quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Um BEjo

Um beijo bem australiano, no kangaroo :D bonitho!

Florence + the Machine


Adoro mulheres poderosas nos vocais. Florence & the Machine tem isso e mais - uma harpa. E faz um barulho muito bom. Ja adorei de cara "The Dog Days are Over" (do video), "Kiss with a Fist" e "You got the love". Vale a pena!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Contagem regressiva

E já estou no clima de contagem regressiva da minha volta pro Brasil!
Todo mundo pergunta "já?" e a resposta é: sim, já.
Serão quase 6 meses de jornada e fico muito feliz porque a cada minuto me pego olhando para alguma placa escrito "Austrália" e já me brilha o olho, e assim aproveitei cada minuto que fiquei. Talvez ficasse um ano - não pensei em ficar mais que isso - mas nos últimos meses dei mole e não procurei mais emprego, já entrei no clima de fazer as viagens que eu queria e me mandar. Passagens para Melbourne e Sydney compradas, só falta backpack! Uma semana fora, só curtindo... por falar nisso, minhas aulas acabaram, agora são vinte dias pra bater perna em Brisbane e arredores.
Sem planos para o ano novo, já que falam que independente de onde você passa, é sem graça do mesmo jeito. Teve quem quis pular onda do mar e viu segurança pedir pra ir pra casa. Não pode beber na praia nem na rua, nem entrar no mar. Blé! Noticias em breve sobre o ano novo aussie ;)

Boxing day e compras na Australia

Relogio da Fossil, duas pulseiras e o reloginho (do meio, que vem a parte), por AUD$49
Bota Billabong, AUD$15

Bolsa Billabong, AUD$13


Boxing Day é o dia que a Austrália pára para fazer compras- como diria meu amigo australiano, é muito mais facil as pessoas dizerem "feliz boxing day" do que "feliz natal". Desci para o centro umas 8h30 e algumas lojas já tinham filas ou aglomerados de gente, mas nada que se compare ao desespero de brasileiro quando rola essas coisas.
Primeiro fui na JB Hi Fi, melhor loja de eletronicos, cds e DVDs - aliás, onde comprei meu netbook. Os computadores realmente estavam mais baratos, mas iPod que eu queria nada. 20% em cds e DVDs - super tentador - e câmeras digitais baratéééérrimas. Sony 10.1 mp por AUD$89 e uma da Sansung por AUD$39. Comprei um pen drive de 4gb por AUD$6.
Depois fui para o Mayer e David Jones. Pra quem curte roupa de marca, otimo. Dentro dessas duas mega lojas tem sessões de roupa, acessorios, perfumaria, tudo dividido por marca. Mas naquelas - uma blusa de AUD$150 por AUD$99. Inutil pra mim! Hahahahah
Depois fui para o outlet de Gold Coast- o lugar é enorme! Várias lojas, como se fosse uma mini cidade. Uma pena que a chuva irritou muito, então nem olhei tanto quanto queria,
No dia seguinte fui para outro outlet de Gold, só que de marcas de surf. Sem trocadilho, não é muito a minha praia, mas rendeu bastante.
No final das contas, a melhor coisa é já estar familiarizado com os preços antes do boxing day, pra saber se vale mesmo ou se é puro impulso.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

- Uhhh, quem te ligou?
- Um cara que eu conheci num pub, mas pfff...
- É rolo seu?
- Não, nem rolo é, mas ele tá afim, mesmo eu tentando dar um olé fica ligando.
- Ele não é legal?
- É sim, é educado e...
- Então por que você não fica com ele?
- Porque eu não gosto dele pra isso.
- Quer dizer que você gosta então de cara que é grosso?
- Eu não disse isso, só não vejo ele como alguém que eu possa ficar, vejo como um amigo, irmão...
- Mas por que, ele parece seu irmão, ou é muito novo...?
- Não! Não é porque a pessoa é legal que eu fico com ela. Tem que rolar vontade, e eu não tenho vontade de ficar com ele.
- Não te entendo

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- Estava vendo o perfil de umas mulheres na agência de matrimonio, a maioria quer um cara que seja fiel.
- Agência? Mas você entrou por curiosidade, só pra se divertir?
- Não, porque eu quero achar alguém.
- Numa agência de encontros?
- Sim, normal. Eu acredito, eu quero encontrar alguém, e aqui ao contrário do meu país as pessoas levam a sério. 11% dos casamentos saem de agências de encontro... nossa, sua cara é a pior. Por que você não gosta?
- Não, você acha que é legal, beleza, não vou falar nada porque eu não acho que rola...
- Mas por que? Pode falar.
- Não, você acredita, não tenho direito de falar nada... só que, não gosto de generalizar, mas boa parte dessas pessoas que se increvem são pouco interessante*.
- Mas aqui é diferente.
- Ok ok... deixa pra lá.

*desesperadas, geralmente feias ou que nao conseguem arrumar alguem no metodo tradicional e menos falho, ou seja, totalmente desinteressante.

Moral da história- não tem o que discutir. Extremo oposto, já ouviu falar?

Na Australia do INXS

Ontem trabalhei no jogo de cricket que teve aqui em Brisbane, no mesmo dia que o INXS iria aparecer no X Factor, um reality show que tem aqui. Pensei que ia ver reprise, mas pra minha surpresa, bem na hora do ócio, vendo o jogo boring the cricket, um dos boxes vips estava com a TV ligada no X Factor- com o detalhe que um dos caras aumentou o volume. Parece que sabia. Eles tocaram Don't Change com um dos candidatos. Ah, tão bom ver os meninos... ("meninos", tiozões pra cacete)
Hoje é 22 de Novembro, 13 anos da morte de Michael Kelland Hutchence. Cá estou na própria Hutchland, também conhecida como Austrália. Vesti minha camiseta Elegantly Wasted e sai pra aula. Engraçado andar com a camiseta do INXS aqui, porque ela chama atenção. Deve ser uns pensamentos do tipo:

a- INXS, wow! Aussie pride!
b- INXS, really? Crap!
c- Do you know what the heck is INXS, foreign?

I don't care.
O que me faz pensar é que seria legal estar aqui e ele estar vivo. Seria uma histeria. Ou não. Talvez eu nem fosse fã - como eu disse, antes dele morrer eu nem sabia da existência da banda, embora ok, eu era nova pra isso. Nem de U2 eu gostava, e o Bono tá vivo, logo...
Por outro lado, acho triste pensar que é o mais próximo que posso estar dele agora. Mas fico feliz por muitas outras coisas. Recebi uma mensagem do Richard, que foi amigo do Michael e fotografo pessoal durante anos, me dando umas dicas de Sydney e me pedindo pra avisar quando eu estiver por lá pra fazer um tour pela cidade, e conhecer os lugares "INXS".
C'mon, os beatlemaniacos tem Liverpool, elvismaniacos tem Graceland, eu tenho Sydney, que vai além da inxsmania. Acho que vou me apaixonar pela cidade, fácil, sem hutchfactor.
Consegui também falar com o John, que foi o primeiro aussie que conheci na viagem de Auckland pra Sydney, e espero encontrá-lo em Janeiro também.
Ah, sim- vou pra Sydney em Janeiro, e Melbourne também está nos planos. Dependendo dos planos, rola também Auckland- mas dependo de grana. Por eu ter feito a burrice de não ter marcado a viagem com parada na Nova Zelândia, tenho que pagar AUD$ 216 pra mudar. Facadinha, mas sai mais barato que passagem de ida e volta partindo da Austrália.
Uma semana entre Melbourne e Sydney, contando passagem, hospedagem e comida, sai em média AUD$500.

Por falar nisso... EMPREGO!

Para os aflitos e desempregados de plantão, o que mais rola final de ano é shift! Shift é emprego casual, que só rola quando tem eventos, como jogos. Aqui, por exemplo, vai rolar The Ashes, que é uma partida maluca de cricket entre Austrália e Inglaterra que dura 5 dias, e cada dia rola uma partida de 9 horas. NOVE HORAS! Exaustivo, posso até imaginar, mas a grana compensa. Trabalhando os 5 dias já dá pra tirar quase AUD$ 1 mil, que tre sustenta por um mês aqui - ou pra mim, que parto em Janeiro, uma ótima grana pra viajar tranquilo.
Portanto, vindo pra Austrália no final de ano, o melhor jeito de conseguir grana é bater insistentemente na porta dessas agências de hospitality (Bluestone, Zest, Michael O'brien) e se pendurar que vale ouro.

sábado, 20 de novembro de 2010

Beijo, me SMS

Celular toca, mensagem chegou. Um pulinho interno, seguido de um pensamento que nem de longe é verdadeiro: "não estou preocupada, é só uma mensagem".
Primeiro, você está preocupada SIM. Calculou quando enviar, e até mesmo os minutos de tolerância da resposta correspondentes a:
- ele só quer sexo;
- ele me ama;
- ele não tá nem aí.
Segundo, não é só uma mensagem. A espera por uma mensagem que demora chegar faz as mais insanas quererem desesperadamente pegar o celular do ser humano mais próximo e enviar uma mensagem pro próprio celular, pra ver se não é defeito. Ou, para parecer menos louca, desligar o celular e ligar de novo.
Às empresas que divulgam serviços por celular, cuidado. Uma mulher que espera um SMS e recebe publicidade quer de imediato que a sua empresa entre em decadência e todos seus funcionarios morram. Não se envia sms-marketing pra quem espera uma mensagem humana.
Pior que esperar dolorozamente um SMS, é enviar. Escolher cada palavra, apagar 50 vezes e reescrever. Tá, não são 50 vezes, não quando é 2 da manhã e você já bebeu o suficiente pra transformar seu celular numa arma. E mulher armada nessas circunstâncias... tragédia. Só tragédia. Sinceridade e espontaneidade a flor da pele, na ponta dos dedos, direto para o celular.

Como uma SMS-addicted, preciso fazer meu testemunho aqui, neste blog.

Olá, meu nome é Silmara.
(Olá, Silmara!)
Amanhã completo 1 semana sem mandar SMS que eu não deveria mandar.
*clap clap clap clap*

Sem mais.


Menos de um mes...

domingo, 14 de novembro de 2010

Me gusta Byron Bay



Sáááábado de sol, aluguei uma van.
Pra levar a galera, pra comer... SUBWAY!
Finalmente chegou o verão! Novamente: cuidado com as casas de madeira, especialmene vindo entre novembro e fevereiro pro estado do sol, Queensland. Hora de praia, né? Chega de Roma park, The Victory, The Met, Queen street... CHEGA! (pelo menos por um instante)



Em onze brasileiros alugamos uma van e seguimos rumo a Byron Bay, em New South Wales (o estado de Sydney. Fica depois de Gold Coast e Tweed Heads.)
Nota: não pode consumir bebida alcoolica dentro do carro na Austrália. Nem na rua. Nem na praia.
Mas não precisa de alcool quando a galera é animada. A viagem leva pouco mais de duas horas, e alugar o carro foi a melhor coisa. Pra ficar dois dias, só de ônibus, sairia uns AUD$60. O aluguel dividido saiu AUD$28 pra cada, mais AUD$8 de gasolina.


Fomos no final de semana premiado: primeiro que foi todo ensolarado, muito calor, e... sem vaga nos backpackers. Sem reserva, começamos a bater em vários, inclusive numa agência que ajuda a achar de graça, já que os backpackers cadastrados já devem pagar uma graninha. O jeito foi ir pra uma cidade vizinha chamada Lennox Head- super tranquila, com um minusculo centro comercial. MUITO bem organizado, tranquilo, com cozinha, banheiro e, de brinde, um sapo que ficava pra lá e pra cá a noite. A diária normal é AUD$33, como fomos em 11, saiu AUD$26 (YHA).



Mas vamos a Byron Bay. Que cidade gostosa! As lojas, restaurantes e baladas adornam de um jeito exótico, parecendo que dar uma volta é andar numa maquete que fazemos pra escola. As pessoas também ajudam - surfistas, hippies, um povo com roupas coloridas, praianas, crazy. A praia é impecável de limpa, e no mar dá até pra ver os pés dentro da água. Quem é surfista tem um prato cheio em Byron, as ondas são demais! Muita gente surfando, mas naquelas- tem alerta de tubarão, e tem MUITA água viva.
Aqui nao pode beber nem dormir dentro de carro. Tambem nao pode beber na rua nem na praia. Ou seja...
Uma parte da galera foi pra balada, que era AUD$10 pra entrar, e uma parte - que me inclui- ficou so na parte de baixo de um "hotel", como se fosse uma pre-balada. Conhecemos um australiano louco, muito divertido, que perguntou se eu era mexicana (?). Minha amiga comecou a conversar com ele em portugues, e ele em ingles. Chorei de rir!
Bom, depois de voltar da balada pro backpack, descobrimos que, por estarmos em outro estado, o fuso era diferente- 1h a mais. Deixamos o backpack e fomos pra praia de novo, e teve quem apos comer no dia anterior Subway no almoco e na janta, tambem tomou cafe da manha la. CHEEEEGA! Hahahahah
Subimos para o farol, que tem uma visao indiscritivel da praia. Lindo, de ponta a ponta. Vale cada centavo.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Newsletter

Brisbane is boring?

A frase que meu professor sempre repete, por causa que os alunos também sempre repetem. Não acho Brisbane tão boring, eu gosto daqui. Incomoda as coisas fecharem tão cedo, mas resto, dá pra se virar- ok, principalmente se você tiver dinheiro. Uma das melhores coisas aqui são os parques - enormes, uma delicia pra passear ou juntar os amigos. O gás é gratuito, tem churrasqueiras, lugares cobertos, grama pra deitar e rolar, além de bancos e mesas. Aqui perto de casa fica o Roma Park. Há umas duas semanas fui passear lá num sabado e contei nada menos que 8 casamentos! Tem até limousine parada no estacionamento. Noivas lindas, com as melhores amigas como damas de honra, tipo filme. Toda última quinta do mês tem mesas com jogos de graça na King George's Square. Ah, claro- tem South Bank, nosso Piscinão de Ramos que é mega limpo e lindo. Na Queen Street sempre tem artistas de rua- alias, em toda Brisbane. Eu ADORO! Um povo bem talentoso, de criança até velhinhos. No dia do Zombie Walk tinha um cara de Joker cantando, maior cara de louco, sensacional! Aí as vezes rola outras coisas mais "oficiais", como um desfile de moda do shopping que as modelo se trocavam no meio da rua andando, e uma competição de baristas.

Festas australianas

Aí inventamos de ir numa festa na casa de um australiano, amigo do amigo da minha amiga (!). A festa era a fantasia, mas como eu não consegui nada porque 7 da noite de um sabado tudo já fechou, e decidimos ir em cima a hora, rolou só aquele look all black bááásico. Australianos são uma figura- as fantasias estavam muito legais. Teve até um menino de fada, que a própria namorada comprou a fantasia. Mega bacia de ponche, olhos e cerebros de doce, e os meninos dançando na sala com Nintendo Wii. Festa ICONE!

Melbourne Cup

Nunca tinha ouvido falar, mas ver de perto foi melhor que qualquer descrição. A Melbourne Cup é uma corrida de cavalos que rola anualmente na primeira terça de novembro. Na rua você só ve as mulheres de chapéu enfeitado com penas ou rosas, aquelas coisas bem coloniais, sabe? Tradição britânica, claro- a maior influência na austrália. Em Melbourne é feriado, e nas demais cidades às 13h50 todos PARAM (no estilo Copa do Mundo pra gente) e os cavalos correm às 14h... durante 2 minutos. Sim, todo o estardalhaço por dois minutos - ok, e também por milhões apostados. No meio da Queen Street, aqui em Brisbane, tinha várias cabines de apostas. Paramos a aula também pra ver- foi até engraçado, mas muito rápido! Todos os pubs e restaurantes da cidade lotaram para festa após o fim da corrida. Ai, australianos...

Fica a dica

- Fujam de casa de madeira. Aqui em casa, como está chegando o calor, as baratas estão aparecendo aqui e ali. GAAAHHH!
- Gatorade tá 1 doleta! hahaha A dica é: não compre nada no primeiro lugar que você vê. Quase paguei AUD$8 num shampoo que, no mercado, estava shampoo E condicionador por AUD$9!
- Pra conseguir emprego quebra-galho, procurem:

Zest
231 North Quay,

Bluestone
239 George St, level 11 - Spring Hill

Michael O'Brien
411 Vulture St, Woolloongabba

Não é dificil conseguir emprego em estádios durante jogos- foi assim que eu consegui os casuais até agora, já que nada fixo rola.

domingo, 17 de outubro de 2010

Errata

Vivendo e aprendendo...

Baladas em hoteis - fake! As baladas não são realmente em hotéis, embora tenham esse nome.

Na Austrália tudo é mais barato - fake! Quem já foi para os EUA sabe que aqui tudo é (bem) mais caro. Acabei vendo na prática, quando minha irmã foi para Miami e eu comecei a comparar. Muita diferença mesmo. MAS... dá pra conseguir várias coisas baratas, é só não se afobar. Paguei AUD$4,90 numa base da L'oreal que custa mais ou menos AUD$30. No shopping Myer Center, tem uma loja chamada Avocado. Já me acabei comprando vestido, camisa com cinto, tudo por AUD$6,90.

Só isso por enquanto.
Essa semana fiquei doente, garganta mega inflamada por causa do tempo louco em Brisbane. Rolou quase um dilúvio aqui. Tomei um milagroso remedio aqui, natual, chamado Odourless Garlic. Tiro e queda- fora que também repousei pra caramba, quase três dias de cama, mas dois deles tomando remédio errado (antiinflamatorio do Brasil).
Ah, também rolou uma suspeita de bomba num dos prédios próximos da escola, por causa de uma sacola de mercado. Pfff...
Sexta fui pela primeira vez na The Met, uma balada que fica no Valley. Gostei, embora estivesse meio vazio, tinha uma área vip só pra brasileiros, rolou até tequila de graça. Ainda tenho vergonha alheia pelos australianos bobos em baladas. E o mais legal é que eles querem que você dance com eles! Ainda não achei A excessão.
Aqui as lojas já estão entrando no clima natalino, e estamos começando a cogitar ano novo em Sydney, já que o mais dificil - acomodação - a gente conseguiu. Parece que a média de preço de passagem é AUD$89. EU QUE-RO!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pubs, baladas e afins

Tooodo mundo pergunta sobre baladas, então lá vai! O que eu vou falar não é o que é balada é e ponto, até porque fui poucas vezes em cada, mas é divertido relatar umas coisas que passei e vi em cada uma delas.

Unions Jack

Esse é o pub meio balada que a minha escola sempre faz happy hour, uma vez por mês, para dar boas vindas aos alunos. É um pub mas tem pista. Como é da escola já sabe né - muito oriental e a galerinha brasileira. Extremamente engraçado os japas dançando, as vezes imitando quem tá dançando mais. O legal é que os professores também vão. Da última vez ganhei uísque e cerveja mexicana e dei MUITA risada da disputa de sotaques e palavras diferentes entre o inglês australiano (que é super baseado no britânico) e o americano.
Na primeira vez eu e duas amigas japas conhecemos uns aussies, conversamos um tempão, depois chamaram a gente pra outra balada mas não podiamos ficar por causa de horário da ferry, já que moravamos ainda em homestay. Maior clima de interesse, até quando chegamos na porta da outra balada e os meninos se despediram da gente... com um aperto de mão, e um "tudo de bom". Nada de Facebook, telefone, beijo no rosto ou qualquer coisa do tipo. Engraçado é pouco.

Mustang

Também tem pinta de pub, mas é balada. As mesas são uns barris grandões. A música que toca lá é muito legal, e dá bastante aussies. Quando eu fui tinha várias pessoas de fantasias - bizarras, diga-se de passagem. Um carinha estava de cueca, com aquela placa verde EXIT na bunda; outro depilou o peito no formato de um biquini, e pra completar, pintou a tirinha que amarra nas costas. Assim, super normal, só a gente rindo.

Normanby

A maioria das baladas aqui são em hoteis, na parte de baixo. Normanby é enooorme e bem legal. Você se perde no meio de tanto homem lindo, mas depois de carimbarem australiano como bocós, é inevitável olhar e não imaginar. No primeiro andar é mais balada, e na parte de baixo é música ao vivo. Tinha um cara muito bom tocando quando eu fui, e o melhor momento foi quando ele tocou "You're the voice" do John Farnham. Essa música é velha bagarai! Da época que minha mãe gravava videoclip. Como o cara é australiano, a música é tipo um hino aqui - todos adolescentes cantam. Entre os brasileiros, acho que só eu conheço!

The Victory

Também em hotel, com dois andares- parte de baixo meio ao ar livre, com banda revezando com DJ, e a parte de cima pista e mesa de sinuca. Ontem fui pela segunda vez - primeira no meu aniversário. Bem legal, e bem cheio também. Sempre se escuta alguém que você não conhece falando português!

Down Under

Fica beem pertinho de onde moro! Também num hotel, é um pub bem pequeno mas acolhedor, onde rola as feijoadas - acho que mensais - da Hello Australia. De terça é a noite das mulheres, com homens no palquinho. De quarta é dia de peitinho molhado hahahahah ou seja, noite dos meninos.

É no minimo engraçado como o povo se comporta em balada. Assim que chegamos uma vez, um aussie veio e se apresentou pra todo mundo e já gritou "let's have a drink, guys!". Malucos. Insanos. Quando eu estava na facul, o nosso hino era "Publicidade bebe mais". Não, australianos bebem mais, muito mais. Povo vai expulso de balada, rouba bebida, derruba um milhão de copos de vidro no chão...
Agora a pior parte são as mulheres. Moda aqui é vestido curto o suficiente pra cobrir...ahm... parcialmente a bunda. Australianas em geral são lindas de rosto, parecem Barbie. De comportamento são Paris Hilton ambulantes - se esfregam uma nas outras, fazem caras e bocas, mostram tudo e não estão nem aí. O mais engraçado - ou não - é o que eu ouvi mais de uma vez: australianas não beijam na boca, é muita intimidade. Passar a mão, dar amasso é ok. E aí eu me pergunto porque falam mal de brasileiras quando existe esse tipo de mulher aqui.
Outra coisa que é terrivel aqui é gente que sai de casa pra brigar. Enche a cara e procura gente pra provocar, e sai muita briga. Toda hora, na porta de um pub ou balada, tem alguém separando briga ou alguma australiana retardada chorando. No final das contas, o perigo à noite não é assalto, e sim gente bebada. Nunca aconteceu nada comigo, mas o que quer que aconteça, nunca dê trela.

sábado, 25 de setembro de 2010

Liga de rugby

Ontem fui chamada para trabalhar num jogo de rugby no Suncorp Staduim. Todo mundo que aplicou na quarta foi chamado no dia seguinte. Tive que comprar blusa e sapato preto (alias, fica a dica pra quem ta vindo... so trouxe a calca social mesmo).
Fiquei encarregada de repor copos e dar uma ajudinha abastecendo as bebidas. Australiano bebe MUITO. Devido a lei aqui, cada pessoa so pode comprar um combo com quatro copos de cerveja por vez. Mais que isso e proibido. A gente ia enchendo os copos de cerveja e deixando no balcão, era serf-service. Depois, só pagar no caixa. Quando tinha intervalo na partida a coisa bombava. Coca com rum, vodka, cerveja... sério, australiano é muito sem noção com álcool. Como o lugar que eu trabalhei era na frente do estádio, deu pra ver um pouco do jogo. Quando um dos times fazia ponto, eles soltavam fogos do meio do campo! Muito legal. E tocou "What You Need", do INXS. Coisa linda! Nos intervalos também rolava uma bandinha tocando.
Gostei do Suncorp. Já consegui imaginar o show do U2 ali.
OH
My
GOD

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Coisinhas sobre a Australia parte 2

- Quis morrer numa loja de música que fui aqui. Tem tanta coisa do Jeff Buckley! Livro, vinil, DVD, cd... Do INXS acho que a maioria eu já tenho, e do U2 não me importo. Mas tem uns vinis lindos, sensacionais, de várias bandas.
- Achei No Line on the Horizon do U2, versao deluxe com livrinho e cd duplo por AUD$10! SOCORRO!
- Quero morrer também com as lojas de roupa. Tem muita coisa legal por até AUD$20. Ah, e muita meia calça legal!
- Brisbane é um OVO. Você sempre acha alguém conhecido, seja lá que beco você tenha se escondido.
- Quem vem pra cá TEM que ir na Typo! Sou fã numero 1 daquela loja. Já comprei um fone de joaninha, várias canetas legais (inclusive uma do Atari), meu relógio old school que sempre procurei no Brasil e nunca achei, uma ecobag que é um envelope e borrachas que são teclas do computador. O dono é o mesmo da loja Cotton On, que fica na Queen St, que também tem muuita roupa legal e ofertas de compra casada.
- Eu e outras pessoas dizem a mesma coisa: aqui a gente se cansa muito fácil e muito rápido. Ok que ultimamente andei feito um cavalo, mas há dias que não temos o que fazer e por volta das 8,9 da noite,já estamos derrubados. O que passa?
- As propagandas aqui são PODRES. Sério.
- O pessoal faz uma fila ABSURDA pra comer sushi num cubiculo que tem perto da escola. Não digo só estudantes ou só asiaticos,digo todo mundo MESMO.
- A maioria das lojas fecham às 6pm.
- Sabado a noite tem pouquissima gente nas ruas, tipo o nosso domingo. A coisa ferve mais de quinta e sexta.
- Passa muuuito rugby na TV. Tem crianças no parque com bola de rugby tentando jogar. Assiste rugby e vê se tem cabimento deixar seu filho jogar.
- Com um tempo, futebol fica meio sem graça quando você troca de canal. Cadê os caras se pegando, quase arrancando a perna um do outro?
- Falar português com brasileiros pode até atrapalhar seu aprendizado, mas nunca perca o contato com eles. Tem brasileiro indo e vindo pra Austrália, e o mesmo se aplica a trabalhos. A maioria do pessoal consegue trabalho por indicação. E mais - a maioria do povo aqui é oriental. Na hora do desabafo, das boas piadas, das dúvidas, nada melhor que alguém que te entende.


A odisseia do apartamento

Procurar apartamento em Brisbane é fácil. Há duas formas: conhecendo alguém que conhece alguém que tem uma vaga no apartamento, ou pelo www.sunbrisbane.com.
O problema é ACHAR.
Visitei vários apartamentos desde mais ou menos 1 semana e meia antes de expirar as 4 semanas pagas de homestay. Estava procurando com uma amiga brasileira, a Debi, porque a maioria dos lugares tem quarto para dividir - melhor que seja com alguém que eu conheço. Primeiro encontramos um muito legal porque tinha gente da Irlanda, Polonia, Colombia, Mexico... eram 7 pessoas. A maioria pra um banheiro. Casa com três andares. A gente até quase topou, até encontrar um outro. Era uma brasileira que estava voltando pro Brasil e estava passando o contrato do apartamento para uma turca e um brasileiro. O apartamento era lindo, ficava do lado da Story Bridge (aquela dos postais), do lado do Chinatown e do lado do Valley, onde tem todas melhores baladas da cidade. Pagamos o bond e fechamos o apartamento pra ficar. A gente se mudaria na sexta, data certinha que a homestay acabava.

BOND
Quando você entra num apartamento, 99% das vezes você paga o que chamam de bond, já que não existe fiador. O dinheiro do bond é uma garantia para o dono do apartamento ou para quem tem o contrato do apartamento. Se você zuar o apartamento, beijo e tchau por bond. Se você do nada resolver ir embora do apartamento, mesmo tendo pago as semanas que ficou, imagina a situação do cara que vai ter que pagar as próximas semanas sozinho. Nesse caso teu bond também já era. O bond varia de 2 a 4 semanas de pagamento. Ah, sim - não existe mensalidade, aqui tudo é semanal, de pagamento de contas até o seu próprio salário.

Voltando ao apartamento...
No dia seguinte que fechamos, descobrimos que o dono do apartamento não quis renovar o contrato, e queria alugar o apartamento para outros amigos. Resultado = quatro desabrigados. Isso foi dois dias antes do prazo da homestay acabar. SOCORRO! Como achar um apartamento em dois dias e se mudar?
Começamos a caça - achamos um pertíssimo de TUDO, baratissimo, e pra minha surpresa, quem morava lá era um amigo da minha sala. O problema é que era um ovo - pra secar a roupa tinha que pendurar num ferro dentro do quarto e deixar a janela aberta pra bater vento. Eu teria que dividir uma cama de casal com uma amiga nesse. Sem espaço suficiente pras malas, pra acrescentar. Um outro era maravilhoso, espaçoso, num lugar muito bonito. 5 party boys - cigarro aqui, cerveja ali, tuntz-tuntz... não, obrigada. Visitamos mais outros dois e nada, até que achamos uma casa bonitinha, só com uma tailandesa, bem perto, mas que ficaria livre só uma semana depois. Não teve jeito- não tinha mais NENHUM que tivesse as mesmas condições. Topamos.
O grande segundo problema é como passar essa próxima semana "desabrigada". Cada dia na homestay sairia AUD$30, fora passagem de ida e volta da escola. É MUITO caro. Eu quase fiquei na homestay, até que sabado vim para um churrasco dos brazucas e recebi vááárias ofertas de teto. Economizar faz bem, né? Me mudei para um apartamento com três meninos que conheci desde que cheguei, mais uma menina que conheci agora.
Me mudo sábado.
Eu espero.
Eu acho.

HAHAHAHAHAHA
ps.: comecei a entregar curriculos pessoalmente. Meda. Boa sorte pra mim!

sábado, 11 de setembro de 2010

Walk on, move on

Todo mundo pergunta como é estar aqui, se é mais legal, se não é, se tudo é mais barato, mais caro, se é dificil conseguir isso ou aquilo, se eu quero ficar mais tempo ou não...
Complexo, queridos. Muito complexo.
Cada um que vem pra cá tem uma história pra contar, e acredito que seja diferente a percepção de cada um de acordo com os próprios sentimentos e com as experiências que vive por aqui. A maior preocupação que é encontrar um emprego, por exemplo, vai muito de cada um. Não há regra. Os lugares mais próximos do centro são os mais procurados, e sempre os gerentes recebem pilhas de curriculos DIARIAMENTE. É tudo questão de sorte e muito mais ainda de network. Você conhece alguém que tá saindo da cidade e esse alguém te indica pra vaga que ele ocupava. Simples assim - é o metodo mais fácil de conseguir emprego. Agora com curriculo vai de bater na porta certa, na hora certa e com a pessoa certa. É por isso que alguns acham emprego em 1 semana e outro em 4 meses. Eu sinceramente não vou dar minha opinião porque eu vou começar a REALMENTE procurar a partir de amanhã, já que nas últimas semanas minha maior preocupação foi conseguir uma casa. Altos rolos... você olhando tem várias pessoas oferecendo apartamento pra dividir, o grande problemas são os detalhes. Com quem você vai dividir o quarto, quantas pessoas na casa, quem usa o mesmo banheiros, quanto você paga por semana, o que está incluso ou não. É MUITA coisa. Eu, por exemplo, achei um lugar maravilhoso, com vista pra Story Bridge, do lado do Chinatown e das baladas aqui (o nome do bairro é Valley). Iria dividir igualmente com pessoas maravilhosas. Fechei num dia, e no dia seguinte descobri que o dono do apartamento não quis renovar o contrato. Foi um pesadelo encontrar outro lugar e ter que ficar mais uma semana em homestay (carissimo!). Morar na cidade é essencial - você pode ter um emprego de madrugada e voltar a pé, sair sem se preocupar com horarios de ônibus e ferry, voltar pra casa e almoçar na hora da escola...
Em suma, tudo vai depender da sorte de você achar boas pessoas pra dividir apto, um emprego que te sustente e o jeito que voce lida com todas as pequenas neuras cotidianas. De qualquer forma, independente do perrengue ou não que você passar, a Austrália é um lugar maravilhoso. O transporte funciona, as pessoas são educadas e muito receptivas. Exceto alcool, cigarro e frango (pelo menos foram os três principais que eu ouvi reclamação e também comprovei no mercado que é uma facada), tudo é barato - claro, sem converter. Uma hora você simplesmente VIVE aqui e não consegue mais converter as coisas. Afinal de contas, a base que a gente tira aqui é pelo emprego e salário que dá pra ganhar. Então dá pra dizer que as coisas são baratas sim, porque mesmo sendo um faxineiro ou ajudante de fast food, você consegue se manter e comprar coisas legais numa boa.
Se eu ficaria mais tempo? Dificil dizer. Aliás, é uma coisa que eu nem respondo porque não tenho emprego, e se não conseguir emprego mal fico o tempo que quero ficar. Retornando a mesma pergunta, no caso de eu ter emprego, continuo sem saber a resposta. Só estou aqui há um mês, estou adorando, mas ainda não sinto a necessidade de ficar. Aqui é um lugar perfeito para fazer a vida - se eu tivesse filhos, adoraria que eles crescessem aqui. Mas a gente não pertence, não adianta. Digo isso muito mais culturalmente, e em questão das pessoas, do que do lugar. Se a gente debater lugar, não há motivo algum de querer voltar para o Brasil - no meu caso, São Paulo. Adoro São Paulo, mas quando cheguei em Brisbane, uma cidade pequena que nem todo mundo fora daqui conhece, é encantador. Não há razão lógica pra sentir saudades de São Paulo, de verdade. O problema são os motivos emocionais e culturais. Você é um milho dentro da panela de arroz. É diferente, não adianta. Estando em casa você faz amizade, flerta, namora, se relaciona de uma maneira compreensivel. Aqui não. Não encaixa com a mesma cultura, embora não seja algo precisamente chocante. Simples mudanças que provam que você não é daqui. E aí tem a familia e amigos que você deixa pra trás. Não dá pra traze-los pra casa, pelo menos eles, pras coisas fazerem mais sentidos. Então, como você não encontra esse meio termo, o equilibrio, o jeito é aproveitar ao máximo o tempo que você ficar SIM, porque é único, é sensacional, o quanto que durar. Mas no final, lembrando uma pequena frase de Walk On, do U2 - "home, that´s where the heart is".

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Infrações - flagras

Divertido - já que não é comigo - é ver a lei funcionando na cidade. Brisbane tem câmeras por todo canto, logo, se fizer alguma coisa errada, literalmente alguém te pega na esquina.
Primeiro, quando fui comprar o ingresso do U2, tinha uma moça fumando numa área proibida e ainda jogou a bituca no chão. Que animal. Multa nela, na hora.
Depois um bando de adolescente andando pelo centro. Isso não muda, adolescente é mala onde quer que você esteja. Pois bem - um menor estava bebendo cerveja e ainda com uma sacola cheia de latas. Vários policiais cercaram - primeiro viraram a ceveja no lixo, pra ninguém pegar a lata cheia depois - depois apreenderam a sacola com as latas fechadas. Multa nele, e se pegar, no estabelecimento que vendeu a cerveja.
Ai se as coisas funcionassem assim no Brazolis....

Ano novo australiano


O Brisbane Festival (festival de música) teve inicio nesse sábado, e com isso tivemos aqui na cidade a tão aguardada queima de fogos. Tão aguardada MESMO. Sai umas 5pm pro centro e em todo lugar você via gente levando cesto de comida, lençol, tenda, barraca, cadeira a casa toda. O rio estava cercado de gente em cadeiras ou no chão, esperando 7:30pm pelos fogos. South Bank, o bairro que tem a praia artificial, estava PENDURADO de gente. Impossivel caminhar. Então voltei eu e minha amiga brazuca, Debi, no Citycat (ferry). No rio tinha vaaarios barcos e navios especiais para a queima de fogos, muito legal. Uns eram simples pra passeio, outros tinham festa dentro, com mesa, comida e drinks. Na parada da ferry por centro da cidade deu pra ver bem os fogos. Foi muito legal! Super clima de ano novo. O mais legal é que os fogos na Story Bridge (principal ponte e cartão postal daqui) espelhava nos prédios ao lado. Acho que durou uns 15~20 min, sendo acompanhado pela Triple M (rádio aussie) com muita música boa- passando por Queen, Maddona, até os donos da casa, ACDC e INXS. Tocou Good Time, nem acreditei! A única brasileira que pirou com a música = eu! Hahahahaha Ah, e passou pela última vez no céu australiano um avião modelo F-111. É impressionante - é mega rápido, faz um barulho ensurdecedor, mas parece um foguete lançado no céu.
No final das apresentações o pessoal pegou tudo e foi embora. Acampar nem precisava pra realmente ver os fogos, mas vale entrar na brincadeira!
Ah, com um mero detalhe: mais ou menos meio milhão de pessoas sairam nas ruas pra ver os fogos. Todas ruas limpas depois que terminou.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O tempo passa, a gente enjoa de U2, desce a lenha... mas quando eles anunciam um show, tudo aquilo que estava provavelmente apenas adormecido vem com tudo. Desde que o U2 anunciou show na Austrália eu comecei a surtar. Coitados dos meus friends que assinam o fã clube...
Masss resolvi dar uma de macha e fui eu mesma comprar o ingresso aqui, mesmo todo mundo falando que esgotaria logo. Bom, pior que a organização do show do Brasil não dá - logo, tudo é lucro. Como não queria comprar online (por dois motivos: sitye congestionado e tarifa altissima), fui na Ticketek no centro de Brisbane. Era 7h50, a venda começava 9h. Umas 50 ou pouco mais pessoas na minha frente. Então alguém comentou que na Vertigo deixou de ir porque quis comprar online, o site deu pau, e os ingressos se esgotaram em horas, não dando o minimo de tempo de ir numa bilheteria. Dá 9h, fila anda... eu vi bem? Uma BARRACA? Uma não, duas, de pessoas diferentes. Sim, sim, sim - australianos da gema acampando pra não ter dúvida que o ingresso sairia de lá nas mãos deles. Primeiro boom: Red Zone só online. Segundo boom: em 15 minutos, Red Zone esgotada. Doi barriga, cabeça, a imunidade vai abaixo de zero. Quando eu estava a primeira da fila, a menina que estava na minha frente negociava com a moça do caixa. A funcionária disse que só tinha conseguido 5 pra pista. Aí a menina "então me dá 2, certeza. Não, não, me dá 4. Err... vai 5, isso mesmo." Quis morrer. Quando chegou na minha vez, fui pedir 2 (vou com uma school mate) e a funcionária começou a apertar duas teclas repetidamente, over and over. Realiza meu estado de coma HAHAHAHA! Aí ela "hmm.... acho que não tem mais". WHAT??? Brincalhada né. Depois de apertar as mesmas teclas mil vezes ela achou o ingresso. Pau no sistema. Depois fui dar meu Visa Travel Money pra pagar, aí ela "Hmmm, acho que esse a gente não aceita", "aceita sim, vamos tentar". E passou. De repente passou dor de cabeça, de barriga...
É, meu povo - ingresso do U2 mais uma vez na mão, após 4 anos de Vertigo Tour no Brasil.
Agora é só torcer pra conseguir um emprego pra me garantir aqui até dezembro. Bom motivo eu já encontrei! ahhahahaha

E amanhã...
Queima de fogos em Brisbane! Maior que a queima de fogos do ano novo em Sydney! Imagina só! O problema é que tem previsão de chuva. Altas emoções. Aguardem!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aqui em Brisbane é distribuido de graça um jornal chamado MX - tipo o Metro no Brasil (ou pelo menos em São Paulo). No final do jornal tem uma sessão muito engraçada chamada "Here's looking for you". A pessoa envia um SMS com o texto que quer publicar, sobre alguém que viu muito rápido e se interessou. Olha isso:

To Jay at KFC at the Myer Centre. The only reason I buy KFC is to see you because I don't even like KFC. Keen for a drink sometime? I think you know who I am and what I always order.
- KFC Hater

To the Angus & Coote blonde who catches the 6pm 333 from Chermside every night, your smile makes me smile.
- James

To the girl working at KFC on Tuesday night. I saw you were making my burger. Can you server me next time? By the way, I love you.
- Blondy guy

HAHAHAHAH! Seeensacional!
Aí tem uma sessão meio que João Bidu. A de hoje foi: tenho 22 anos, namoro a dois meses e a menina está falando em ter filhos. O que eu faço? As respostas:

Wear a condom (Mother Tereza)
Get her a puppy (Dog Lover)
Leave. At 22 you should be enjoying yourself. Don't throw your life away on this girl you hardly know. (Old wise one)
If you can see a future with her, stay. If not, move on. (Don't lead her on)

Um dia ainda mando, só pra ver se aparece:
Pedreiros de Riverside - prestem mais atenção quando o CityCat das 11h chegar. Vocês tem Facebook?

Banheiros e água na Australia

- Aqui não se joga papel no lixo. Desde o aeroporto do Chile eu me peguei na dúvida de onde jogar o papel. Olhei para um lado, para o outro, e a única saida foi o vaso sanitário. Quando cheguei na Australia notei que na minha casa não tinha certo de lixo. No banheiro da escola tem avisos de que é PROIBIDO jogar papel no lixo, apenas no vaso. O unico lixo disponível é para absorventes.
Bom, ainda bem que ninguém aqui usa papel Primavera ou outras lixas que temos no Brasil. O sistema de esgoto agradece.

- O vaso sanitário é separado do chuveiro. Duas portas diferentes, mais uma porta para fechar os dois. E os banheiros tem banheira. Em várias homestays é assim.

- Toda casa e espaço público tem água quente e água fria.

- Os banheiros públicos são oootemos!

- Água aqui se bebe direto da torneira. Pra comprar na garrafa é caro. O que achei legal é um squeeze que vem com um mini filtro, uma graça! Custa AU$12, e as lojas vendem refil do filtro.

- Banhos aqui - estabelecido pelo governo - é de 4 minutos. Quando eu lavo meu cabelo eu esqueço que tem governo... não dá! Pra lavar louça também rolauma economia, então sempre tem uma bacia na pia para de alguma forma economizar.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu, passando trote pro Banco Real antes de partir

Demorou mas cheguei! Sinto não ter escrito antes, mas não deu mesmo. Viver sem computador é assim... ou ERA assim - comprei essa semana um netbook basicão pra manter a comunicação, fazer pesquisas, trabalhos, procurar emprego, apto... é, a básica vida de gado do brasileiro na Austrália. Afinal, somos os bolivianos daqui! Hahahahaha mentira, boliviano aqui são os orientais. Só que mais chiques e com mais dinheiro. Mas vamos as curiosidades em geral:

VOO
O primeiro voo foi tranquilo - recebi váárias mensagens e ligações fucking crazy (obrigadaaa). São mais ou menos 3 horas para Santiago. Deixei São Paulo num avião em pleno horário de rush- 6 da tarde- e a visão lá do alto é sensacional. A city lit by fireflies.


Fui pela Lan até Sydney - espanhol prioritário. Portunhol não funciona nessas horas - espanhol dos nativos é BEM dificil! Ainda mais pra mim, que não curto. Comidinha de avião boa! Torta com uns bagacetes pra por no pão (queijo, salame, presunto) mais um bolinho de nozes. Yummy! Numa poltrona pra três, uma do meu lado foi vaga, Fui assistindo Shrek Forever (de novo). Mas sem subtitles, pra treinar de cara, né?


De Santigago pra Auckland são quase 13 horas. TREZE HORAS! Sentei do lado de um cara tapado que só dormia. Só vi brasileiros sociaveis bem mais pro fundo do avião. Tinha TV com muitos filmes legais, até games - mas e o pique? Primeiro tentei ver Rede de Intrigas- meu tédio bloqueava qualquer intenção de entender o filme sem legenda. Troquei por Billy Eliot, que tinha dublado. Chochilei. De repente chega um funcionário e desliga a minha TV- com isso eu acordei e não dormi mais. Inventei de comprar um Fon que obviamente não é FON, da Le Postiche, que é inflável. Achei HORRIVEL. Amontuei o "fon" com dois cobertores e tentei dormi. Quando acordei e olhei o mapa na TV (que mostrava geograficamente onde o avião estava), ainda estavamos acima do oceano. Faltava mais de 6 horas, e eu já tinha dormido e eacordado, SOCORRO! Torrei a bateria do emu celular até que descobri que a TV tinha cds. Fui ouvindo U2, Britney, Carla Bruni... tinha até a trilha sonora de Kill Bill e Amelie Poulain! Como já previsto, minha surpresa/entusiasmo durou segundos. Mais tédio. Vamos pular essa parte? Hahahahah
Desci do avião mas tinha que entrar no mesmo - e num é que a doida de uma brasileira que eu conheci deixou o passaporte dentro do avião, FORA da mala, jogado? Hahahaha! Nessas horas só lembro da minha mãe me repetindo 6 meses seguidos: CUIDADO COM O PASSAPORTE.Virou mantra.
Em Auckland chovia horrores. Do meu lado, meu primeiro aussie mate (mais claramente: amigo australiano). Primeiro me cumprimentou com um Hola, pensando que eu falava espanhol. Respondi Hello. HAHAHAHAH Ele perguntava uma coisa, eu respondia, o assunto morria. Ele abria o jornal, passava o olho e segundos depois, puxava outro assunto. Tá, australiano, eu falo com você... hahahahaha Depois de uma viagem de puro tédio, de Auckland pra Sydney foi fantástico. Minha desenferrujada do inglês falando com um nativo durou umas 2h .
"...the blendah"
"What? I'm sorry..."
"Blendah! Shrrrhhrhrrhrh" (imitando um liquidificador)
"AHHHH...blender!
"Yeah, the blendah"
Sotaque australiano é muito britânico. John - o rapaz meio grego, meio australiano - me divertiu como um velho amigo.
"Welcome to Sydney", ele me saudou, e eu desci do avião. Em solo australiano, enfim.
De Sydney pra Brisbane foi bem rápido. Já era sabado, eu mal acreditava. Apesar do longo voo, não dava pra acreditar que sai quinta e cheguei sabado. Na saida já vi o motorista com uma plaquinha e meu nome. Junto, um baiano e um coreano. Brasileiro quando se vê aqui parece melhor amigo. Me apresentei e cumprimentei com um beijo no rosto. Fui fazer o mesmo no coreano... "whhhhaaat, what is this?" Coreanos mal se cumprimentam com um aperto de mão. E a brasileira depravada aqui querendo se aproveitar do menino, só porque ele era modernete com o cabelo pintado. No final, estamos os três na mesma escola. E o coreano ainda fica todo sem graça quando me vê HAHAHAHAHA!

HOMESTAY
Brisbane é dividida em zonas - 1 é o centro e arredores, eu moro na 2. Pra ter uma idéias, Gold Coast, a cidade litoranea mais próxima, maomeno 1h de trêm, é zona 16. Morava com duas japonesas- Kumi e Tae- mas agora a Kumi foi para um apartamento perto do centro da cidade (que chamamos de city). A dona da casa, Judy, é um amor de pessoa- não pagamos para ter almoço durante a semana porque nesse horário estamos em aula. Ainda assim ela ajuda a gente, seja com pão e vegetais para um lanche ou quando sobra janta, levamos no dia seguinte. Ela é pintora e professora de piano. Kumi e Tae são pessoas maravilhosas - Kumi me ajudou em cada segundo, pra pegar ônibus, ferry, as tabelas de horario, tudo sobre a escola e muito mais. E ela é figura, passo o dia inteiro conversando e rindoo. Tae ficou comigo agora- ela está bem no começo do curso, eu fico ajudando ela e ensinando expressões que só conhecemos no Brasil. Ela ri o tempo todo.

Tae, Kumi e eu, após a escandalosa exibição dos biquinis tupiniquins

A casa fica a cerca de 10 minutos a pé do Citycat (ferry... uma barca), e tem dois pontos de onibus bem pertinho, com linhas que vão pra city. A visão que tenho daqui é perfeita- no fundo da casa fica o rio de Brisbane. Dá pra molhar os pés lá. Passa jetski, navio, canoa, barco. Tem vários vizinhos com barcos aqui.


Visão dos fundos da minha homestay

COMIDA
Judy, minha home mother, cozinha muuuito bem. Eu amo sal, as vezes até gosto de jogar umas pitadas, mas sem essa que comida australiana é sem graça. Comi aqui e na vizinha, nenhuma vez foi ruim (ou eu sou draga hahahah). No dia seguinte que eu cheguei tivemos um café da manhã assim: torrada com feijão ao molho por cima, com bacon e ovos. Sensacional. Lógico que eu comi- não tem graça vir pra um país diferente e comer o de sempre. Tá, só por um dia! Hahahaha
Já comi carne de carneiro, camarão, atum, frango...
Aqui tem tudo home brand- ou seja, produto com a marca do próprio mercado, e é mais barato. Já comprei várias coisas home brand e nenhuma foi ruim. Mas batata frita TEM que ser Smiths. É uma Ruffles mais grossa- uma delicia! Viciei. Tim Tam é uma bolacha coberta e recheada de chocolate, não dá pra comparar muito com nada que venda no Brasil, mas também é viciante.
Nota: duas Smiths pequena (acho que 55g) sai $2. Um pacote de Tim Tam tá $1,89. Yummy!

ps.: logo apos eu ter escrevido isso, comi uma sopa de frutos do mar que mais parecia prova do "No Limte".

TRANSPORTE
Para o pessoal de São Paulo que pega onibus como se fosse sardinha na lata, e para aqueles que ja viram corredor de onibus ou alguns terminais com previsão de chegada de onibus mais falso que nota de R$3, Brisbane é a visão do paraiso. Todas as linhas tem tabela de horários PONTUAIS. Se o próximo horário do ônibus no ponto que você está é 10h32, o onibus vai chegar nesse horário ou pouca coisa antes. Ele vai parar e abrir a porta sem que você dê sinal e vai esperar o tempo estipulado, e depois tchau. Assim como trens e ferries, todos são pontuais, e você sabe pela tabela que horário vai chegar no seu destino. Há alguns dias sai da escola às 17h30 e fui fazer compra no mercado. No final era umas 18h30. Para um paulistano isso é sinonimo de caos - pegar onibus nesse horário é a hora da morte. Mas não em Brisbane. Transito flui, muita gente mas transportes sufucientes para todos, sem atraso, raramente com pessoas em pé.
Aqui tem várias opções, dependendo do que você precisa- ticket diário, semanal ou mensal. Durante um desses periodos escolhidos você pode andar quantas vezes quiser de ferry, trêm ou onibus. Mas como Brisbane é separada por zonas, os tickets também são. Por exemplo: de onde eu moro (zona 2) indo para o centro, a ticket diário custa $3,90 - ou seja, dá pra zanzar pelas zonas 1 e 2 por esse preço o dia todo.

Gold Coast

Pra quem vai para Gold Coast, que é zona 16, o ticket sai por $21- ou seja, dá para ir e voltar de Gold e passar por qualquer lugar entre as zonas 1 e 16 durante o dia sem pagar a mais. Como eu tenho que pegar bus/ferry todo dia, vale mais o mensal entre zonas 1 e 2 (sai por $120).

OS AUSTRALIANOS
Os pedreiros na Australia são bonitos. O resto fica pra sua imaginação. Aqui tem muito ex-jogador de rugby, atuais jogadores de rugby, caras tatuados e mulheres loiras que pintam o cabelo de preto. Australianos não flertam, não adianta. No máximo bate o olho e na próxima piscada, você sai do foco. Se você começa a olhar para alguém aqui, a pessoa vai pensar que você descobriu algum segredo dela, que está com cagada ou que você é um psicopata. E o pior é que você entra na mesma neura - aqui quando alguém olha e não é brasileiro tem alguma coisa de errado. Tira o espelho da bolsa na hora e olha se não é um pedaço de alface no dente.
Fora isso, o povo aqui é MUITO estiloso. Você pode fazer a sua moda e cair na rua que ninguém vai te olhar torto ou apontar. Brisbane é uma passarela. Agora, por exemplo, a moda aqui é uma bota meio camurçada toda fofinha por dentro. Não, não é igual àquelas rampeiras que as meninas pagodeiras usam, é mais bonita. Até homem usa. Mulheres usam com calça, vestido, mini short... whatever. Muito estiloso! Estava com um amigo que está louco para comprar uma e comentamos que, depois de voltar para o Brasil com uma bota dessas, dá até para imaginar as piadas "hahahah esse aí veio da onde, do Alasca?". Nem em São Paulo, lugar mais descoladex (tipo região da Paulista, Augusta, Oscar Freire) chega aos pés da diversidade fashion australiana.
Mais um fato: australianas não sentem frio nas pernas. Já passei por dias de muito frio e nada evita do povo sair de mini saia ou short na rua. De noite então, nem se fala. Roupa de balada das australiana são vestidos colados MEGA curtos - curto o suficiente para não aparecer a bunda. De resto...

Visão noturna da ponte de Brisbane. Lindo andar de ferry a noite...

Mas o mais legal é que aqui não rola muito essa coisa de pose. O que mais tem no Brasil é gente com pose - vai comer nuns lugares que é pura aparência, 100% tédio, para mostrar o que não é para quem nem conhece. Aqui tem duas praças próximas da escola - uma num boulevard e outra logo abaixo, que inclusive tem um memorial dos soldados australianos que morreram na guerra.
Nos últimos dias vários soldados daqui morreram, então sempre ouvimos o som fúnebre (mas bonito) da gaita de foles e muitas flores ao redor dos monumentos. Enfim, voltando a falar das praças! Essas duas praças ficam tomadas de gente na hora do almoço. executivo engravatado, ripongas, estudantes, pais com filhos, todos se jogam na grama pra comer, ler um livro ou tomar banho de sol. É a coisa mais simples e mais gostosa que é totalmente impraticável no Brasil. Sentirei muita falta disso...

ESCOLA
Apesar dos altos e baixos, eu gosto da Pacific Gateway. Só dá asiatico, brasileiro e colombiano. SÓ. Como a maioria dos orientais se expressam muito mal em inglês (por exemplo, não falam a letra R nem V), resta fazer amizade com brasileiro. Até porque na escola, se você ouve qualquer piada na sala, ou qualquer descontração, é um brasileiro que faz. E mais - os brazucas são bem unidos. Pelo menos é o que eu estou notando até agora. O pessoal se ajuda no que pode e quando se encontra parece que já era amigo antes de chegar no país. Então assim, essa história de "se afasta de brasileiro" é, pra começo de conversa, inviável. Você vai passar um mês mofando se não tiver com quem sair para dar umas voltas, comentar, dar risada... e não é com os asiaticos precisamente que você fará isso. Muito menos com australianos. A única coisa que você pode fazer para não prejudicar seu inglês (esse é o motivo pelo qual falam para se afastar de brasileiros) é morando com pessoas de outra nacionalidade, mesmo que seja da America Latina. Tudo que force você a falar outra lingua é bom, afinal, é um dos principais objetivos do intercâmbio. O homestay é por nessa parte porque com uma familia australiana você pratica MUITO. É meio caro mas vale a pena.

No fundo, PGIC. Na frente, Paloma, Debi, Ivan e eu. Brazolis na grama.

Voltando a Pacific Gateway, mais conhecida como PGIC. Conheci professores muito bons, outros que não parecem ser professores, mas na maioria são bons (só encontrei um que super dá sono, o mais perdido da escola). Legal é o Chad, que só toca música boa no violão que tem na escola. Engraçado quando fomos num happy hour e conversei com ele, e disse que curtia os sons que ele tocava, como Jane's Addiction. Na outra semana esbarrei com ele no corredor, ele apontou e disse "Jane's Addiction, I'm gonna play it for you". Good memory! Hahahaha
Então... a escola tem violão para os alunos ou professores e uns sofás com Nintendo Wii. Ah, e uma mesa de ping pong. O povo super é viciado. A pior parte da escola mesmo é a internet. Nem Jesus por aqueles computadores... internet cai, ou tiudo fica lento. Como até o Greg diz, eram para estar num museu.
Ah, e por falar em Greg, a PGIC tem uns australianos rondando pela escola para conversar. Sim, conversar. Puxar assunto, falar inglês. Bem legal. Ah, e é proibido falar outra lingua. Saiu do inglês, seja dentro da escola ou nas ruas paralelas, e alguém viu, você toma cartão amarelo. Depois do amarelo vem o vermelho, depois o preto, e aí você é convidado a se retirar da escola. Dane-se se você deixou tudo pago. E isso está no contrato.

BALADA
Não sai ainda. Já rolou convites sim, mas ainda não veio o tempo. Só numa sexta que fomos no happy hour com o pessoal da escola num pub. Foi mais divertido do que pensei. A cerveja num copo gigante saia por $2,75 (Carlton Draught). Então veio o Greg chamar para umas brincadeiras alcoolicas hahahaha Primeiro tipo brincadeira do PIM, só que em vez do plim, você batia palma a cada número 3 e 6. Não multiplos, mas apenas com o final desses números. One, two...CLAP! Quem errasse, virava o copo. Compraram uns jarros de cerveja para brincar. Não, eu não errei para beber. Depois veio uma brincadeira de apostar para que não tivesse sido apontado; naqueles que fechasse um circulo contava até não sei quanto e, na pessoa que parece, ela virava o copo. Bah, nem entendi direito, mas joguei hahahaha foi legal. Mais legal ainda foi o som e a pista. Os japoneses dançando são hilários. As vezes eu tava dançando com umas japinhas e tin ha uns meninos que olhavam para imitar a dança. Tinha um japa e um colombiano hiperativo fazendo as orientais timidas passarem vergonha hahahahha
"I'm dancing with a brazilian girl, I'm HAPPY!" HAHAHAHAHA
Oh, Greg...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Despedidas

Dizer tchau é uma coisa danada de complicada. Até para aqueles que eu tenho passado até mais de seis meses sem ver. Na verdade o que pega é: nem se você quiser você vai ver a pessoa. São oceanos - de água e de dinheiro, já que é uma das passagem mais caras.
Sábado fiz minha despedida e foi tanta gente, e ao mesmo tempo faltou tanta gente! Fui brincando que quem chegasse me pagaria uma bebida e aí você já sabe como isso termina numa despedida: em prantos. Ah, e com um joelho ralado que eu não tenho idéia de como consegui.
Pra você que foi na minha despedida: não leva em consideração nada que eu disse após umas 2 da manhã. Ou considera, você que sabe.
Queria levar todo mundo na minha mala!












Cabe?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Contagem regressiva: 8

É, meu amigo...
Você aí que se fodeu e teve que pedir demissão, não deixe para a última hora. Burocracia e trabalho andam juntos e de mãos dadas. Entregar crachá, limpar armário, dar baixa na carteira, fazer exame, homologar... já não basta o tanto de coisa que você tem na cabeça, se preocupar com isso é semelhante a ter um encosto. Não, eu nunca tive um encosto. Mas deve ser assim - incomoda, atormenta, enche os pacová. Fora isso, o resto é uma diliza. Já fiz meu cadastro de milhas pelo site da TAM e da Qantas e, quem sabe, não rola um voo de gratis sem pagar nada lá pela Austrália?
Oito miseros dias e ainda não sei onde vou morar nas próximas semanas. Que agonia! Um semi-encosto! Hoje estava olhando meus sapatos, qual levar, qual não levar, e vou dizer: doi. Há um ritual, tanto para roupas quanto para os calçados, de despedida.
Ah, e o visu! Muito importante isso. Já comprei meu kit-manicure, preciso só de mais uns dois esmaltes e fechou. Meu cabelo era castanho avermelhado - sim, era. Para o desespero dos admiradores do meu cabelo que colecionei durante os anos, eu abandonei a cor porque não quero ficar retocando, então tô no castanho básico. Mais importante que isso é uma coisa chamada VOLUME. Nem Jesus reduz (rimou).

= Pausa para anuncio de cunho publicitário sem remuneração =

Comprei uma escova progressiva pelo site de compra coletiva Click On. Cupom em mãos, hoje vou no salão dar os tapas no cabelo. As pessoas geralmente tem muita dó de mexer no meu cabelo, acham lindo, mimimi. Isso porque nenhuma delas me viram lavar e deixar o cabelo secar sozinho. Meu cabelo é menor de idade, irresponsável e não tem vida (ou tem vida em excesso) sem um secador. Então hoje eu pintei e deixei ele secar alone by himself. Tô me sentindo Edward Mãos de Tesoura. Ou o vocal do Kiss. Não, tá pior. Valderrama. Ok, chega de denegrir meu próprio cabelo. Amanhã vou com ele desse jeito pro salão e aí quero ver no que vai dar. Eu aviso.

= Fim do anuncio de cunho publicitário sem remuneração =

O resto da manutenção estética fica pra semana que vem. Assim como a compra da minha segunda mala. Por falar nisso, decidi levar como bagagem de mão uma mochila. Achei uma mochila ultra mega power na C&A de R$79 por R$15. Na hora do perrengue, uma coisa dessa é obra de Dgeêzoos.
Ah, passei também num médico fofissimo, lá no Hospital Santa Virginia. Escreveu uma receita gigante e detalhada, com a lista de remédios básicos para eu levar e pra qual situação cada um é recomendado.
Hoje segue a correria: passar no trabalho e fazer The Progressive.
#oremos



Joss Stone Feelings

Nunca essa música fez mais sentido...

Joss Stone - Right to be wrong

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone

You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone


quinta-feira, 29 de julho de 2010

FAAQ

Frequently australian asked questions

E aí, quais são as novidades?
A última coisa foi... o visto! Sim, o tão sonhado visto. De lá até hoje, nada demais: comprei uma mala de (até) 25 kg (a média, já que posso levar duas malas de 23kg), comprei blusas brancas novas já que é recomendado blusas brancas, calça preta e sapato preto para alguns empregos. Basicão. Amanhã passo no médico para pegar receita e fazer minha farmacinha - remédios pra todo tipo de TOING que rolar enquanto eu estiver lá. Ainda não sei quantas roupas e calçado levarei porque ainda acho que está longe pra isso. Ainda vou sair e usar minhas roupas em duas semanas, so... paro as novidades por aqui.

Ansiosa?
Não, não tô ansiosa. Mesmo. Deixo isso pra quando eu estiver fazendo as malas, lá pra última semana mesmo.

E o voo, vai por onde?
Meu voo sai de São Paulo, passa por Santiago (Chile), Auckland (Nova Zelândia), Sydney (Austrália) e segue pra cidade que pretendo chamar de minha em breve - Brisbane.

Já saiu do trabalho?
Nãããao. Quanto mais dinheiro, melhor, concorda? Prefiro sofrer mais um pouquinho aqui, minhas férias serão longas.

Você conhece alguém lá?
Não. Tenho uns contatos mas só considero como "conhecidos", nada máz.

Você é louca?
Loucura? Começar a vida do zero, sem amigos (presentes fisicamente), sem emprego, na casa que não é minha, de uma familia que não é minha, num país que não sou cidadã, de uma língua que não é a minha? Normal.

Lógico que vai ter vários shows legais lá, né?
Sinceramente? Nesse próximo semestre vai rolar muito mais shows por aqui do que lá. De diferente mesmo, que eu considero legal, será um show do Blondie e Pretenders. De resto, Bon Jovi, que vem pra cá também. Mas não sei se irei neles. Rumores sobre o U2 em dezembro - aí sim eu vou e agradeço!


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Gororoba de Frango

Ingredientes:

- Farinha
- Cebola picada
- Óleo
- Caldo de galinha
- Cuminho
- Água

Utensílios:

- Uma panela
- Fosforo
- Uma colher de pau

Refogue a cebola no óleo. Quando estiver querendo dourar, coloque a farinha, mexa um pouco e já coloque a água. Coloque o caldo de galinha e o cuminho, e vai mexendo. Tem que ficar meio grosso... se não ficar, sem problemas: pega um copinho, dilui um pouco de farinha na água e joga dentro. Mexeu, engrossou? Desliga! Só comer.

MAKING OF:

A medida dos ingredientes é relativo ao número de pessoas vezes o tamanho da fome. E de verdade? Nem meço nada. Vou colocando e vai dando o ponto. Para os exagerados, sem noção ou principiantes que não sabem quebrar um ovo: não vai colocar meio kg de farinha, mano! São umas três colheres cheias e tá bom, a não ser que, como eu disse, o número de pessoas ou a fome seja enorme. Cuminho? Só um pouqinho, Joselito! Afinal, c
aldo de galinha (1, ou 1 e meio) já é cheio de condimentos.
Cara... fica bom, viu? Bom é comer isso com batata assada.

E ai Jamie, aprovado?

Mulher-bomba

Escuto Pearl Jam todos os dias. Está no meu MP3 na ida e volta do trabalho, e quando fico em casa com o computador ligado, a "Pearl Jam Radio" prolonga meu vício com versões ao vivo maravilhosas. Eu sei que estou indo pra Austrália e que o Pearl Jam abriu a turnê por lá, sem chances de voltar tão cedo. Eu sei que há fortes rumores que eles apareçam por aqui esse ano, embora eu me agarre na teoria de que foram 13 anos de rumores até que eles finalmente viessem pra terras brazólicas. Desculpe-me vocês, fãs de Pearl Jam, que não foram ao show. Peço desculpa à todos os fãs, mas vou praguejar até o último segundo para que seja mentira que a banda volte esse ano pra cá. Mas espera - não quero que eles simplesmente não venham, mas sim que venham ano que vem. Vocês devem ter consciência do tanto de shows e festivais que terá até o fim do ano. Querem ficar pobre de vez? Parcelar a alma? Crediário a la Casas Bahia? Não, né? Então junte-se a mim, doando uma galinha preta e graúda pro meu trabalho "Sai Daqui, Pearl Jam"/"Pearl Jam 2010, eu não vou!"/"Brasil boicota Pearl Jam 2010!"
2011 tá logo aí.
Enquanto isso, minha parte ridicula de ver os dois lados da história grita: MAS E SE ELES VIEREM? Bom, se eles vierem... eu vou chorar. Eu vou morrer de inveja de quem estiver aqui. Eu vou ter gastrite. Eu vou morrer, 10%. E daí eu vou voltar com a minha idéia que venho pensando há muito tempo: ver o Pearl Jam em algum lugar do mundo. Vai custar as calças que eu já não terei, mas, mas... já consigo ouvir vozes "nem pense nisso!". Por que será, né? Mas como uma mulher-bomba, prestes a fazer um sacrificio o qual pode por algum momento parar para pensar e se tocar que está sendo imprudente e desistir, eu continuo ouvindo Pearl Jam incansavelmente.

"If there's no love, I'm gonna try to love again"
"Stay with me, you're all I see..."

Eu escuto isso com o diabinho - talvez Kurt Cobain, com um cigarro caido no canto da boca, jeans balançando com os pés de All Star - no meu ombro: "você nunca ouviu isso ao vivo..."

Sério, Pearl Jam, nem pense em pisar aqui esse ano!
Bêjo!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Desliga a torneira!

Sabe aquele episódio do Chaves, que o Quico está com a mangueira apontada para o próprio rosto, alguém liga a torneira e ele continua lá, se afogando na água? Ainda tem a pachorra de pedir para desligarem a torneira, sem desviar a mangueira do rosto.
Esperar alguém mudar uma situação que você mesmo tem controle é estado de coma.

Wake up!

Só um breve desabafo de gente que não faz nada para se ajudar. A vida passa e você vai ficar aí.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Agora vai

Uma das coisas que mais detonam com a gente é frustração. Evitar faz bem, obrigado.

Por mais que eu estivesse planejando minha viagem há séculos, sempre dá o medinho de alguma coisa não rolar e aí o tombo ser grande. Mas eis que o último medinho acabou: a espera do visto.

No começo de 2010 o que mais teve foi demora de visto e algusn vistos negados por motivos pequenos. Medo, medo e medo. Além da frustração de planejar e não ir, o preju doi. Só de taxa de visto a gente paga mais de R$800 e não pegamos o valor de volta quando o visto é negado. Se atrasa, remarcar curso, passagem e tudo custa, e dinheiro numa hora dessas é a última coisa que a gente pode perder.
Bom, meu "medinho" final está resolvido - 5 dias úteis, dá pra acreditar? Fiquei muito assustada com uma galera que teve o visto aprovado só depois de dois mêses! Mas vamos considerar algumas coisas:


1. Entregar os documentos, o mais completo possivel, é muito importante. Se faltar alguma coisa, até enviar, até conferirem e aprovarem, vai levar mais dias de ansiedade!


2. Pensando nisso, a papelada pro visto deve ser enviada com um prazo razoável de antecedência justamente para você não ter que pagar taxa remarcando voo e curso.


3. Coisas importantes: a carta, reforçando que todo seu vinculo está aqui no Brasil. Familia, vida profissional, futuras chances de trabalho ou estudo. Ah, e o patrocinador - ou seja, alguém que, pelo menos na teoria, se resposabilize por você financeiramente enquanto estiver por lá. É prudente da parte deles, afinal, ninguém garante que você vai conseguir um emprego para se manter por lá durante esse tempo.


Pelo menos nessa etapa é isso. Agora vem as compras! E a tal da contagem regressiva... só tenho um mês inteiro aqui (junho), e logo agosto está aí!
46 dias. Tá mei longe, mas passa mui rápido.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Animações que marcaram

Difícil escolher a melhor animação que eu já vi pra falar a respeito. Muitos me marcaram na infância - começando por Rei Leão e Aladdin, que eu tinha o VHS original e assistia até saber as músicas decor. Depois veio Tiny Toon, Férias Animadas, quando o Pluck vai à Felizlândia no carro da familia da familia do Presuntinho. Cenas inesquecíveis - Pluck morrendo de calor, a mãe do Presuntinho não deixando o pai abrir a janela para que os outros não pensem que eles não tem ar condicionado, e a visão do Pluck imaginando o carro atravessando um vulcão; a familia atingindo os 100.00 km rodados (lá vai a fuinha!); Lilica vestida de Tina Tunner!

Depois veio os filmes da Pixar - "Procurando Nemo", "Monstros S.A" (um dos meus favoritos), "Wall-E", "Up!", "Ratatouille"... sem contar os curtas que antecedem o filme. Acho que nunca vi um que não tenha gostado. Fora do mundo Disney, Dreamworks e Pixar, me apaixonei por "Viagem de Chihiro", "O Castelo Animado" e "As Bicicletas de Belleville".

Só que preciso escrever de um só pra aula. Resolvi deixar todos esses de lado e comentar sobre um curta que vi ano passado, que bateu o fofissimo "Presto", da Pixar. O nome dele é "La Maison en Petits Cubes" (A Casa de Pequenos Cubos) - apesar do titulo em francês, o curta é japonês. Emocionante os traços do desenho, a cor, a música de fundo, a história do velhinho, a metáfora com a nossa vida...

ASSISTAM:


domingo, 20 de junho de 2010

Copa 2010

No primeiro jogo do Brasil na Copa o resultado foi: vuvuzelas out loud, cerveja pro alto, garrafas de Adrena Shock e pessoas voltando naquele estado pra casa, plena terça-feira.
No domingo o jogo foi do confortável sofá de casa. O saldo foi as pérolas:

"Robinho comemorando o gol: 'Ae porra, caralho!'. Kaka comemorando: 'Obrigada, Jesus!'"
"Esses caras são tipo assaltante. Um distrai, o outro vai lá e rouba. Trombadinhas!"
"Elano: mistura de Sean Penn com Luciano Huck"
"Aquele é o Robinho, o outro é o Rabinho (Drogba, por causa do cabelo)"

Próximo jogo: sexta, 11h da manhã. Imagina se fosse da noite...


sábado, 19 de junho de 2010

Take me higher...

E cá estou, morrendo aos poucos de pensar que o Pearl Jam pode vir pro Brasil esse ano e eu não estar aqui justamente nesse dia. Eu sei que fui no primeiro show deles aqui, mas quero ver a metade vazia do copo, posso?
Cada vez que escuto uma música me dá uma vontade de fazer uma loucura mundo afora.
Tá, eu já vou fazer uma locura mundo afora- mas pearljenicamente falando, justo no lugar errado, já que a banda ABRIU a turnê na Austrália.

Fuuuuuuu!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

André Forastieri disse que tentou ler três vezes, três livros do Saramago, e nunca terminou um. Eu tentei só um - você sabe qual - e não consegui também. Ainda que cega nos campos de José Saramago, não serei ignorante de dizer que não foi uma grande perda. Maior que qualquer um dos parágrafos que um dia escreveu...

So long...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vuvuzelândia


Brasileiro, futebol. Está no sangue da grande maioria da pátria verde e amarelo - motivo de orgulho, povo que mata e morre pelo destino da bola em campo. Mas não aqui.
Minha família - digo família de casa, pais, irmãos e cachorros, principalmente os cachorros - cagam, andam e vão dormir tranquilamente. O esforço máximo numa Copa do Mundo é ligar a TV, assistir, comentar e... quem vai morrer na novela hoje mesmo? Foi assim que eu cresci - dando a mínima, bem mínima para os jogos da Copa. Há oito anos minha melhor amiga torcia para a Alemanha; há quatro, sai com quatro amigos pelas ruas do Tatuapé, todos se recusando a pagar para entrar mesmo nos botecos mais fuleiros que passaram a cobrar entrada para ver o jogo. E na rua vazia, silêncio. Mais alguns minutos, urros. Ainda assim, não foi o fim do mundo, e andamos para minha casa para ver os últimos minutos de jogo.
Esse ano a coisa mudou um pouco. Primeiro porque é de se dar valor à unica coisa que brasileiro leva à sério, se une e comemora, uma união nunca vista. Eu entendo as pessoas que falam que o povo deveria se unir para outras coisas, mas não vamos entrar no mérito, já que levariamos horas (ou dias) teorizando sobre isso. Segundo porque, apesar de entender muito pouco ou quase nada sobre futebol brasileiro, quero muito que a seleção ganhe para o Dunga esfregar na cara do povo que ele é o técnico e sabe o que faz e o que fez quando convocou essa seleção - um típico momento "vocês vão ter que me engolir". Terceiro: entendo também que o Brasil é um país com um incentivo à esportes quase nulo, e que isso tem que mudar, mas já que xingamos tanto que o Brasil nunca vai bem nas Olimpíadas, vamos torcer pelo que há de melhor, não? Em quarto lugar, mas não menos importante, isso é um ótimo motivo para juntar os amigos, compartilhar uma cerveja e se divertir. E é justamente isso que precisamos nesse mundo caótico que vivemos, além do trabalho que se acumulará depois do fim dos jogos. Ou pensou que as horas que você pára não muda em nada? Feliz Natal para você!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ídolos

Você já imaginou Janis Joplin no mundo de hoje, participando de "Ídolos"? Você acha que ela seria calorosamente recepcionada com inúmeros elogios?
O que temos agora são os "ídolos" no mundo de Janis Joplin, e qual é a logevidade deles?

Só uma reflexão de como nasce um ídolo se verdade.

domingo, 6 de junho de 2010

Não é o filme do Fiuk

(Acabei de ver que meu post SUMIU! :O Talvez eu volte a escrever... talvez não. Enquanto isso, fica o trailer aí embaixo do filme "Melhores Coisas do Mundo". E um resumo em uma frase: o filme é muito bom, gostei e recomendo, independente da sua idade)





Reflexões de domingo

Hoje foi a Parada Gay. Eu fui para a Paulista... para ir no cinema. Eu, duas amigas e tinha umas três pessoas na sala. Então eramos seis. Vai, não é tão coisa de doido então, né? Já estive na Parada em três outras ocasiões: a primeira em familia, só por curiosidade; a segunda fui para ir, segui carros, voltei de noite. Foi divertido. A terceira foi só de passagem, indo para o trabalho após o jogo de volei do Brasil. Hoje fui no cinema - é, na verdade eu faço uma coleção de idas inusitadas à Parada Gay. Já estou arquitetando o que fazer ano que vem.
Bom, mas segue algumas reflexões pessoais sobre isso:

- Por ser um evento grande que atrai milhões de TODOS - sim, todos - tipos de pessoa, em especial, claro, a classe GLBTS, isso "assusta" e ao mesmo tempo atiça a curiosidade de quem nunca foi. Para esses que nunca foram e tem vontade de ir: vão. É divertido, diferente de qualquer coisa que você já tenha ido. Mas tenha em mente que são milhões de pessoas, e que uma hora você vai ter que passar por alguma muvuca.

- Como qualquer grande evento, sempre tem os joselitos. Aqueles que extrapolam a liberdade de expressão e qualquer outro tipo de liberdade. Infelizmente, pela democracia do evento, não tem como evitá-los, e esse é o maior ponto negativo.

- Tenho amigos gays e fico pensando o quanto deve ser chato não poder estar em público com a pessoa que você ama da mesma forma que qualquer outro casal hetero. É preciso ter um dia do Orgulho Gay, ou um bar para gays para agir com normalidade. Só o fato de revelar a homossexualidade hoje em dia é algo que requer coragem, devido a sociedade, o convívio e tudo mais. Por isso sim, eu os admiro e apoio as causas à favor deles.

- Admirável a organização do evento e a ação imediata da prefeitura para a reorganização da cidade. Era 5 da tarde quando passei pelo Trianon, seguindo para o Brigadeiro, quando um batalhão de garis varriam a avenida e um caminhão limpava o chão com jatos d'água. Às 9, quando voltei para casa, a Avenida Paulista estava inteiramente impecável. Pronta para amanhecer segunda no seu velho e bom caos.

- E, para fechar, uma frase de Clarice Lispector na blusa de alguns gays dentro do metrô:

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Adivinha adivinha


Nesta foto, David Beckham está:

(a) Indo para o Fashion Rio
(b) Indo para lugar nenhum, é foto de uma propaganda de moda masculina
(c) Chegando na Africa para a Copa
(d) Copa? Ele é jogador? De FUTEBOL?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Melhor atuação


Preciso escrever um texto sobre a melhor atuação que eu vi ou a que mais me surpreendeu.
Na hora me veio Javier Barden, em "Onde os Fracos não tem vez".
E vocês, qual personagem de cinema mais te marcou, quanto a interpretação?
Comentem :)

Conversando só, ouvindo só.

Eu não converso com loucos, sequelados ou bebâdos, mas gosto de ouvi-los. Sinceramente até tenho vontade de sentar com eles e realmente iniciar uma longa conversa, gravar histórias, fazer um documentário (!), um curta (!!), um longa (!!!), ou um simples post pra blog (.)
Foi o que aconteceu quando entrei num ônibus à caminho do metrô.
Um senhor estava sentado num banco para um, falando sozinho. Pelo menos é o que a gente achava. Fui mais para o fundo e sentei num banco para dois. Mais duas pessoas a frente estavam assim, com um banco vago ao lado, mas ele decidiu levantar, olhar para cada banco e escolher a minha companhia. Aí notei que, na percepção dele, ele realmente não estava falando sozinho em momento algum. Talvez até tenha migrado do banco solitário para dar sentido à seu monólogo. Começou a resmungar e notou meu anel. Um parênteses: tenho um anel razoavelmente (bem) grande, com uma flor de metal. Ele esticou sua mão abaixo da minha visão e mostrou que ele também usava um anel, muito mais modesto que o meu. "Sabe onde fica o Parque São Jorge?", me perguntou. Pensei que queria saber onde era. Neguei com a cabeça, e ele continuou "é logo alí, ó, mais lá pra baixo, viu?". Parecia até pegadinha do Ivo Landa, que pedia orientação mas sabia onde o lugar ficava. "Ali eu sofri um acidente. Bati meu carro. Fui há uns cinco anos - tinha um carro assim, ponta de linha, última geração. Bati no poste meu Fusca e tive um... traumatismo carn... cra-ni-a-no, que eles falam, né?". Não sei qual pergunta me veio a cabeça primeiro: se o carro era de última geração ou era um Fusca, ou se ele tinha ficado assim após a batida. "Tá vendo ali? CELSO GARCIA!", ele disse quando o ônibus parou no farol para atravessar a avenida. Bateu o pé como se tivesse ordenando, e o farol abriu. Como Corina (Whoopi Goldberg), que ensinou a menininha a soprar o farol para ele abrir - olhou para mim e piscou. Um sábio. Me disse que sempre está indo de lá para cá, daqui para lá e consegue uns trocados. Enfiou a mão no bolso e me mostrou duas moedas de cinquenta centavos, e outra de um real. Quando o ônibus estava fazendo baliza, ordenou que o motorista parasse o ônibus. E ele parou. Desceu desajeitado e acelerou os passos. Imortalizou-se aqui.
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