sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A arte democrática

Vamos valorizar a arte democrática, ainda discriminada no Brasil ;)

Segue a matéria publicada no site da Secretaria de Estado da Cultura sobre o nosso primeiro museu de arte urbana:

Mais de 50 artistas que trabalham com grafite foram convidados a fazer intervenções em 33 colunas da Avenida Cruzeiro do Sul, em São Paulo, transformando a região em uma grande galeria a céu aberto. O projeto, que resultará no 1º Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU), é apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura e pelo Paço das Artes.

Ao todo, serão 66 intervenções artísticas de tema livre, duas (frente e verso) para cada coluna da avenida da zona norte da Capital. Entre os 50 artistas do grupo “Coletivo PHA” que participarão da ação estão Chivitz, Binho Ribeiro, Akeni, Minhau, Speto, Presto, Markone, Onesto, Zezão e Highraff. O trabalho dos artistas começa nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, das 10h às 22h, e se estende até o começo do mês de outubro.

Além de recuperar a região, hoje degradada, o projeto visa também a incentivar o gosto pela arte urbana em crianças e adolescentes, por meio de ações educativas. Para isso, os responsáveis pela intervenção darão orientações a diretores, coordenadores e professores de escolas públicas e particulares da zona norte sobre a importância desse tipo de arte, mostrando como o grafite causa impacto nos jovens. A intenção, segundo os organizadores, é mobilizar o interesse juvenil em torno da arte.

“Reconhecer o valor da arte urbana é promover a diversidade dos olhares sobre a cultura e sobre a cidade”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A intervenção urbana na Av. Cruzeiro do Sul converterá a região numa galeria de arte a céu aberto e deixará o bairro de Santana mais bonito e agradável para moradores e turistas, que poderão prestigiar este novo museu da Capital gratuitamente.

Sobre o projeto

Após a interrupção de uma obra e a detenção de um grupo de artistas neste mesmo local por não possuírem autorização legal para pintar as colunas do Metrô na Av. Cruzeiro do Sul, iniciou-se uma busca incansável para transformar o ocorrido em um projeto de arte.

Binho Ribeiro e Chivitz, juntamente com o apoio do Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, do Presidente do Metrô, Sergio Avelleda, e de Regina Monteiro, da SP-Urbanismo, e através da produção do Paço das Artes, orgulhosamente inauguram o "Museu Aberto de Arte Urbana".

1º Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo
Local: Colunas que sustentam o metrô da av. Cruzeiro do Sul
Período: setembro a outubro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pearl Jam 20


Se fosse necessário resumir em poucas palavras o documentário Pearl Jam Twenty, elas seriam: ainda tem ingresso para Porto Alegre?
Falo como fã, que o coração pulou mais forte e mais apaixonado depois das quase duas horas de história que não deixaram o essencial para trás. Os principais momento da banda foram mostrados com intensidade: o impacto que a descoberta do verdadeiro pai de Eddie teve nas músicas da banda; seu jeito passional ao passar desde o amor até o ódio nos palcos - e aquela cena única, onde Vedder fica extremamente puto com o segurança que não é muito prestativo com o fã bebado que é retirado da platéia. Fica nítido, também, os dois maiores impactos que a banda sofreu e - muito felizmente - se recuperou: a morte do primeiro vocalista, enquanto a banda era Mother Love Bones, e a morte de nove fãs durante um festival.
Não faltam também os momentos engraçados. A história dos integrantes individualmente, o menosprezo da banda quanto à premiações - incluindo um Grammy largado no porão e Eddie recebendo uma estatueta dizendo que aquilo não tinha significado algum. Quem não riu quando a cena do Celebrity Deathmatch, de Scot Stapp vs Eddie Vedder? E quem não abriu um sorriso junto à Eddie quando ele lembrou do dia que conheceu Pete Townshend do The Who?
Não há maior sinceridade a ser mostrada senão a própria banda no palco. Música, amor, sinceridade e respeito à própria crença - e se houvesse uma única definição para tudo isso junto, ela seria Pearl Jam.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Uma das horas mais esperadas: fazer um desejo e soprar a velinha.
Capote disse uma vez que mais lágrimas são derramadas por preces alcançadas do que pelas que não são. James Hatfield acrescentou que precisa ter cuidado com o que se pede, porque você pode conseguir. Basicamente tenho fugido de pedir - sigo enfiando a cara e fazendo. Tem dado certo. Em 24 anos talvez eu tenha conseguido mais do que eu sonhei ou até mesmo um dia tenha pedido, seja em sopro de velinhas ou predendo a respiração ao passar num túnel. Mais do que barganhas com Deus através de promessas ou de simpatias de revistas baratas.
Nas velinhas desse ano resolvi não pedir. Olhei para os lados e sabia que não precisava disso. Congelei para uma foto e depois soprei - afinal, apesar da hora mais esperada ser o pedido e as velas, preferi aproveitar o doce do bolo. Fica a dica.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Metade da água

Não gosto dessa coisa de ver a metade do copo cheio ou ver a metade vazia. Sem mais filosofias nessas duas, quero a terceira parte - a que sumiu. E sumiu? Quem bebeu metade da água? Fui eu? Espero que sim. Não gosto que os outros tomem do meu copo.
A sede, única para cada garganta, só a gente sabe. Tem os que degustam gota por gota, quase no conta-gotas, regrado, aquela metade que se foi. Tamanha lentidão e falta de gosto, terminam por consumir a outra metade sem onda, num gole só, e lá está a solidão do copo vazio. Há os que fazem o contrário, com medo do engasgo, e aproveitam pouco a pouco, mesmo que aquele último dedo seja até morno e sem gosto.
Mas olhando meu copo, vazio metade acima, cheio logo abaixo, bate uma amnésia de que a outra metade... não me lembro. Tenho que achar em algum lugar. Apesar de ter na lembrança e na boca, o frescor daquilo que já passou, sei que não me basta metade. Ainda preciso de uma... vida inteira.

terça-feira, 13 de setembro de 2011



Sorriso para fotos, com prazo de validade, que vira quadrado, amarelo, sem graça, a cada segundo que o flash não sai.
Sorriso que vem e que nem se repara.
- Você está sorrindo!
- Eu?
Sorriu.
Sorriso que custa. Uma careta, uma pirueta, uma queda, uma foto, um esforço. Qualquer esforço.
Sorriso bondoso, que forma uma linha, uma expressão, e expressa tanto.
Sorriso malicioso, na metade do rosto, aquele de lado, mal intencionado.
E aquele sorriso que sente- fecha-se o olho, abre-se a memória. Ao lembrar-se, sorri.
Também o sorriso sem dente, e outros com tanto - propaganda de pasta de dente.
Sorriso marcante, de canto, de meio, de escanteio, de onde for, mas aquele que a gente não esquece.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O que vem depois

Faculdade é coisa bem engraçada.
Quando estava no segundo ano, cursando comunicação, acabei caindo naquela revisão mental se era aquilo mesmo que eu queria. Quando concluí, isso ainda ficou. A dúvida não era sobre comunicação - que é a minha paixão -, mas fiquei bem dividida entre jornalismo e publicidade. Ainda tenho esse sentimento, mas virou uma dupla cidadania, algo bem praticável.
Aí vem a escolha da pós-graduação. Oh, dúvida cruel. Me dividi novamente. Mídias sociais - algo que adoro e com que trabalho - é razoavelmente novo, e poucas são as pós que valem. Encontrei duas: uma na ESPM, fora de cogitação pelo preço absurdo. A outra no SENAC, de Gestão de Mídias Digitais. Na parte de jornalismo, recebi indicação de uma amiga: Jornalismo Contemporâneo no Mackenzie. A grade era tentadora. Mas novamente me dividir entre algo no qual já tenho experiência profissional e algo novo, que adoraria mas me deixaria um pouco perdida no mercado.
Eis que surgiu uma luz: uma pós-graduação na USP, de Mídia, Cultura e Informação. Uma soma das duas coisas que mais me dividiram nos últimos anos. Descobri um pouco em cima da hora, já que faltava um mês para a prova e seria necessário a leitura de três livros - um deles bem difícil de achar. Mas arrisquei - e passei!
Sempre vejo que uma galera cai aqui no blog por buscas no Google, o pai dos aflitos. Sim, caros, a dúvida nos seguiu, segue e seguirá sempre. Ainda mais com algo que mexe bastante com nosso futuro. Não sei quando abre uma nova turma para essa pós, mas é legal ficar de olho. Segue as matérias da grade:

- Cultura brasileira e latino-americana
- Informação e linguagem em novas mídias
- Jornalismo Cultural
- Metodologia de pesquisa em comunicação e cultura
- Produção midiática na área cultural
- Teorias da cultura

Pra quem curtiu, fique de olho no site da USP: http://www.usp.br/celacc/?q=node/13
Web Analytics