sábado, 25 de setembro de 2010

Liga de rugby

Ontem fui chamada para trabalhar num jogo de rugby no Suncorp Staduim. Todo mundo que aplicou na quarta foi chamado no dia seguinte. Tive que comprar blusa e sapato preto (alias, fica a dica pra quem ta vindo... so trouxe a calca social mesmo).
Fiquei encarregada de repor copos e dar uma ajudinha abastecendo as bebidas. Australiano bebe MUITO. Devido a lei aqui, cada pessoa so pode comprar um combo com quatro copos de cerveja por vez. Mais que isso e proibido. A gente ia enchendo os copos de cerveja e deixando no balcão, era serf-service. Depois, só pagar no caixa. Quando tinha intervalo na partida a coisa bombava. Coca com rum, vodka, cerveja... sério, australiano é muito sem noção com álcool. Como o lugar que eu trabalhei era na frente do estádio, deu pra ver um pouco do jogo. Quando um dos times fazia ponto, eles soltavam fogos do meio do campo! Muito legal. E tocou "What You Need", do INXS. Coisa linda! Nos intervalos também rolava uma bandinha tocando.
Gostei do Suncorp. Já consegui imaginar o show do U2 ali.
OH
My
GOD

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Coisinhas sobre a Australia parte 2

- Quis morrer numa loja de música que fui aqui. Tem tanta coisa do Jeff Buckley! Livro, vinil, DVD, cd... Do INXS acho que a maioria eu já tenho, e do U2 não me importo. Mas tem uns vinis lindos, sensacionais, de várias bandas.
- Achei No Line on the Horizon do U2, versao deluxe com livrinho e cd duplo por AUD$10! SOCORRO!
- Quero morrer também com as lojas de roupa. Tem muita coisa legal por até AUD$20. Ah, e muita meia calça legal!
- Brisbane é um OVO. Você sempre acha alguém conhecido, seja lá que beco você tenha se escondido.
- Quem vem pra cá TEM que ir na Typo! Sou fã numero 1 daquela loja. Já comprei um fone de joaninha, várias canetas legais (inclusive uma do Atari), meu relógio old school que sempre procurei no Brasil e nunca achei, uma ecobag que é um envelope e borrachas que são teclas do computador. O dono é o mesmo da loja Cotton On, que fica na Queen St, que também tem muuita roupa legal e ofertas de compra casada.
- Eu e outras pessoas dizem a mesma coisa: aqui a gente se cansa muito fácil e muito rápido. Ok que ultimamente andei feito um cavalo, mas há dias que não temos o que fazer e por volta das 8,9 da noite,já estamos derrubados. O que passa?
- As propagandas aqui são PODRES. Sério.
- O pessoal faz uma fila ABSURDA pra comer sushi num cubiculo que tem perto da escola. Não digo só estudantes ou só asiaticos,digo todo mundo MESMO.
- A maioria das lojas fecham às 6pm.
- Sabado a noite tem pouquissima gente nas ruas, tipo o nosso domingo. A coisa ferve mais de quinta e sexta.
- Passa muuuito rugby na TV. Tem crianças no parque com bola de rugby tentando jogar. Assiste rugby e vê se tem cabimento deixar seu filho jogar.
- Com um tempo, futebol fica meio sem graça quando você troca de canal. Cadê os caras se pegando, quase arrancando a perna um do outro?
- Falar português com brasileiros pode até atrapalhar seu aprendizado, mas nunca perca o contato com eles. Tem brasileiro indo e vindo pra Austrália, e o mesmo se aplica a trabalhos. A maioria do pessoal consegue trabalho por indicação. E mais - a maioria do povo aqui é oriental. Na hora do desabafo, das boas piadas, das dúvidas, nada melhor que alguém que te entende.


A odisseia do apartamento

Procurar apartamento em Brisbane é fácil. Há duas formas: conhecendo alguém que conhece alguém que tem uma vaga no apartamento, ou pelo www.sunbrisbane.com.
O problema é ACHAR.
Visitei vários apartamentos desde mais ou menos 1 semana e meia antes de expirar as 4 semanas pagas de homestay. Estava procurando com uma amiga brasileira, a Debi, porque a maioria dos lugares tem quarto para dividir - melhor que seja com alguém que eu conheço. Primeiro encontramos um muito legal porque tinha gente da Irlanda, Polonia, Colombia, Mexico... eram 7 pessoas. A maioria pra um banheiro. Casa com três andares. A gente até quase topou, até encontrar um outro. Era uma brasileira que estava voltando pro Brasil e estava passando o contrato do apartamento para uma turca e um brasileiro. O apartamento era lindo, ficava do lado da Story Bridge (aquela dos postais), do lado do Chinatown e do lado do Valley, onde tem todas melhores baladas da cidade. Pagamos o bond e fechamos o apartamento pra ficar. A gente se mudaria na sexta, data certinha que a homestay acabava.

BOND
Quando você entra num apartamento, 99% das vezes você paga o que chamam de bond, já que não existe fiador. O dinheiro do bond é uma garantia para o dono do apartamento ou para quem tem o contrato do apartamento. Se você zuar o apartamento, beijo e tchau por bond. Se você do nada resolver ir embora do apartamento, mesmo tendo pago as semanas que ficou, imagina a situação do cara que vai ter que pagar as próximas semanas sozinho. Nesse caso teu bond também já era. O bond varia de 2 a 4 semanas de pagamento. Ah, sim - não existe mensalidade, aqui tudo é semanal, de pagamento de contas até o seu próprio salário.

Voltando ao apartamento...
No dia seguinte que fechamos, descobrimos que o dono do apartamento não quis renovar o contrato, e queria alugar o apartamento para outros amigos. Resultado = quatro desabrigados. Isso foi dois dias antes do prazo da homestay acabar. SOCORRO! Como achar um apartamento em dois dias e se mudar?
Começamos a caça - achamos um pertíssimo de TUDO, baratissimo, e pra minha surpresa, quem morava lá era um amigo da minha sala. O problema é que era um ovo - pra secar a roupa tinha que pendurar num ferro dentro do quarto e deixar a janela aberta pra bater vento. Eu teria que dividir uma cama de casal com uma amiga nesse. Sem espaço suficiente pras malas, pra acrescentar. Um outro era maravilhoso, espaçoso, num lugar muito bonito. 5 party boys - cigarro aqui, cerveja ali, tuntz-tuntz... não, obrigada. Visitamos mais outros dois e nada, até que achamos uma casa bonitinha, só com uma tailandesa, bem perto, mas que ficaria livre só uma semana depois. Não teve jeito- não tinha mais NENHUM que tivesse as mesmas condições. Topamos.
O grande segundo problema é como passar essa próxima semana "desabrigada". Cada dia na homestay sairia AUD$30, fora passagem de ida e volta da escola. É MUITO caro. Eu quase fiquei na homestay, até que sabado vim para um churrasco dos brazucas e recebi vááárias ofertas de teto. Economizar faz bem, né? Me mudei para um apartamento com três meninos que conheci desde que cheguei, mais uma menina que conheci agora.
Me mudo sábado.
Eu espero.
Eu acho.

HAHAHAHAHAHA
ps.: comecei a entregar curriculos pessoalmente. Meda. Boa sorte pra mim!

sábado, 11 de setembro de 2010

Walk on, move on

Todo mundo pergunta como é estar aqui, se é mais legal, se não é, se tudo é mais barato, mais caro, se é dificil conseguir isso ou aquilo, se eu quero ficar mais tempo ou não...
Complexo, queridos. Muito complexo.
Cada um que vem pra cá tem uma história pra contar, e acredito que seja diferente a percepção de cada um de acordo com os próprios sentimentos e com as experiências que vive por aqui. A maior preocupação que é encontrar um emprego, por exemplo, vai muito de cada um. Não há regra. Os lugares mais próximos do centro são os mais procurados, e sempre os gerentes recebem pilhas de curriculos DIARIAMENTE. É tudo questão de sorte e muito mais ainda de network. Você conhece alguém que tá saindo da cidade e esse alguém te indica pra vaga que ele ocupava. Simples assim - é o metodo mais fácil de conseguir emprego. Agora com curriculo vai de bater na porta certa, na hora certa e com a pessoa certa. É por isso que alguns acham emprego em 1 semana e outro em 4 meses. Eu sinceramente não vou dar minha opinião porque eu vou começar a REALMENTE procurar a partir de amanhã, já que nas últimas semanas minha maior preocupação foi conseguir uma casa. Altos rolos... você olhando tem várias pessoas oferecendo apartamento pra dividir, o grande problemas são os detalhes. Com quem você vai dividir o quarto, quantas pessoas na casa, quem usa o mesmo banheiros, quanto você paga por semana, o que está incluso ou não. É MUITA coisa. Eu, por exemplo, achei um lugar maravilhoso, com vista pra Story Bridge, do lado do Chinatown e das baladas aqui (o nome do bairro é Valley). Iria dividir igualmente com pessoas maravilhosas. Fechei num dia, e no dia seguinte descobri que o dono do apartamento não quis renovar o contrato. Foi um pesadelo encontrar outro lugar e ter que ficar mais uma semana em homestay (carissimo!). Morar na cidade é essencial - você pode ter um emprego de madrugada e voltar a pé, sair sem se preocupar com horarios de ônibus e ferry, voltar pra casa e almoçar na hora da escola...
Em suma, tudo vai depender da sorte de você achar boas pessoas pra dividir apto, um emprego que te sustente e o jeito que voce lida com todas as pequenas neuras cotidianas. De qualquer forma, independente do perrengue ou não que você passar, a Austrália é um lugar maravilhoso. O transporte funciona, as pessoas são educadas e muito receptivas. Exceto alcool, cigarro e frango (pelo menos foram os três principais que eu ouvi reclamação e também comprovei no mercado que é uma facada), tudo é barato - claro, sem converter. Uma hora você simplesmente VIVE aqui e não consegue mais converter as coisas. Afinal de contas, a base que a gente tira aqui é pelo emprego e salário que dá pra ganhar. Então dá pra dizer que as coisas são baratas sim, porque mesmo sendo um faxineiro ou ajudante de fast food, você consegue se manter e comprar coisas legais numa boa.
Se eu ficaria mais tempo? Dificil dizer. Aliás, é uma coisa que eu nem respondo porque não tenho emprego, e se não conseguir emprego mal fico o tempo que quero ficar. Retornando a mesma pergunta, no caso de eu ter emprego, continuo sem saber a resposta. Só estou aqui há um mês, estou adorando, mas ainda não sinto a necessidade de ficar. Aqui é um lugar perfeito para fazer a vida - se eu tivesse filhos, adoraria que eles crescessem aqui. Mas a gente não pertence, não adianta. Digo isso muito mais culturalmente, e em questão das pessoas, do que do lugar. Se a gente debater lugar, não há motivo algum de querer voltar para o Brasil - no meu caso, São Paulo. Adoro São Paulo, mas quando cheguei em Brisbane, uma cidade pequena que nem todo mundo fora daqui conhece, é encantador. Não há razão lógica pra sentir saudades de São Paulo, de verdade. O problema são os motivos emocionais e culturais. Você é um milho dentro da panela de arroz. É diferente, não adianta. Estando em casa você faz amizade, flerta, namora, se relaciona de uma maneira compreensivel. Aqui não. Não encaixa com a mesma cultura, embora não seja algo precisamente chocante. Simples mudanças que provam que você não é daqui. E aí tem a familia e amigos que você deixa pra trás. Não dá pra traze-los pra casa, pelo menos eles, pras coisas fazerem mais sentidos. Então, como você não encontra esse meio termo, o equilibrio, o jeito é aproveitar ao máximo o tempo que você ficar SIM, porque é único, é sensacional, o quanto que durar. Mas no final, lembrando uma pequena frase de Walk On, do U2 - "home, that´s where the heart is".

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Infrações - flagras

Divertido - já que não é comigo - é ver a lei funcionando na cidade. Brisbane tem câmeras por todo canto, logo, se fizer alguma coisa errada, literalmente alguém te pega na esquina.
Primeiro, quando fui comprar o ingresso do U2, tinha uma moça fumando numa área proibida e ainda jogou a bituca no chão. Que animal. Multa nela, na hora.
Depois um bando de adolescente andando pelo centro. Isso não muda, adolescente é mala onde quer que você esteja. Pois bem - um menor estava bebendo cerveja e ainda com uma sacola cheia de latas. Vários policiais cercaram - primeiro viraram a ceveja no lixo, pra ninguém pegar a lata cheia depois - depois apreenderam a sacola com as latas fechadas. Multa nele, e se pegar, no estabelecimento que vendeu a cerveja.
Ai se as coisas funcionassem assim no Brazolis....

Ano novo australiano


O Brisbane Festival (festival de música) teve inicio nesse sábado, e com isso tivemos aqui na cidade a tão aguardada queima de fogos. Tão aguardada MESMO. Sai umas 5pm pro centro e em todo lugar você via gente levando cesto de comida, lençol, tenda, barraca, cadeira a casa toda. O rio estava cercado de gente em cadeiras ou no chão, esperando 7:30pm pelos fogos. South Bank, o bairro que tem a praia artificial, estava PENDURADO de gente. Impossivel caminhar. Então voltei eu e minha amiga brazuca, Debi, no Citycat (ferry). No rio tinha vaaarios barcos e navios especiais para a queima de fogos, muito legal. Uns eram simples pra passeio, outros tinham festa dentro, com mesa, comida e drinks. Na parada da ferry por centro da cidade deu pra ver bem os fogos. Foi muito legal! Super clima de ano novo. O mais legal é que os fogos na Story Bridge (principal ponte e cartão postal daqui) espelhava nos prédios ao lado. Acho que durou uns 15~20 min, sendo acompanhado pela Triple M (rádio aussie) com muita música boa- passando por Queen, Maddona, até os donos da casa, ACDC e INXS. Tocou Good Time, nem acreditei! A única brasileira que pirou com a música = eu! Hahahahaha Ah, e passou pela última vez no céu australiano um avião modelo F-111. É impressionante - é mega rápido, faz um barulho ensurdecedor, mas parece um foguete lançado no céu.
No final das apresentações o pessoal pegou tudo e foi embora. Acampar nem precisava pra realmente ver os fogos, mas vale entrar na brincadeira!
Ah, com um mero detalhe: mais ou menos meio milhão de pessoas sairam nas ruas pra ver os fogos. Todas ruas limpas depois que terminou.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O tempo passa, a gente enjoa de U2, desce a lenha... mas quando eles anunciam um show, tudo aquilo que estava provavelmente apenas adormecido vem com tudo. Desde que o U2 anunciou show na Austrália eu comecei a surtar. Coitados dos meus friends que assinam o fã clube...
Masss resolvi dar uma de macha e fui eu mesma comprar o ingresso aqui, mesmo todo mundo falando que esgotaria logo. Bom, pior que a organização do show do Brasil não dá - logo, tudo é lucro. Como não queria comprar online (por dois motivos: sitye congestionado e tarifa altissima), fui na Ticketek no centro de Brisbane. Era 7h50, a venda começava 9h. Umas 50 ou pouco mais pessoas na minha frente. Então alguém comentou que na Vertigo deixou de ir porque quis comprar online, o site deu pau, e os ingressos se esgotaram em horas, não dando o minimo de tempo de ir numa bilheteria. Dá 9h, fila anda... eu vi bem? Uma BARRACA? Uma não, duas, de pessoas diferentes. Sim, sim, sim - australianos da gema acampando pra não ter dúvida que o ingresso sairia de lá nas mãos deles. Primeiro boom: Red Zone só online. Segundo boom: em 15 minutos, Red Zone esgotada. Doi barriga, cabeça, a imunidade vai abaixo de zero. Quando eu estava a primeira da fila, a menina que estava na minha frente negociava com a moça do caixa. A funcionária disse que só tinha conseguido 5 pra pista. Aí a menina "então me dá 2, certeza. Não, não, me dá 4. Err... vai 5, isso mesmo." Quis morrer. Quando chegou na minha vez, fui pedir 2 (vou com uma school mate) e a funcionária começou a apertar duas teclas repetidamente, over and over. Realiza meu estado de coma HAHAHAHA! Aí ela "hmm.... acho que não tem mais". WHAT??? Brincalhada né. Depois de apertar as mesmas teclas mil vezes ela achou o ingresso. Pau no sistema. Depois fui dar meu Visa Travel Money pra pagar, aí ela "Hmmm, acho que esse a gente não aceita", "aceita sim, vamos tentar". E passou. De repente passou dor de cabeça, de barriga...
É, meu povo - ingresso do U2 mais uma vez na mão, após 4 anos de Vertigo Tour no Brasil.
Agora é só torcer pra conseguir um emprego pra me garantir aqui até dezembro. Bom motivo eu já encontrei! ahhahahaha

E amanhã...
Queima de fogos em Brisbane! Maior que a queima de fogos do ano novo em Sydney! Imagina só! O problema é que tem previsão de chuva. Altas emoções. Aguardem!
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