sábado, 29 de maio de 2010

Vinheta MTV

Num papo sobre Oasis, me lembrei de uma vinheta antiga da MTV pela qual eu e minha irmã eramos apaixonadas. Era bem simples: uma sacola, um movimento, uma trilha sonora. A sacola no canto da calçada, bem sensual (!), tinha a trilha de Marina Lima, "Garota de Ipanema". Quando a sacola se mexia agitadamente no vento, era um rock pesado, que não me lembro a banda. Ela dançava "Volare" e cantava Louis Amstrong. E para se despedir, saia voando para o além da tela ao som de "Don't Look Back in Anger" do Oasis.
Infelizmente essa vinheta não tem no Youtube, mas vou procurar em uma das minhas cento-e-cacetadas fitas pra ver se eu acho e compartilho. Acho que tem mais gente da época que ainda é embriagado, aqui ou ali, por essa nostalgia MTV da década de 90.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

God forgives, Jack Bauer doesn't


Acho que das 8, a melhor temporada em últimos episódios.
De tirar o fôlego.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

24 coisas que aprendi com Jack Bauer

1. Quando quiser matar alguém, sempre dê dois tiros para ter certeza que a pessoa morreu.
2. Quando não quiser ser encontrado, quebre seu celular e jogue fora. "Eles" podem te rastrear.
3. Se você quer saber alguma verdade/segredo, descubra se a pessoa tem familiares e os ameace.
4. Se tiver uma toalha e uma garrafinha de água, você pode torturar alguém.
5. Se tiver uma caneta BIC você também pode torturar alguém.
6. Se você tiver algum segredo, diga que pode contar, mas que quer imunidade total assinada pelo Presidente.
7. Não deixe qualquer um apertar a sua mão, essa pessoa pode te envenenar com esse ato.
8. Se você estiver com pés e mãos atadas, você ainda tem uma cabeça: para dar cabeçada ou para morder o inimigo. Foco no pescoço para morte, ou orelha para deixar lembrança.
9. Se um ataque terrorista acontece, certamente é porque ninguém informou isso à Jack Bauer.
10. Um dia não dura exatamente 24 horas - isso é relativo.
11. Um tiro é só um tiro, e dois tiros são só dois tiros. Levante-te e anda!
12. Não há morto que não ressucite com uma injeção de adrenalina.
13. Injeções letais nem sempre são letais.
14. Americanos podem tocar o terror nos EUA por amor à pátria.
15. Não interessa em quem você votar, seja o país que for, nenhum presindente será comparável à David Palmer.
16. Não deixe nenhum inimigo vivo - ele sempre dá meia volta e tenta te ferrar até te ver morto.
17. Não adianta dar a sua vida pelo país - na menor oportunidade de pedirem sua cabeça em troca de alguma coisa, eles o farão.
18. Não case, namore, flerte ou tenha pensamentos sobre Jack Bauer. 99% de chances de você morrer mais cedo do que imagina.
19. Agentes de campo não fazem sexo, ou fazem num espaço de 3 ou 4 anos - péssima escolha de profissão.
20. Há sempre alguém infiltrado na Casa Branca e na CTU. Ou seja, estamos sempre lascados.
21. Em qualquer outro filme de ação é inevitável pensar "mas se o Jack estivesse aí..."
22. Em qualquer outro filme de ação você vai se perguntar porque a pessoa ainda não torturou o vilão para ele entregar a verdade.
23. Alie-se aos inimigos. Desconfie dos amigos.
24. Um ser humano pode levar uma vida normal após uma parada cardiaca, uso intensivo de drogas, torturas, tiros, facadas, chicotadas e exposição a material radioativo.

E quando...

... você escreve 10 mil coisas, apaga e não publica nenhuma?
Mania horrível. Acho que fiz isso, no mínimo, umas 10 vezes na última 1 hora.
Via Twitter e via blog.
Tudo isso porque eu estou duelando com um sono pesado - o mesmo que me fez dormir ontem antes de assistir o final de 24 Horas, veja só que grave. É a mesma coisa de quando estamos com fome mas não queremos comer nada. E aí se come por obrigação. E aí, eu durmo por obrigação. Ou por medo da consequência: trabalhar com sono, não conseguir fazer nada antes de sair de casa, ou até dormir na oficina.
Meu sono é tão bravo, minha criatividade é tão nula, e minhas idéias são tão vagas que, na falta de opção, acabei escrevendo sobre isso, e não apaguei.

Por que a gente é assim?
Por que, hein, Cazuza?

sábado, 22 de maio de 2010

Manias, Jack Bauer e despedidas

"Vai vai vai, arregaça ela! ARREGAÇA ELA! Isso!"
"Tooooooma, fidumapuuuuuu.. noooooosssa, nooouusss!"
"Atira, atira! Vai, seu BUURROOO! GAAAAHH!"

Não é jogo de futebol. Não é minha mãe vendo novela. Sou eu assistindo 24 Horas.

Eu tenho alguns TOCs em relação à filmes e seriados - alguns extremamente sérios, preocupantes.
Começando pela sala de cinema. Quando estou sentada mais para o meio da sala, eu gosto de virar e ver o rosto das pessoas e suas expressões quando estão assistindo o filme. Lembrou de Amelie Poulain? Agora imagina quando eu assiti Amelie Poulain e vi que eu não era tão doida assim? Ah, sim, aquela história de "a vida imita a arte"... primeiro porque, com absurda frequência (digno de TOC), eu comparo situações da minha vida com alguma cena de um filme. Ou com algum episódio de seriado (quase sempre de Friends). E porque eu vejo personagens, em todas as partes. Mais pelo fisico do que pelo psicológico.
Odeio quando estou com alguém vendo um filme que eu gosto e a pessoa olha para o lado, lixa a unha, levanta para fazer alguma coisa - mesmo que muito rápido - e não pede para pausar. Pior! Se eu pauso a pessoa soltar um "deixa passando". COMO ASSIM "deixa passando"? E assim como eu gosto de ver o rosto das pessoas na sala de cinema, eu presto atenção, mesmo que de soslaio, se a pessoa está prestando atenção no filme. Ou melhor, naquela cena primordial, o clímax, aquela frase, aquela cena única. Ah, e spoiler. Contar o final, contar um detalhe, contar... não conte. Você corre sério risco de vida. Da mesma forma, eu não conto final de nada para ninguém, a não ser que a pessoa me implore.
Sim, eu sei, sou doente. Assumo, e não busco cura.
Além de tudo isso, há um ritual: o ritual do fim de seriado. Quando eu estava com a sexta temporada de "Sex and the City" em mãos, assisti com todo cuidado. No último episódio fiz questão de estar sozinha na minha sala, e certa de que não seria interrompida por nada. E no último volume, assisti desde o começo, sem pular o "HBO" e a TV chiando. Sem pular a Carrie olhando para o lado e logo a vinheta ousada, sexy, dançante tomar conta. Eu estava me despedindo. Seria os últimos minutos inéditos aos meus olhos. Seria um adeus. Fiz isso com Friends também. Doeu no coração. Mas Friends, como poucos ou quase nenhum seriado, depois de você completar todas temporadas, pode assistir aleatoriamente e repetidamente sem se cansar. E rir das mesmas piadas.
Enfim...
Eis que é hora de dizer adeus para Jack Bauer. Nos três últimos episódios de 24 Horas eu tive ataques epilépticos. A oitava temporada começou mediana e está terminando magnificamente explosiva, venenosa, sangrente... terminando extremamente Jack Bauer. E, dude, seu nome pode estar na lista do FBI, CTU,CIA, SWOT, CSI, PCC, BOPE ou do raio que for - só não esteja na lista de Jack Bauer. Ou tome seu Imosec já.
E haja Imozec para os dois úiltimos episodios, meu povo! "It's the end of an era", diz o video promo. Eu sei. Já preparei meu DVD virgem para passa-los majestosamente na TV.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Todo mundo vs Eu

Todo mundo acha o Marco Luque engraçado/fofo, eu não acho nem um pouco de nada.
Todo mundo acha a Lindsey Lohan bonita, seja a época que for, eu acho ela um tribufu.
Todo mundo acham o Cauã Reymond sexy/bonito, eu acho ele horrivel. Principalmente a boca.
Todo mundo vê graça em Lost, eu assiti e não vejo nenhuma.
Todo mundo acha emocionante "Um Amor Para Recordar", eu acho um cocô mole.

(e a lista continua...)

A menina que nunca namorou

"Na cabeça barbada, vencer a concorrência com uns 4 bilhões de homens que querem comer a sua namorada é um mistério que supera tudo. O sujeito que encontrar essa resposta será capaz de descobrir onde Judas perdeu as botinas."
Hahahahahaha
Fonte: Blog Fale com Ele.

The are other ways to score
E eu quero muito que a próxima sexta chegue!

domingo, 16 de maio de 2010

Comer, rezar amar

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" - Chico Xavier.

Entrei na Livraria Cultura há pouco tempo e fiquei paquerando aqueles livros pequenos importados de obras famosas. Para desatrofiar um pouco meu inglês, levei "Eat, Pray, Love" (Comer, Rezar, Amar - R$15 para os interessados).
Mulher adora ler história de outras mulheres, dos desastres aos êxitos, porque aqui ou ali há uma identificação, um dejavù ou uma bússola. "Comer, rezar, amar" é basicamente isso. Não chega a ser um livro de auto-ajuda, mas um pouco de reflexão. Ainda estou no primeiro capitulo, quando Liz explica o divórcio do marido, o encontro de um novo amor fulminante - mas com pouca chance de dar certo -, a depressão que passou e os deleites que resolve ter no país dos seus sonhos, a Itália.
A identificação começa quando Liz decide por um fim no casamento que já não suportava mais. Acho engraçado quando ela diz que tentava engravidar, formar uma família, mas cada vez que o teste dava negativo ela agradecia "um mês a mais de vida". Depois ela explica o quanto tinha vontade de aprender italiano, mesmo que aquilo não se aplicasse a nada na sua vida (para crescimento profissional, assim por dizer). Não, eu não passei por nada exatamente assim, mas pensando no conceito você se pega pensando sobre certas coisas que, perante a sociedade, ou principalmente a família, tem valores absolutos mas nem sempre trazem satisfação própria. Então toda mulher tem que casar? E o casamento, é para sempre? Depois, é obrigado ter filhos, formar uma família? Todas as coisas da sua vida devem ser feitas sempre com um propósito maior, ambicioso, mesmo que isso te desgaste? No final, se você errar, não pode recomeçar?
Muitas vezes somos obrigados a abrir mão de muitas coisas que adorariamos, que traria satisfação própria, mas nem sempre essa satisfação deve ser deixada de lado. Deve haver um equilíbrio. Obviamente algumas pessoas tem mais chances do que as outras de literalmente fazer só aquilo que gosta - é só ver a própria história da Liz, que passa meses na Itália satisfazendo aquilo que te dá prazer sem grande moralismo. Não é para muitos, lógico. Mas acho que não precisamos ir tão longe, levar ao pé da letra. Até porque acredito piamente na felicidade em pequenas coisas. E acho que todo mundo merece isso. Veja o que você quer, analise as possibilidades, corra atrás. Me sinto nessa fase agora. E acho que a minha Itália está bem, bem próxima.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Drops

Porque tem coisas que não valem uma tuitada, nem um post inteiro.

- G1: Luan Santana faz cover do/da Justin Bieber no seu show >>> tributo a mim, é isso? Como pode unir duas pragas numa linha só? Não quero entrar nos méritos de nenhum dos dois porque não faço a mínima questão de ouvir a música deles MAIS do que eu já escuto, ou de ler/ouvir sobre ele mais do que já sou obrigada. Todos os dias é Bieber no TT do Twitter e Luan Santana a noite nas propagandas infelizes da Som Livre. Sorry fãs bitoladas, sorry periferia - não desce.

- Esmalte Fosco Risque, eu QUE-RO! Vou olhar na Sumirê se já tem, gostei da cor Pedra Granada. Por falar nisso, encontrei um post do blog Moda Lá em Casa que fala a respeito dele e do batom Intense do Boticário. Esse batom eu conheci no dia da minha festa de formatura e AMEI! Tanto que roubei da minha irmã - várias desculpas para não devolve-lo. Ele é vermelhão, fica lindo, mas quem não consegue usa-lo ou quer uma coisa mais casual, eu recomendo que passe um gloss (eu tenho um roll-on da Avon, de menta), depois passa ele por cima. Fica lindo e suave!

- Tem um site chamado Portal Oceania que tem váááarias informações úteis sobre a Austrália, Nova Zelândia e vizinhos. E o que me chamou atenção foi justamente o vizinho. Niue é uma ilha que pertence à NZ que tem 1500 habitantes, e só sai um avião por semana pra lá. Agua cristalina, sem doenças tropicais, povo hospitaleiro, um verdadeiro paraiso. Mui louco. Vai pra minha wishlist.

- Assisti "O Leitor" ontem e adorei! Alguns criticos deram como ponto negativo a velha historia do holocausto, por ser sempre explorada até a última gota pelos filmes. Sim, isso é fato - mas rende histórias que sempre impressionam de alguma forma, tamanho choque que essa época ainda causa até hoje. Achei que o menino atuou tão bem quanto a Kate Winslet.

- E o frio já chegou. Não sei por quanto tempo, mas com certeza nesse final de semana ele fica. Lembro muito bem que ano passado a Virada Cultural foi fria. E, devido à algumas particularidades - e aí sim renderia um post inteiro - eu não curto o frio. Então logo tenho mais certeza que ter escolhido a Austrália foi uma decisão mais do que certa.

- E por falar em Virada Cultural, esse ano vai ser bom. Primeiro porque tem vários amigos que vão, depois porque é niver da @fe_nicholson e também porque tem muita coisa legal. Começa às 19h com a banda Heroes (cover do Bowie) e na sequência Miranda Kassin (Amy Winehouse). No meio da Virada vai rolar O'malleys e depois Sidney Magal 1h. E ainda tem uma certa pessoa que quer que eu vá com ela no Brothers of Brazil às 7h. Haja pique! Será uma noite irish brega, no mínimo.

- E por último e não menos importante, já que não tinha citado aqui, serei tia! E pode apostar que de antemão comprarei todos presentes que gostaria de dar se fosse meu próprio filho, até porque isso vai demorar (muito). ÊÊÊÊÊÊ! \o/

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pato, Ganso...

E o Dunga não chamou o Pato nem o Ganso.
Piada pronta?
Não. Seleção brasileira de futebol. Ou seja, é piada pronta sim. O Brasil além de ter a "sorte" de só contar com jogadores bonitos no vôlei (nem Formula 1 salva), também conta com nomes legais. Sem contar o Grafitti, indignação geral da nação por ter sido convocado. Porra, Dunga! Convocasse o Neymar e o Ganso, poxa!
Quem é Neymar? Sei lá!
Ganso? Ahn?
Não assisto mais a seleção há um tempo. Sou da época que achava o Leonardo gato. Hoje acham o Kaka, mas eu não consigo. É, o futebol me move se os jogadores são bonitos, e não pelo falso patriotismo, pela paixão pelo futebol ou algo do tipo. Mas tudo bem, já que não tem jogador legal, que tal celebrar os dias que iremos para o bar ou arrumaremos desculpa para sair do trabalho correndo?
Não tem jogador bonito mas tem festa. Não vou fingir outro pretexto.
Agora vai ser triste se o Brasil perder e a festa acabar cedo. Por isso eu queria muito o Neymar e o Ganso.
Porra, Dunga!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Diálogos - Alice no País das Maravilhas


Gato: Se você quer saber, ele foi... por ali.
Alice: Ele quem?
Gato: O Coelho Branco.
Alice: Foi?
Gato: Foi o que?
Alice: Foi por ali!
Gato: Quem foi?
Alice: O Coelho Branco!
Gato: Que Coelho?
Alice: Mas não me disse que... ah, que coisa!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quartas


As ruas perto de casa estavam como aquela sensação auditiva de ver uma montanha-russa dando uma volta cheia de gente num parque. Num segundo, tudo silêncio - aí vem aquela maré de gritos e, subtamente, silêncio de novo. Tudo bem, essa parte da maré de gritos, no caso de hoje e de qualquer outro dia que tenha uma partida de futebol é bem maior. É a união e a fidelidade entre os que torcem para o mesmo time, que se tornam companheiros dividindo um rádio dentro de um ônibus ou passa de carro pelo outro soltando buzina e palavrões com muita, muita empolgação. Deixa eu ser moralista e dizer que o povo devia ser unido assim para outras coisas. Deixa?
Ou melhor - não vou ser moralista. Serei solidária. Se por um lado o time que perdeu sofre, são os cães que sofrem ainda mais. A cada barulho de fogos, meu cachorro tenta uma maneira de entrar em casa. Tenta a janela da cozinha, onde sempre olha pidão por uma lasca de carne. Tenta pela porta da sala, que já está totalmente arranhada e envergada, mas ainda que tarde tem uma proteção de madeira para evitar futuros arrombamentos caninos. Agora tenta aqui na minha janela, altos pulos que em qualquer outro dia eu desconfiaria que não daria em nada, mas hoje aposto minhas fichas que ele cairia bem aqui no meu colo.
Eu fico mais ou menos assim com a seleção de vôlei masculino jogando... não, não como o meu cachorro, mas como a torcida que falei logo mais no começo. E meu cachorro fica mais calmo, com certeza, mesmo que eu pule do sofá e grite. Desconfio até que ele fica feliz, as vezes um pouco entediado, me olhando de canto. Mas bem mais feliz que uma partida de futebol.
Portanto, defendo meu cachorro e todos seus parceiros num dia desses. E vou dar isso como motivo para eu não gostar de dias assim*.

* com excessão dos dias que estou no bar com os amigos, aí um doido grita "chuuuupa", e a gente grita junto e até faz amigo fingindo torcida pelo gol ou indignação pela injustiça do juiz. Isso é futebol de classe.

sábado, 1 de maio de 2010

Luz, camera, ação!

A Luz sem luz é como no teatro, quando a iluminação cede por uns instantes para que o cenário se altere. Não podemos dizer que seus personagens já não estavam ali antes da luz se apagar, eles apenas se transformam, ou tomam maior notoriedade.
Na última sexta resolvi descer na estação, rumo a José Paulino, às 18h que não era horário de verão. Era noite - e acrescente uma narração com a voz do Gil Gomes no momento que desejar. Fui andando contra o fluxo, que corria para pegar o aconchegante metrô no horário de pico (a). Era uma maré de gente, e eu nadando contra aquilo, numa José Paulino prestes a ficar deserta, exceto por alguns policiais na porta de algumas lojas. Continuo não recomendando a Luz e seus arredores para um passeio noturno, a não ser que seja um caso à parte. O meu era.
Cheguei na Oficina Oswaldo Cruz para uma entrevista com Christian Petermann, aquele critico de cinema que foi/é editor da Set, escreve para a Rolling Stones e faz uma ponta no programa do Ronnie Von. Gostei dele de cara. Primeiro pela paixão incondicional pelo trabalho dele - nada daquela figura "cricri" que temos em mente quando imaginamos um critico. Ser apaixonado pelo que faz e transparecer isso é deslumbrante. Depois por alguns pontos de vista que compartilho absolutamente, e uma forma de abordagem em grupo que não intimida ninguém - melhor, aproxima. E ele adora trilha sonora. Já falei que amo trilha sonora, mesmo muito leiga no assunto, né?
Acho que o que me espera pelos meus meses restantes desse ano em solo brasileiro será de muito cinema - que ruim, não?
E, pelo amor de Deus - aos que acham que eu entendo de cinema, oh boy. Eu simplesmente amo, mas tô longe disso. Mesmo. Mas gosto de falar muito, muito sobre cinema e música. Eu respiro isso, e troco facilmente uma balada por um filme ou minha cama e um uberfone de ouvido com um bom som. Vem de dentro, e acho que isso é importante para qualquer um - não sufoque seus gostos, mas também não tente mostrar algo que não é.
Enfim...
Quero compartilhas a delicia das próximas semanas por aqui. Até planejei alugar pilhas de filmes esse final de semana, mas o trabalho me impede (parcialmente). Aluguei Adeus, Lenin! (com o ator que fez o soldado apaixonado pela Shoshanna de Bastardos Inglórios), e Munique, do Steven Spielberg. Comentários em breve.

Alice



O burburinho do entretenimento cinematográfico do momento é: você viu Alice?
Sim, eu vi Alice. Entre outros motivos, os mais fortes estão abaixo, e tenho certeza que você foi também por causa de um deles:

- Sim, eu fui por causa do Burton;
- Sim, eu fui por causa do Depp;
- Sim, eu fiz questão de ver em 3D por causa dos dois itens acima;
- "Alice" é a minha história infantil preferida produzida pela Disney;
- Eu li o livro há muito tempo, então desconsidere o fato "eu li o livro".

Não tem como avaliar o filme sem se basear na história original de Lewis Carroll. Até porque a proposta foi dar continuidade à história. Visualmente o filme é lindo. Muita cor, a parte sombria e louca da mente de Tim Burton estampada na tela e os personagens amáveis - destaque para o Gato Risonho e a Lebre de Março. Mas e a história? A história de perde do original - vamos lá, gente, não é uma continuação? Ficou rala, pouco interessante. Bem contra o mal? Esse não é o fundamento de Alice. O destaque, para mim, sempre foi as alucinantes descobertas no País das Maravilhas. Tá, ela já tinha descoberto quando caiu no buraco seguindo o coelho pela primeira vez. Então acaba por aí? Se for assim, melhor que nem fosse continuação. Que fosse o desenho adaptado para as telonas, com atores humanos e aquele toque by Burton.
Não culpo o Tim Burton por não ter gostado do filme o quanto esperava - até porque o que mais me decepcionou foi o roteiro. E Depp... bem, ele eu nunca culpo de nada. E deixo claro, também, que amo Sweeney Todd, Edward Mãos de Tesoura e Ed Wood, parceria Depp + Burton. Mas vendo a bilheteria de Alice, o filme ficou com cara de receita de bolo.

Burton + Depp x 3D = $$$$$$

Ah, e fica uma recomendação: não perca dinheiro vendo em 3D. O filme foi adaptado, e não criado para a terceira dimensão. Mas assista, ainda assim há um encanto perdido no meio do País das Maravilhas de 2010.


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