmes abaixo:




























































+ 1 baralho para jogar "Paciência" quando o filme acabar:


ou um boomerang



+

CD "Forever Alone: Greatest Hits" para relaxar e dormir a noite.


1. Radiohead: Creep
2. The Smiths: Last Night I dreamt that somebody loved me
3. Celine Dion: All by myself
4. Divines: I touch myself
5. Jive Jones: Me, myself and I
6. Billy Idol: Dancing with Myself
7. Ultraje a Rigor: Eu me amo
8. Michael Jackson - You are not alone
9. Alice in Chains: Alone
10. Akon: Lonely


\O/ FELIZ DIAS DOS NAMORADOS!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Se beber, não case 2


Um dia conheci um Alan. Barbudinho, mei gordinho, se comportava muito parecido. Era amigo de um namoradinho, e mesmo assim queria me pagar cerveja e dizia o quanto eu era bonita. O amigo nem se importava, já conhecia a peça. Quando se tocou quem realmente estava com quem, ficou magoado. Na hora estava tocando Cee Lo Green - "Fuck You" - nem conhecia a música ainda, mas nem precisou. Cantou "fuck you" para mim, já bebado, e tenho certeza que o intuito era olhar pra mim, mas na verdade ele olhava para um ponto indefinido.

Fui assistir "Se beber, não case 2", e digo que não tem como assistir e não lembrar dele. Mas fora isso, gostei do filme. A critica pesou porque o filme é mega receitinha de bolo: a estrutura é igual. O começo do casamento, o Phil ligando, eles tomando o que não devia, a merda acontecendo, a resolução do nada de onde está a pessoa desaparecida, o casamento, a banda engraçada e as fotos. Tudo igual. Mas mesmo assim, não tem como não rir, mesmo dos exageiros.
Arrisco dizer que quem gostou do primeiro, vai gostar também do segundo, mesmo que tenha, praticamente, pagado para rir das mesmas coisas.

domingo, 5 de junho de 2011

O nerd

Ele era timido. Ou melhor, reservado.
Quando eu era pequena, todas as brincadeiras eram criadas por ele: meu irmão. Brincavamos de banco e ele era o banqueiro, o dono dos imóveis, dos ônibus, da cidade toda. Servia até serviço de teletransporte, mas era mais caro. Todo nosso dinheiro eram bilhetes da loteria, e nós tinhamos nossa própria moeda de circulação. Quando mais novo, mais da perifa - ou seja, eu e minha prima, as nascidas em 87. Meu irmão, de 78, comandava. Mas tinha mais: brincávamos de Detetive sem comprar o brinquedo, meu irmão fazia tudo. As cartas, a estratégia. Quase fez um War pra gente brincar, porque achávamos caro comprar o jogo. Ele criou personagens, HQs, fazia joguinhos de labirinto desafiando que a gente passasse com o lápis entre as estreitas linhas sem toca-las. Era uma mega estrutura. Me ajudava em qualquer matéria - química, biologia, fiolosofia, fisica. Tentou me ensinar xadrez, mas fui um fiasco. Dificilmente ganhei dele em algum jogo. Se fosse de pergunta e resposta, pior ainda.
Ele era daqueles que passava o dia no Centro Cultural, com a cabeça enfiada nos livros. Hoje não faz mais isso no Centro Cultural, mas a cabeça é a mesma e os livros piores em dificuldade. Sabe muito pouco sobre redes sociais, memes e absolutamente nada de Star Wars.
Esse é meu irmão. Esse é um dos caras que eu mais admiro na minha vida. Esse é o verdadeiro nerd.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fuck yeah Friday!

Seria mais legal colocar uma música pra FESTA DURO, mas tô doce.
Segue uma música que consegue ser tudo. Calma, profunda, intensa, relaxante... com o oceano.



you don't have to stray
two oceans away
waves roll in my thoughts...
Tenho uma nova filosofia agora, que substituirá mandar algumas pessoas medíocres pro inferno.
É desejar que elas sejam feliz. Muito feliz. Mas bem longe de mim. Tipo um raio de distância de 5487598 km.

Pratique.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PL122

Os assentos preferenciais em vários locais - especialmente de transportes públicos - existem por uma simples razão: falta de respeito. Se as pessoas tivessem o bom senso ou o mínimo de educação, nem seria necessário. Ora, se todos assentos reservados estão ocupados, uma senhora idosa entra no ônibus eu não vou me levantar só porque a lei não me obriga?
A lei é uma tentativa de ordem, de imposição de respeito, um último apelo pela educação, já que não se pode exigir nada por causa do polêmido e maldito "livre arbitrio".
Bom, o que eu quero falar é da PL122. Não quero saber se a lei está ferindo religiosos ou mesmo pessoas que não se considerem homofóbicas (eita palavrinha polêmica, abusada e chata). Não vem ao caso. O que vem ao caso é o RESPEITO. Quem é contra a lei deveria pensar que ela jamais exisitiria se não fosse inúmeros os casos de discriminação, violência e morte de pessoas condenadas por serem gays.
A pergunta é: alguém que não tem nada a ver com você ser gay, te incomoda por que? Te ameaça, fere, te faz fazer algo que você não quer?
É irritante pensar nisso. Sinceramente, não li detalhadamente o PL122 mas minha opinião é formada independente disso: tais leis existem porque elas são o último meio de dizer socorro por um problema que não é solucionado pela educação que vem de casa. Se preocupe mais em criar um filho ou uma familia que respeite o ser humano independente de isso ser obrigatório ou constar em qualquer lei. Amor e respeito são as leis que DEVERIAM nascer com cada um, mas infelizmente isso não acontece.
Segue abaixo dois videos do PC Siqueira que falam por mim, mais algumas palavras:




Seus direitos estão garantidos. Quando pensar em qualquer coisa oposta, lembre-se que quando você sair na rua com sua namorada ou namorado e der um beijo, ninguém vai te arrebentar por isso. Imagina quem tem que passar entre as barreiras da familia e da sociedade para tentar ter uma vida normal por simplesmente amar alguém que na opinião de todos, menos da própria pessoa (livre arbitrio, oi), não é a "pessoa certa".


Sem mais.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A nossa música

- Pede Kings of Leon! - meu amigo Rafa virou pra mim.
Virada de ano em plena balada, em Brisbane, Austrália.
- TOCA KINGS OF LEON! - gritei.
Gente, virei amiga do baixista. Gente, bebi demais. Gente, sou a pessoa mais legal daqui!
- Qual música?
- SEX ON FIRE NÃAAO! - vários australianos gritaram.
- Toca Sex on Fire!
- NOOOOOOOO!

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Mesma balada, em Brisbane. Eu e uma amiga (momento @tiposdebiscati) adotamos Dynamite, do Taio Cruz, como a "nossa música". A minha cara gostar desse tipo de música, né? Mas vou te confessar: tem uma aqui ou ali que eu gosto mesmo. E essa música - sai pra lá, num encosta, mano! - é uma queridinha.
- Vamos pedir pro DJ tocar?
- Vamos!
Viramos pro namorado dela.
- Gui, pede pra tocar Dynamite?
- Mas eles sempre tocam!
- Mas pede!
Pedido feito e atendido. Todas fica feliz.

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São Paulo. Balada carimbada. Pista que só toca Madonna, Britney, George Michael e derivados. Entendeu, né?
- Gente, tem que tocar Freedom 90! Se não tocar Freedom vou ficar muito triste.
Alguns minutos depois:
- Pronto, já pedi!
E o DJ lá, com uma cara de... uma pessoa muito feliz quando surge uma redundância.

Como tem gente chata no mundo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fim do mundo

Notícia do Jornal Agora do sul sobre o fim do mundo, anunciado para amanhã:

"... Segundo eles, neste dia começará o Dia do Julgamento e o Dia do Arrebatamento, que seria a retirada do povo de Deus da terra. E deste momento até 21 de outubro de 2011, o mundo será destruído pelo fogo, fechando assim um ciclo de sete mil anos após o dilúvio de Noé."

Porra, Deus! Que burocracia é essa? Fila pro céu não dá. Ainda mais indo aqui de São Paulo, com metrô lotado, trânsito e fila pra tudo. Mó rolê. Por isso a deadline é tão grande.

ps.: fiquei sabendo só hoje. Injusto.

Os maiores trollers da história


Eu trollo, tu trollas, nós trollamos. Trollai, ó mundo cruel!
Lógico que todos nós zuamos grandiosamente (eis o significado do verbo) de desconhecidos a amigos muito próximos, pois perder a piada é pior que perder o amigo. Mas nos anais da história, e principalmente diariamente, nas menor situações que passam em branco e ninguém nota, lá está os Trollers Mor, os pais de todos trollers, aqueles que são profissionais no que fazem. Segue aí uma listinha básica dos maiores Trollers atualmente:

- Maquinista do metrô:

Freia bonito naquele metrô pouco lotado às 6 da manhã e da tarde. Além do ato, para acabar de trollar bonito com o pessoal, fala a clássica frase: "paramos para aguardar a movimentação do trêm a frente". Pergunta: alguém aí já pegou o tal do "trêm a frente"? Eu não, porque a justificativa é sempre essa.

- Pessoas que não vão descer e ficam na porta do ônibus:

Contratados pela produção, os Ivo Landas da vida ficam lá - as vezes levantam do banco junto com você! - e você, besta, ainda pensa que obviamente eles descerão. Ah, trollados...

- Atendentes do Habbibs

Trazem pedidos errados (politica da empresa, e não de um restaurante específico) e ainda cobram taxa de serviço. Serviço? Oi?

(continua...)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Moleco Viajante parte II




1 hora da manhã! Seeeensacional! Hahahahaha
Me empolguei no Moleco Viajante. Tem David Wojnarowicz, U2, Shannon Hoon e Banksy abrindo o viajante número 12.
:)

sábado, 14 de maio de 2011

Moleco Viajante - Parte I


Essa semana recebi o Moleco viajanta, do projeto bacanudo da Moleco (não conhece o projeto? Clique aqui!)
Diante da correria semanal de trabalho e muito trânsito na caótica Sampa city, eis que agora começo a colocar minha impressão digital no ecológico moleskine.
Novidades em muito breve ;)

domingo, 1 de maio de 2011

Sobre perdas

Eu já perdi vários lápis e canetas. A sensação na hora é de frustração - porra, mais um! Quantos a gente não já perdeu? Já perdi também guarda-chuvas. Esses já foram, na verdade, esquecidos em diversos lugares, e na maioria das vezes eu, pelo menos, só evito de perder quando a chuva continua, então me dou conta e volto para recuperá-lo. Já perdi horário, ah... várias vezes! Perdi horário para entrevistas e fui contratada mesmo assim. Perdi o horário e também nem de longe tive a chance de ser contratada- nesse, foi meia hora. Perdi o horário que tinha café de graça, perdi cabelo, já perdi esperança, o juizo, a vergonha e até a chave de casa.
Mas nunca tinha perdido um amigo. Mais especificamente, uma amiga.
Pensei em palavras bonitas para falar, pensei em colocar fotos, escrever frases, conversar, sair correndo, ou me deitar e só pensar. Pensei em contar pra todo mundo, dividir, soltar alguma coisa que eu sentia, mas... não tinha muito o que fazer ou o que falar.
Perder qualquer coisa parece infinitamente mais fácil do que perder alguém. O tempo se recupera, a caneta é tão barata, os guarda-chuvas você acha, até vergonha volta. E de quem foi fica só saudades, memórias e histórias para contar.


terça-feira, 26 de abril de 2011


Tom acredita que nenhum época será melhor do que os dias que viveu com Summer.
Summer curtiu enquanto durou.
Tom quer resposta que não existe.
Summer aprende que não há formula: o amor simplesmente existe, sem ter que justificar.
Tom esqueceu que ele sempre viveu feliz até ela aparecer.
Summer demonstra claramente que não quer mais.
Tom persiste em vão.
Summer vive o que é real.
Tom enxerga somente a imaginação.
Summer está em outra.
Tom... não tem conserto.

Que o Tom seja feliz, e que entenda que essa Summer não precisa se casar com outro para deixar bem claro que acabou.
Acabou.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Consumindo - itens básicos

Sou consumista assumida. Ainda não consigo olhar para meu guarda-roupa com enorme satisfação, sempre falta algo. Nesse momento, estou a procura dos itens básicos. Quem me fez pensar nisso foi minha amiga, jornalista e fanática por moda, a Sté, sobre peças indispensáveis que não saem de moda, e o quanto isso ajuda a gente. Estou desenvolvendo uma lista ainda, mas básicamente segue aí alguns itens:

- Uma boa calça jeans que vai durar bastante. Não calça de magazines, calça boa MESMO;
- Brinco de pérola;
- Sapatilhas preta e/ou creme;
- Jaqueta jeans e/ou de couro
- Camisa xadrez

E aí um toque mais particular:

- Melissa Aranha;
- Bota preta que combine com saia e vestido
- Um par de brincos de argola;
- Um par de All Star preto, bege e/ou branco;
- Vestido básico preto.

Acho que o fundamento é: são itens que combinam com tudo no final das contas, e dificilmente saem de moda. Me falta os que estão em negrito. Buá! Próxima aquisição...


quarta-feira, 30 de março de 2011

Welcome to my limbo

Como dizem os sábios, aproveite enquanto está na faculdade para conseguir o passo inicial para sua carreira - o estágio. Claro, isso se você não tiver o famoso network em nenhuma empresa. Caso contrário, caia no limbo.
A explicação é simples: você se forma e não tem experiência na área. A grande maioria dos empregos exigem experiência, nem que seja 6 meses. Então você pensa: vou tentar uma vaga, nem que seja empresa pequena, nem que pague pouco. Consigo a experiência e parto para algo melhor.
Então chega essa oportunidade - a empresa pequena que paga mal. As outras pessoas que fazem a entrevista estão na mesma condição ou abaixo - as vezes sem formação superior ou sem uma segunda língua. O emprego é seu? Negativo. Você, meu amigo, está no limbo: não é bom para uma empresa significante por não ter experiência, nem para a empresa pequena porque tem muitas qualificações, e não duraria muito - treinamento, tempo perdido.
Limbo.
Exatamente onde estou agora.

terça-feira, 29 de março de 2011

Memórias da Austrália


Sydney - albergues, alemães e muita, muita caminhada

O namorado australiano me deixou correndo no aeroporto de Brisbane, onde eu embarcaria para Sydney. O peso na consciência foi tanto que ele me mandou uma mensagem, antes de eu fazer o check in, avisando que se eu tivesse perdido o voo por sua causa, ele mandaria o número do seu cartão para pagar uma nova passagem. Amável... e exagerado. O horário deu de sobra até para bater um papo com o Brasil enquanto meu avião não saia.
Quando cheguei em Sydney acabei esperando horas pelo transporte para o hostel (albergue) onde eu ficaria. Mas era grátis (caso contrário, AUD$20 para o centro de ônibus), então insisti. Eu havia escolhido um albergue no bairro de Kings Cross.


Uma pausa para Kings Cross...


Quando avisei um amigo de Sydney que iria para lá, ele já me alertou: o bairro é considerado o red district de Sydney. Ou seja - prostitutas, drogas, strip clubs mas também muitas baladas e vida agitada a noite. Outro me falou que a receita era só não encarar ninguém nem dar bola. Ou seja, eu estava na Augusta australiana. Chegando lá, conheci Kings de cabo a rabo, noite e dia. Sim, é um climão mesmo de coexistência, digamos assim, mas adorei. Tem uma "one dollar shop" que vende umas coisas super baratas, mais baratas que em Brisbane. Vários restaurantes, Mc Donald's onde dava para acessar internet de graça, baladas ex-bordel, bodeis e muito mais.

Voltando à recepção...


Fui atendida por uma moça do cabelo de arco-íris. Me deu os lençois de cama, a chave e me mostrou como tudo funcionava. Havia uma sala comunitária para a galera ver tv, uns sofás gostosos até para dormir, jogos e livros, e logo atrás o refeitório e cozinha. Subindo as escadas tem o primeiro andar de quartos, e após o segundo andar de quartos, o rooftop onde rolava churrasco e umas festinhas do próprio albergue. Escolhi um quarto misto para seis pessoas, mas de cara só tinha meninas. Uma era britânica, morava lá há três meses (!) porque conheceu o namorado lá mesmo, e não tinha coragem de sair de lá para viverem os dois juntos, nem de mudar e deixa-lo lá. Sim, pessoas MORAM em albergues, por um preço mais bacana.



E os alemães...

Conheci então duas alemãs muito fofas, com as quais dividi o quarto - dividimos uma caixa de vinho, fomos à balada e conhecemos mais alemães no hostel. Costume de brasileiro medroso (ou precavido), deixava sempre minhas coisas dentro da mala. "Está indo embora amanhã?", elas perguntavam quando viam minha cama arrumada. Quando respondia que não, elas riam "bagunça essa cama, fico me sentindo mal desse jeito". Prefiro nem comentar as condições da cama delas. Fora duas alemãs que foram embora no dia que eu cheguei - deixaram miojos, prendedores de varal, shampoo, cremes, tudo lá. Ah, fora vários livros alemães que achei num saco de lixo temporário que tinha no quarto - lixo de gente que vai e esquece, ou não pode levar. Mais do que interessante...





Os alemães são uma graça. Fiquei tão empolgada - e eles também - que fomos parar num restaurante alemão em Sydney, lá perto do Opera House. Nem preciso dizer o quanto era caro, né? Os alemães se chocaram com o preço (me senti menos mendiga hahahaha) e então pedimos só algumas coisas para beliscar e uma cerveja com manga. A coisa mais gostosa que tem! Na volta passamos na Costume House em Sydney, e uma das alemãs nos mostrou a suástica do nazismo no chão do lugar. Um local do governo! Claro que a gente sabe que a suástica já exisitia antes do nazismo, mas oi, que falta de tato deixar aquilo ali ainda (não uma, várias). Imagina se não rolou piada entre os próprios alemães? "Tira uma foto mesmo, aí a gente mostra 'nossa, a Austrália, que preconceituosa!'"
E um alemão zoando o outro? Um deles era da Alemanha Ocidental, outro da Oriental, e para ter certeza que eu entendesse o motivo da brincadeira, me perguntaram se eu conhecia a história das duas Alemanhas.Um jogando na cara do outro quem pagava o imposto de quem e porquê. Depois um deles disse que, quando fosse embora, levaria feijão preto. "Tem feijão preto na Alemanha", insistiu uma das meninas. "Acho que ainda não chegou lá do seu lado, então", emendou. Ri muito com eles. Aproveitei até umas palavras que ainda sei falar em alemão para zoar um suiço, que pronuncia as palavras diferente.

Uma australiana muito louca...

Fomos à duas baladas. A primeira na rua principal de Kings Cross, que deu na cara que era um bordel há pouco tempo. A decoração não negava. No meu último dia fomos num bar bem legal, onde ganhamos bebida por causa do albergue. Quando comprei uma cerveja, o suiço olhou e perguntou se eu tinha comprado cerveja. Quando disse que sim, ele respondeu que achou estranho, porque cerveja geralmente não é "coisa de menina" hahahaha! Nessa noite fomos com nossa nova colega de quarto - uma australiana virada no Jiraya. Ela encurtou a roupa de malha no corpo e começou a dançar de uma forma que não tinha como ninguém reparar. Fiquei com vergonha de dançar do lado dela porque não estava no clima. Ela dançava bem, mas muito "strip club style". Uma hora se jogou no colo de um dos meninos e dançou para ele - nem preciso dizer que ele ficou morrendo de vergonha. E a gente também. O suiço, muito engraçado, perguntou se eu entendia espanhol. "Esta chica es loca, ahn?" hahahaha. Disse que estava falando espanhol para ela não notar. Quando finalizamos a noite, ela confessou que ela fazia pole dance profissionalmente e arriscou dar umas aulinhas para os meninos usando aqueles ferros com a placa da rua para dançar. Uma daquelas cenas que a gente nunca esquece, entre muitas....

Caminhada...

Kings Cross fica lááá em cimão - o centro fica ladeira abaixo, e haja fôlego. Antes do fôlego coloquei minha vontade de sair o tempo todo, então o resultado veio depois.
Fui para o centro, depois andei de ferry pelo rio, passando debaixo da Harbour Bridge e ao lado do Opera House. Bairros e lugares percorridos:

Woolloomooloo - valeu pela foto! Tem uma rua inteira de carros estacionados à venda, no meio da semana. Dizem não ser um dos melhores bairros à noite - tem atendimento comunitário, moradia para sem tetos. Passei de dia.

Paddington - lugar onde as celebridades fazem compras. Uma rua enorme cheia de lojas, e sempre você tem a impressão de que passou por alguém famoso. Vai saber... Em Paddington também tem a Oxford Street, a rua gay da cidade, que é considerada gay friendly. Lojas, restaurantes, as pessoas que frequentam, bandeiras do movimento. Bem legal. No meio da rua tem uma obra- uma parede (foto) com vários desabafos de gays e simpatizantes em azulejos.



Darling Harbour - o "outro lado", ponto final de uma das ferry boats que sai lá do centrão de Sydney. Muita ladeira, mas um bairro simpático. Fui comer num lugar que vendia iscas de frango empanadas com fritas (hmmm) mas não aceitava cartão. E para achar um banco do meu? Andei, para variar um pouquinho.


Bondi Beache Bondi Junction - Bondi Beach é a praia que mais bomba em Sydney. Surfistas, turistas, tudo, lotada. O mar é lindo. No dia comi uma bandeja de frutos do mar - a entrada parece uma peixaria, no fundo é uma lanchonete. Amei! Bondi Junction fica mais pra cima, onde se concentra uma porrada de lojas, shopping e tudo mais. Uma boa pras compras, embora eu ainda tenha me familiarizado mais com o centro de Sydney.


Rose Bay (foto) - me apaixonei. Casas trilionárias, com pequenas praias escondidas do grande público, de dificil acesso. Parece até particular das casinhas humildes por lá, mas não são.

Double Bay - também uma delicia, calmo, casas lindas e... o hotel onde o Michael Hutchence morreu. Estranho ver um cenário tão pesado dentro de tanta calmaria. (O hotel está interditado, pronto para ser demolido, mas a sacada do quarto está do mesmo jeito que foi mostrado na TV em 1997)

Ultimo - nada de especial, mas é um bairro gostoso para caminhar.


Haymarket (foto)- centrão, oh delicia! Muitas lojas, vários pubs, comida de todo tipo, ruas rock 'n' roll, chinatown, Hyde Park e tudo mais. E daí no meio de tudo aquilo, descendo uma escadinha... o rio de Sydney.


Newtown - Hippie, tem até loja com roupas feitas de maconha, uma graça. Para uma caminhada num bairro mais alternativo, vale muito a pena. Apenas saiba pegar trem, e não faça como eu que peguei duas vezes o trêm que passou direto pela estação do bairro.

O rio de Sydney...


Lembro ter comparado Sydney com São Paulo. É comparável por ser cidade grande, fugir um pouco do controle, das regras, e ser menos certinha como uma Brisbane da vida. Mas no segundo dia na cidade, quando mudei meu caminho e resolvi descer uma escadinha no meio de uma avenida enorme, descobri o paraíso: o rio que corta Sydney. Lá fica os mini cruzeiros e o cartão postal da cidade, o Opera House. A visão é deslumbrante. Passei de manhã, de tarde, de noite, e não dá para cansar de olhar. Durante o dia várias pessoas tentam ganhar atenção e dinheiro ao redor do rio - cantando, dançando, tocando, ou parado. O cara que se fantasiou de cavalo e ficou parado, esperando por trocados, me comoveu. É ter muita esperança na vida.


Resultado

Nunca andei tanto na vida - essa é uma das vantagens de ir sozinha viajar. O problema é que meu pé direito ficou moido, fazendo barulho de porta enferrujada. Nunca senti tanta dor num pé. Pior é que ainda tinha Melbourne pela frente. Grande parte do percurso em Sydney foi feito de sandália de dedo Ipanema (olha o merchan), que me aguentou e me levou pra muito lugar. Ah, se essa sandália falasse...

Sydney is...

...the place to be! Amei morar em Brisbane - faria tudo de novo se "tivesse como voltar atrás", mas sendo uma futura segunda chance, escolheria Sydney. Cidade grande, com a troca que a gente meio que já tem em São Paulo: embora mais agitada, mais chance de encontrar transito, mendigos e pessoas menos educadas, transporte mais caro sem "bilhete único", mais violência (não que eu tenha visto, mas...), temos em troca muitos mais serviços, lojas mais baratas que Brisbane (sim! apesas do papo da cidade grande ser mais cara, achei souvenirs, frutas e legumes BEM mais baratos), mais opção pra balada, restaurante, lugares para passear, praias (praias lindas!) e muito mais. Não é a toa que Sydney é uma das mega cidades do mundo, junto a Nova York e Londres por exemplo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Cover

Adoro aquela música Route 66, que não é do Depeche Mode. E “You’ve Got The Love”, que não foi escrita por Florence nem sua machine. Na verdade, em geral, eu gosto muito de músicas cover – acho que desperta interesse da nova geração – da velha, por que não – para músicos históricos, de um sucesso só ou de muitos, e conecta vários gêneros, épocas, mundos.

Pensei nisso ouvindo há pouco a versão do Vanguart para uma música do Dorival Caymmi, “O Mar”. Confesso, sem nenhum orgulho, que não sou uma pessoa muito por dentro da música popular brasileira, embora possa afirmar que há muita coisa boa do passado e do presente do nosso país. Resolvi então listar algumas regravações que me chamaram atenção – o outro lado da música.

1. Vanguart – O Mar

Como eu disse, foi a última versão cover que ouvi e gostei bastante. Vale dizer aqui que eu conheço Vanguart tão bem quanto Dorival – quase nada. Curioso.

2. O Rappa e Marcelo D2 – Hey Joe

Já gostei mais, tanto do Rappa quanto do Marcelo D2, mas sempre que começa Hey Joe na rádio eu penso “já deu… mas é muito bom”. Daí deixo rolar. Acho que foi uma versão muito feliz da música do Jimmy Hendrix, mestre dos mestres do rock. A letra ficou ótima, bem como a conversão do ritmo. Sem mais.

3. Tantra – Tropicália

Essa é da minha época de MTV, quando alienadamente nem sabia de quem era a música pensava “Caetano, sai daí, meu!”
Sempre é bom retormar essa época genial da música e dos movimentos politicos no país. E o Tantra fez isso bem, pesando numa versão mais rock ‘n’ roll de “Tropicália”. Uma pena que a banda não existe mais,

4. Travis – Hit me Baby One More Time

Quando fui no show do Bon Jovi, na Austrália, a banda que abriu era local, vencedora de uma competição na rádio para fazer o show. Eles tocaram “Dynamite”, uma música eletrônica que ainda está na parada, mas numa versão rock, onde todos arranjos eletrônicos foram substituidos por uma boa guitarra. Foi genial. Até porque o que mais vemos são músicas boas serem estripadas nas pistas como eletrônicas (Smells Like Teen Spirit e Walk the Line são exemplos de chorar). O oposto se mostra melhor, obrigado. Então surgiu, por exemplo, Travis cantando um clássico da Britney Spears. Podia ser cômico se não fosse tão legal.

5. Jeff Buckley – Hallelujah



Leonard Cohen tem seus créditos de autor, mas não tirem nunca o espirito de Jeff Buckley dessa música. Foi feita para ele, e para nossa sorte, música e cantor se encontraram. Amém.

6. Florence & The Machine – You’ve Got the Love

Após ouvir Florence, até Joss Stone soa fraco para a versão dessa música de 1986. Os arranjos da banda dá o toque e a graça que a música precisava – ressuscitou, e muito bem.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Mais música, por favor

Eu gostaria de ter a oportunidade de perguntar ao Bono como ele ainda aguenta tocar Sunday Bloody Sunday, With or Without You ou Pride. Obviamente ele me falaria que é o amor, e que tem gente sofrendo por aí, e enfiaria o conflito do Oriente Médio no meio... então, desisti. Prefiro me limitar a uma básica tietagem de fã do velho irlandês que um dia foi devasso, mas agora não consegue se livrar disso, ou ao menos faze-lo com muito sarcasmo, como antigamente. Ah, aquela ligação para o Bill Clinton... que saudades. “You can call me Betty”, disse o Bono na época que o americano era presidente. E hoje, nem as piadas sobraram.

A nova turnê começou bem, e foi sofrendo alterações de chorar. The Unforgetable Fire foi colocada para alegria de todos, até que o Bono foi cagando na letra, esquecendo e... pronto, fora do set list. O trio fantástico – Sunday Bloody Sunday, With or Without You e Pride estão lá, inteironas. Quem ainda aguenta? Três tipo de pessoa, eu suponho – as que nunca foram no show, as que só conhecem essas músicas, e as que comprar até o cocô que o Bono cagar. Fora essas pessoas, durante essas músicas dá para fazer uma ligação (“Galera, abaixa o som aí que eu tô no telefone”), ou levar um kit com lixa, esmalte e acetona para adiantar a manicure. 50% ou mais do show é pura politicagem. Fora do estádio então, é o massacre das petições. Ajudar é bom, mas as vezes a gente se pergunta se aquilo realmente é um show o se foi um equivoco.

Sim, eu sou fã do U2, e já fui a quartro shows da banda, e irei em mais dois. O problema é o U2 ser pintado como só isso – politica. Sou fã de “Boy”, do espetáculo Zoo Tv que, mesmo com uma mega estrutura, contava com um verdadeiro show e músicas que, mesmo a banda se apresentando com uma lona preta no fundo, faria sentido. O U2 faz sentido, mas parece que está se perdendo, se afundando em muito discursos e luzes e pouca música. Não deixo de ser fã, mas não apoio esse tipo de coisa.

Sem mais.

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