terça-feira, 30 de junho de 2009

#forasarney



Twitters ensandecidos tomaram conta da rede ontem, colocando a tag #forasarney na frente até de Michael Jackson e dos protestos iranianos. Pessoal do CQC, Mion, Vesgo, Marimoon, Felipe Solari, Bruno Gagliasso e outros também aderiram, criando até um perfil "pirata" (@twpiratas). Acho tudo isso valido por dois motivos:

- O povo se mobilizando prova que quer mudança, e a união mostra que, nas palavras de Obama, "yes, we can";

- Leva conhecimento à todos, espalha e para na mídia.

Ok, paramos por aí a parte virtual. E agora, qual o próximo passo? Uma vez que todos mostraram que apoia, quais são agora os atos concretros pra fazer isso acontecer? Acho que todos esses que agitam devem ter consciencia que atos virtuais são só o começo, e não o todo. Os mesmos que agitam deve ter em mente o segundo passo- caminhada nas ruas? Abaixo assinado? Funciona, não funciona? Se alguém checar quais medidas concretas para fazer aquilo que estão empenhados- derrubar o Sarney, no caso- e espalhar isso à todos que apoiam o #forasarney, pode dar certo.

Não acho que os protestos na internet são inuteis. Quando dizem "não se muda o país sentado", não é porque os atos na internet são inúteis, mas sim de apoio- e vejam, mero apoio, para o que virá depois. A internet deve ser usada a favor, e não como um comodo meio de não tomar na cara.

Sei que a situação é extremamente diferente, mas o que acontece no Irã mostra isso. Eles estão usando a internet para mostar ao mundo o que estão passando, sendo o único meio que encontram de liberdade de expressão, quando a brecha para isso é estreitisssima. E nós, que estamos num país com grande liberdade de expressão, por que não sabemos usar isso direito? Temos que esperar uma ditadura de novo pra isso?

Fica aí pra pensar. O protesto nas ruas já tem data, hora e local. Vamos ver no que vai dar, e vamos ver também quem está organizando isso.


#forasarney BELO HORIZONTE, 01/07, quarta-feira, 14h, Pça Liberdade!

#forasarney BRASÍLIA, DF, 01/07, quarta-feira, 19h, em frente ao Congresso Nacional!

#forasarney SÃO PAULO, SP, 01/07, quarta-feira, 19h, MASP!

#forasarney CAMPO GRANDE, MS, 01/07, quarta-feira, 18h, Praça do Rádio!

#forasarney CAMPINAS, SP, 01/07, quarta-feira, 19h, frente a prefeitura!

#forasarney PORTO ALEGRE, RS, 01/07, quarta-feira, 12h30, Praça da Matriz!

#forasarney RIO DE JANEIRO, RJ, 01/07, quarta-feira, 13h, Cinelândia



domingo, 28 de junho de 2009

Quando um ícone morre

"Quando morre, vira santo", alguns dizem. Acho esa reclamação válida e verdadeira, embora não acho que isso se aplique no caso da morte de Michael Jackson.
Alguns vão xingar a respeito das acusações de pedofilia e da mudança drástica do visual dele; outros vão falar que ele doou milhões à instituições e sempre foi gente boa. Acho que nem o lado bom nem o ruim vem em questão.
Acho que vem em questão o fato do MUNDO- sim, todos continentes- conhecerem e dançarem ao som do cara. Negros e brancos, crianças e adultos, homens e mulheres. Ele criou um visual úncio e próprio, sendo reconhecido e imitado por ele- as luvas brancas, o cabelo cacheado preso, jaqueta preta bordada, calça colada, sapatos lustrados. Ele criou o Moonwalking. Existem as pessoas que conhecem o Moonwalking pelo nome, e as que o dançam sem sabe o nome- ou melhor, só sabendo o nome de quem criou. Gravou o álbum mais vendido no mundo, com músicas que até hoje ilustram pistas de dança, programas de TV e diversas outras trilhas sonoras.
Ele simplesmente TRAVOU o Google, o Twitter e vários sites. Fez com que os estoques de anos das lojas no mundo todo esgotassem em poucos dias.
Acho que essas coisas são incontestáveis- e pode apostar que poucos conseguem isso.
Não estou partindo em defesa porque o cara morreu- confesso que a morte dele, em si, não me abalou. O que me abala mesmo é saber que ídolos, estrelas de verdade, cujo talento não é criado num programa de TV, estão morrendo. E que estamos ficando com idolos instantâneos, fabricados, de plástico. Uma pena.

Analises: Google e Bing

Testei um pouco o novo navegador da Microsoft, o Bing (Chandler! hahahah) e nçao gostei. Não é a questão visual, mesmo que isso pese também, mas são os resultados de busca. Achei mais fraco.
Em compensação, não sei se o meu PC lento contribui pra isso, mas não curti o Google Chrome. Ok, é um navegador super leve e enxuto nas ferramentas, mas cada vez que eu abro um site ele congela, e só depois de um tempo eu consigo mexer na página. Vou formatar meu PC e reinstalar o navegador, mas continuo fã incondicional do Mozilla.

sábado, 27 de junho de 2009

André Rangel... é dom?

André Rangel está em cartaz com a peça "André Rangel é DOM". Uma das apresentações teve ingressos distribuidos gratuitamente, e foi nessa que eu fui.
Bom, o André é sim o bom ator. É notável. Mas quando entregam uma peça solo nas mãos dele, o "bom ator" é a última coisa que se enxerga.
Para começo de conversa, qual é o intuito do teatro? Ver o ator em ação, ao vivo e a cores, sem cortes. A peça começa com um video longo e cansativo do próprio André e seu dia-a-dia, seguido por imagens de luz e brasa que te fazem querer levantar sem mesmo ter começado a peça. André "segue" o espetáculo explicando sobre dom e aquelas filosofias da vida. E aí, meia hora depois, as pessoas começam rir. Boas piadas? Não, palavrões. Se você se mata de rir só de uma pessoa verbalizar todos palavrões e palavras de baixo calão, você iria se deliciar. E veja só, não é uma critica minha à palavrões, mas sim a palavrões mal empregados. Eles não estavam dentro de nenhum assunto engraçado ou inteligente. E quando o que ele contava era piada, era algo manjado.
Entre os textos, mais videos da carreira dele. Video? Cadê a peça? Ah, sim, ele volta à peça para falar sobre os personagens dele, o porquê de seu talento e segue de novo com mais um video retrospectiva de sua carreira. E no final, que tal fotos da familia dele?
Acho que uma peça é construida para o público, e não somente para o próprio ator/autor, estou errada?
Ele iniciou a peça avisando que não se tratava de comédia stand-up. E realmente não é uma comédia stand-up- é um besteirol narcisista. Mas tem público, claro. Aquele público que dá audiência para o Zorra Total.
Lamentável. Espero que ele siga bem com a carreira dele na TV, entre bicos aqui e ali, pois ele é um bom ator- mas no teatro somente tira a vaga de espetáculos de verdade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Colchão de concreto

A cama parece um pouco mais confortável devido ao jornal que separa o corpo do asfalto. Era uma bela manhã ensolarada. Ele levantou, olhou para o céu com os olhos semicerrados devido ao forte sol que avisava que a hora de acordar já passara. Espreguiçou-se longamente e quis saber se seus olhos estavam inchados- foi até o prédio espelhado, logo ao lado da sua cama, e observou atentamente a própria face, passando a mão nos vincos da pele. As pessoas dentro do prédio as vezes cruzavam olhares com ele através do vidro, mas ele não se importava.
Retornando ao lugar onde dormia, sua companheira abriu um sorriso para o sol acima da sua cabeça. Entrou debaixo de sua coberta, que lembrava bastante um papel reciclado, e trocou a roupa que usara para dormir por um top e mini short. Podia ser um reality show, mas nenhuma câmera, além dos próprios olhos dos curiosos, registravam tudo aquilo. A moça começou uma discusão com uma terceira, e foi necessário separá-las.
Ele não ligou- abriu sua mochila, retirou um MP3 player e ouviu uma música que, aparentemente, o fazia viver como se não houvesse amanhã.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Tensões de uma pré-banca

Quando falam que TCC é coisa do demo, não estão exagerando- ainda mais quando você tem professores extremamente competentes e rigoroso.
A nossa agência Appeal foi sorteada para apresentar no penúltimo dia, e na semana que antecedeu essa apresentação, ouvimos todas as barbaridades que cercam uma pré-banca.
As frases mais ouvidas foram:

"Você gosta do Claudio? Então você é masoquista!"
"Nossa, eles detonaram".
"Meu, quebrou a perna de todo mundo".

Não sei quem chorou, não sei quem perdeu um braço, outro foi pra UTI e alguém morreu antes mesmo de entrar na sala. Assustados? Imagina. Só de pensar que nosso planejamento de midia foi feito as escuras, já que todas aulas que teriamos orientações, estavamos terminando outros trabalhos. E de pensar que alguns professores tem um senso critico aguçadissimo.
Enfim, depois de tudo isso, o grande dia chegou- e surpreendeu. Toda tensão passou- ou só começou, visto que é só pré-banca?- e agora já posso fazer minhas promessas de férias:

- Formatar o computador;
- Ir mais ao cinema/teatro;
- Assitir muito Friends e terminar How I Met Your Mother;
- Dormir mais;
- Ir no Hopi Hari;
- Saltar de para-quedas/asa delta.
- Voltar o happy hour no O'malleys

Metas cumpriveis, não? Talvez

quinta-feira, 18 de junho de 2009

#iranelection



Então minha mãe me falou esses dias que a "internet tem seu lado bom". Ela disse que assistiu uma matéria sobre um rapaz e uma moça que se conheceram pela internet e se casaram esses dias. Compraram uma casa, fizeram uma festa de casamento e tudo mais- provavelmente isso foi noticiado em um desses programas legais que temos toda tarde na TV aberta.
Com uma frequência bem maior, a internet está mais para pedofilia, pornografia e crimes, assim como água está para dengue. Assim como qualquer meio de comunicação, a internet tem suas falhas; mas como nenhum outro meio, ela é a mais interativa e abrangente do que qualquer outra. Ela é o boom. Resta às pessoas- aquelas que fazem a internet funcionar e sobreviver - se ela será uma ferramenta útil ou um verdadeiro vaso sanitário.
Mesmo rendidos de modo dependente à internet, acredito que boa parte das pessoas já não a achem tão fascinante quanto ela realmente é. Foi essa internet que suportou a campanha eleitoral avassaladora de Barack Obama. É essa internet que faz a TV Al Jazeera ter uma massante audiência americana. A internet movimenta milhões em dinheiro e pessoas. Que quebra barreiras e fornece espaço para tudo, independete de opinião, sexo, raça, crenças ou qualquer coisa que, em outros lugares, não teria o mesmo tratamento. Mais uma vez, a internet se supera- e, do outro lado do mundo, alguém começa uma revolução por ela.




Também sou de Teerã

Quando o assunto é poitica- e deixo claro aqui que pouco entendo, me interesso ou mesmo com muito esforço consigo ler a respeito- sabe-se que nunca há plena satisfação. No Brasil, pela corrupção. No Irã, o assunto é mais grave. Mexe com a liberdade de expressão e a liberdade de ir e vir. O livre arbitrio que a gente aprendeu que Deus garantiu aos humanos.
São jovens proibidos de fazer festas, dançar na rua e as mulheres não podem estar fora de casa após as 21 horas- sendo que 70% da população é composta por jovens menores de 30 anos. E vejam só: o Irã é o terceiro país com o maior número de blogueiros. Então, como acontece de um presidente ultraconservador ser reeleito num país desse?
A revolta começou quando Mahmoud Ahmadinejad ganhou as eleições com mais de 60% dos votos. Detalhe: com uma contagem de votos que duraria mais de 24 horas, ao contrário do que aconteceu. E os detalhes não param aí: com quatro candidatos, o número do atual presidente era 44, e do seu oponente, Moussavi, era 4. Colocar um número na frente do voto para Moussavi elegeria facilmente aquele que o povo luta contra. Mas claro- esse são apenas pequenos indicios entre muitos outros da notória fraude. Alguém disse que haverá recontagem de votos- após esses detalhes, será que isso realmente seria válido?
O povo foi às ruas protestar, levantando faixas de protesto com os dizeres: "Ahmadinejad is NOT my PRESIDENT". Os iranianos se mobilizaram pelo Twitter, Facebook e Flickr, enviando fotos e videos feitos por seus celulares, reunindo milhares (1 milhão, segundo o britânico Guradian) de pessoas nas ruas de Teerã. Resultado: alojamentos de universitários foram invadidos, milhares de pessoas foram presas e espancadas nas ruas, com sete mortes divulgadas oficialmente. Os jornalistas foram proibidos de sairem de suas redações e fazerem qualquer foto ou relato do que está ocorrendo. Diante tanta repressão, o governo não consegue conter as fotos, videos e relatos que, mesmo aos poucos e numa frestra tão estreita, vazam para o mundo.
No Twitter, eles ganharam o topo da coluna das palavras mais postadas, com a tag #iranelection. Pessoas do mundo acompanharam o alarde feito pelos jovens iranianos e também utilizaram a tag para espalhar ainda mais o protesto. São mais de 150 twittadas com tag por minuto. O governo tentou filtrar, proibir e diminuir a banda larga e até a transmissão de mensagens SMS, mas através de proxy e outras brechas, os manifestantes continuam fazendo barulho.
Uma onde verde se alastrou pelo mundo. Os jogadores do Irã entraram com uma tira verde amarrada no braço. Os usuarios do Twitter deixaram suas fotos verdes e mudam sua nacionalidade, no mesmo sinal. Os iranianos querem mudar- e o mundo está com eles.




Um conto iraniano

Falta pouco para saber quem é o novo presidente. Nas ruas, o jovens festejam aquilo que pode ser a reforma dos padrões em que vivem. Sonham com a liberdade, em diversos sentidos. A policia está chegando- lutar, escapar e voltar. Dançar como se ninguém estivesse olhando. "Não se esqueça de tirar minha foto na rua". Por que? "Por é a primeira vez nos meus 34 anos de vida que dançei na rua".

Completo aqui, por Carlos Cazalis:
http://www.picturapixel.com/?p=8636

Fotos: .faramarz via FLICKR / AFP/

domingo, 14 de junho de 2009

Enquete do sec. 21

A maioria das pessoas da minha epoca faziam enquetes na escola- aqueles caderninhos com perguntas onde cada pessoa que respondia correspondia a um numero. Aquela enquete que denegria uns, faziam alguns mentir e espalhava tambem muita fofoca pela escola. Ou tambem era motivo para descobrir misterios ou puxar assunto.
Nao sei se na nova geracao isso ainda existe- mas como o mundo virtual esta mais dominante, vou escolher algumas pessoas para entrevistar e postar aqui no blog. Nao ha mais tempo, papel enm espaco para folhas de papel. E recordar tambem e viver.

obs.: teclado desconfigurado e o cao. Ou caos. Hunf!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados: reflexões



Dia dos namorados me leva a inumeras reflexões, que renderia um texto gigantesco. Será que é isso mesmo que eu quero, às duas da manhã?
Ok, vamos ver até onde vai minha lista de reflexões.

- Quando não se tem um namorado- eu!- vem primeiro os pensamentos positivos. Um deles é achar que dia 12 é uma das maiores datas comerciais que existem, junto com Natal, dia das mães e tudo mais. Por outro lado, se eu fosse, de fato, uma pessoa com namorado, poderia mata-lo por não me dar nada no tal "dia comercial". Outro fator positivo é monetário: estou menos pobre por não ter gastado meu dinheiro e menos estressada por não ter ficado horas procurando presente nos shoppings lotados. Mas o quanto menos pobre monetariamente, mais pobre afetivamente. Aí vai da pessoa preferir seu rico dinheirinho ou uma boa companhia (me referindo aquela que não se compra). Opa, mais uma vantagem: posso sair a hora que eu quiser, com quem eu quiser. Por outro lado, nada de telefonemas, preocupação ou sentimentos. Aí, também, vai da pessoa.

- Aí refletindo sobre os casais que andam aí afora, você pensa na porcentagem de gente enganada. Que vai receber presente pensando que é o único- e o outro, que vai gastar duas ou mais vezes para sustentar as mentiras. Pensa nos caras bozinhos que estão com mocinhas que não valem a calcinha que vestem. E nas meninas idiotas com caras escrotos. E nos que namoram pensando que amanhã será o Apocalipse- no estilo Marcelo Camelo e Malu Magalhães. E nos que ainda não tiveram coragem de terminar. E nos que vão terminar logo para não gastar com o presente. Ah, claro, sem contar os que dão o presente e terminam- essa história eu ouvi há um ano atrás.

- Ah, mas vamos pensar nos pombinhos. Aliás, expressão grotesca essa. "Pombinhos".... pfff! Nas mulheres que acharam os caras que não eram casados nem gays. Nos rapazes que encontraram mocinhas que os amam de verdade. À esses, um excelente dia dos namorados.

E para fechar o post como uma solteira deve fechar, uma frase nova que aprendi com mais uma outra solteira que inveja os compromissados:

"Se o dia é dos namorados, a noite é dos solteiros"
Beijosmechamemprasair

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pequenas notas

- O filme tinha tudo pra ser bom: trilha, trailer, ator, roteiro... mas acaba cagando. Foi o caso de Ensinando a Viver. Só eu achei esse filme uma lástima? (escutem Whole of the Moon, Waterboys- é linda!)

- Terminator 4. Tinha tudo para ser ruim, mas Christian Bale é John Connor. Será que vale? Fica aí a aposta. Danilo Gentili achou uma bosta- mas ok, pra quem achou Benjamin Button ruim, a opinião dele- em cinema- pra mim é quase nula.

- Uma fração de felicidade é descobrir o nome de uma música que você gosta mas nunca lembrou/conseguiu buscar na internet. E foi no Toca aí da MTV. A música é Come on Eileen, do Dexys Midnight Runners.

- Quero muito começar a 4a temporada de How I Met Your Mother. É uma pena não ter nenhum box lançado no Brasil.

- Sairam fotos, trailers e novas noticias sobre The Imaginarium of Doctor Parnassus, último filme do Heath Ledger. Tem todo um rolo porque não tem distribuidora para os cinemas de vários países porque não se trata de um filme para massas. Parece que nos EUA estréia em Setembro. Aguardamos aqui, então.

- Freddie Prinze Jr é o novo diretor da CTU? WHAT THE HELL??

Aparecida

Não me canso de pensar quantas coisas mudam quando você cresce. Aparecida do Norte é uma delas.
Minha mãe, como uma ótima católica, sempre nos levou para a cidade com aquela basílica gigante, com aquela salão de promessas que me assustava, e aquela passarela infinita. Uma coisa que me marcou bastante foi um haburger acebolado que eu comi em Aparecida aquela época. Também aqueles refrigerantes em garrafas de vidro de 600ml, e que na vez que comemos num dos restaurantes, passava "Piranhas" na TV. Lembranças.
A cada visita, coisas diferentes me marcaram. Da penúltima vez que eu fui, tinha um monumento em madeira com uma cachoreira, que rendeu algumas fotos. O shopping, que era simples, agora havia se multiplicado, além da praça de alimentação e a própria basílica, que estava em reforma com novos pisos espelhados, muito caros por sinal. As paredes também estão em reforma- e só uma observação: eu adoro afrescos nas igrejas. Acho que traz uma bagagem histórica gigante dos anos pelos quais ela passou. Talvez por isso (também) eu não gosto tanto da basílica quanto eu poderia gostar.
Enfim, hoje voltei à Aparecida. Se as coisas quando você era criança eram mais legais, era pelo deslumbre da primeira vez. Cada metro quadrado próximo à basílica esta tomado por todo e qualquer tipo de comércio. Passando pelas mulheres que se queimam ao sol vendendo terços, e os carrinhos com o sorvete de Itu, você ainda encontra um parque para crianças, um bingo, barraca de doces e salgados e, a caminho da rodoviária, um corredor infinito de barracas formando uma feira. Cara, a feira. Que medo da feira. Tinha até blusa do Corinthians com o Wolverine Jackman nas costas.
Mas o que realmente me dá raiva na cidade é o monopólio nos restaurantes. E isso eu notei há uns anos atrás, quando inventamos de almoçar em algum lugar fora do shopping. Todos restaurantes servem a mesma comida. O engraçado é que andamos ruas e ruas, depois daquela passarela gigante; encontramos restaurantes feios, bonitos, arejados, apertados, coberto, ao ar livre, não interessa. A comida é a mesma. É assustador. Mas quando eu pensei que ao menos o shopping tinha "vida própria", me enganei. Além da maioria não aceitar cartão, todos tinham a mesma comida, as vezes com preços diferentes. Exceto pelos salgados. E no meio de tudo isso- rá!- um Mc Donnald's. Não me aventurei- afinal, a fila era tão grande que dava tempo de atravessar a passarela gigante ou a feira (medo!) infinita no mesmo tempo.
Surpreendente, também, foi quando o onibus saiu da rodoviaria com destino a São Paulo. Só a alguns metros da basílica você encontra uma pacata cidade pequena, com comércio normal, casas, hoteis, pessoas andando calmamente na rua ou na bicicleta e- ops!- até um restaurante oriental. Dá até para respirar. Seja qual for o motivo- e prefiro não entrar diretamente no assunto-que proporcione tamanho caos, acaba de certa forma me afastando do lugar, já que o lugar em si já se afastou do seu principal propósito.
I'm out.


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Para refletir

“Um avião só pode cair se não houver nenhum justo dentro dele” (R.R. Soares, no Show da Fé de 18 de outubro de 2006).

Logo, não pegue voo com esse cidadão. Sem mesmo decolar, o avião faria o favor de explodir sozinho.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Quanto mais, menos.

A ignorância é uma benção- e adicionando, não tão tarde, uma virgula e o famoso "ou não".
Lamentava com uma amiga há pouco tempo que teremos, provavelmente, um show do No Doubt no final do ano. Mais aí vem Depeche, Bon Jovi, U2 e vai saber o que mais. Queria nem conhecer esses caras. Queria não curtir rock, especialmente internacional. Seria bem legal e cômodo curtir um Mauricio Manieri, que já tive a graça de ir em dois ou três shows. Também seria legal ser fã incondicional dos Engenheiros do Hawaii, depois de tarde com Humberto Gessinger há alguns anos, mas não. Tenho que gostar de cantores mortos e querer ir nos shows mais disputados e caros do Brasil. A ignorância poderia ser uma benção, monetariamente falando.
Por outro lado, eu apagaria dias que a música dessas bandas- as dificeis- me levantaram o humor, fizeram me emocionar, por alguns minutos ou eternas horas. Triste é uma pessoa que nunca se emocionou com algo assim, tão pequeno e complexo ao mesmo tempo. E, sem falar em sentimentos individuais, os amigos que conheci por causa de gosto em comum são indiscritiveis. Imensuráveis. Talvez eu também fizesse amigos gostando de coisas mais faceis, mas também "talvez" eles não fossem tão especiais assim.
E as amizades? Quanto mais se tem, maior o risco de perde-las no meio do caminho. Ou de se surpreender, para o bem ou para o mal. É estranha a sensação de descobrir, só depois de anos, que um amigo morreu. Mas quando se olha para trás e vê os momentos que foram feitos com ele, você nota que, no final das contas, valeu a pena.
Meu pai não quer mais cachorros. Na verdade ele sempre odiou animais, até se casar, ter uma familia e chegar a um ponto de dividir sua casa com 15 cachorros. Até o ponto de se apegar de tal forma, que uma das poucas vezes que ouviu seu próprio soluço entre lágrimas foi quando um deles partiu. Ele não acha que vale a pena passar por tudo isso de novo.
É o risco. O risco de ter e perder. A grande quantia, que quando é apostada, pode valer muito, ou ser a perda total. É como um remédio ruim, que traz o alivio depois- só que ao contrário.
Ao gostar de muitas coisas, você corre o risco de não ter todas elas. Ou degustar imensamente do pouco que tem.
Ao ter muitos amigos, você corre o risco de perdê-los. Ou de passar momentos tão bons que provavelmente você não consiguirá descrever precisamente depois.
Ao saber muito, você corre o risco de se frustrar. Ou simplesmente de querer saber cada vez mais.
Não querer saber é limitar. Ir além é enxergar o infinito.

segunda-feira, 1 de junho de 2009


Primeiro, um comentário do Danilo Gentili:


"Foi sempre a maioria a grande responsável pelas desgraças. A maioria quis queimar a minoria que falava que a terra era redonda. A maioria gritou "crucifica" pra Jesus. A maioria, há décadas, dá audiência pra novela das oito. Alguma vez a maioria já fez alguma coisa digna?

Foi sempre a maioria a grande responsável pelas desgraças. A maioria quis queimar a minoria que falava que a terra era redonda. A maioria gritou "crucifica" pra Jesus. A maioria, há décadas, dá audiência pra novela das oito. Alguma vez a maioria já fez alguma coisa digna?"

Depois, uma noticia do Terra:

'Crepúsculo' leva cinco Pipocas Douradas no MTV Movie Awards 2009


Como já era esperado, a saga de vampiros mais popular entre os adolescentes foi a grande vitoriosa da noite e levou cinco prêmios: Crepúsculo venceu disputa de Melhor Filme, Melhor Atriz para Kristen Stewart, Melhor Ator Revelação para Robert Pattinson, Melhor Beijo para este casal e Melhor Luta para Robert Pattinson contra Cam Gigandet.

Lembrando que é o grande público que escolhe quem ganha o Movie Awards.

"Eat us!"

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