quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Grandes figuras urbanas I

Quase sempre o caminho de volta da faculdade nos últimos semestres variavam de acordo com o horário e de quem iria junto. Dois, três, as vezes até quatro ônibus já foi. E aí, como nunca tem horário certo de sair da faculdade, especialmente à noite, sempre cheguei em horários diversos no ponto do último ônibus que me deixava em casa. Independente do horário, sempre ele estava lá - o tio da cerveja. Com aquela pose de quem ainda investe e se garante, em diversos horários eu o encontrava, e sempre, de lei, com a lata de cerveja na mão. Sol ou chuva. Dez ou onze da noite.
Foi agora, quase dois anos depois, já formada, que fiz o mesmo caminho: fui na faculdade, encontrei uns amigos no bar e voltei, sem marcar horário. Lá estava ele, com a latinha de cerveja esperando o ônibus. Quando entramos ouvi ele conversar com outro cara:
- Calor, hein?
- Poxa, nem fala!
- É, rapaz... tenho que tomar uma dessa antes de chegar em casa, senão... pfff, não dá.

Só porque está calor.
Ahãm.
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