sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sim, é pessoal: Batman, The Dark Knight

Eu lembro quando achei uma noticia na net que alguém tinha conseguido dar um olé e descobrir a capa da nova edição da revista Empire, que estava sendo revelada pouco a pouco. Eu bati os olhos e vi o Heath Ledger de Coringa. Perfeito. Então comecei a acompanhar o viral do novo filme do Batman. Oito meses acompanhando algo genial que, Heath Ledger à parte, me deixou de queixo (eternamente) caido.
Era incrivel cada site criado, e como eles atingiram exatamente o publico que queriam: claro, uma boa parte dos facinados por HQ estão colados na net. E quem não estava? Seria contaminado por eles. Todos sites de Gotham foram cuidadosamente estudados, desde os personagens envolvidos até o design das paginas. Um exemplo de site que me chamou muito a atenção foi o forum do Citizen for Batman, e essa vai para quem participa de foruns na internet: o negócio é per-fei-to! Os usuarios e o avatar, os tópicos, as brigas e topicos fechados, usuarios expulsos, assim como um forum real. E esse estudo em publicidade é realmente facinante: conviver para saber fazer.
Bom, chegando então na segunda semana de Julho, o coração foi batendo mais forte- sinal de que os virais estavam acabando, e o filme estreiaria. Era muita expectativa, boas e ruins: primeiro que os virais acabariam. Sem mais esperas de relogios pararem, encontro de pessoas pintadas no meio da rua, contar janelas, tocar telefone, emails etc. O bom: o filme chegaria. Sem mais especulações de novas fotos ou trailers. E o medo pior: de tudo isso ter sido uma grande expectativa... por nada. Não teve uma pessoa que não temeu que o filme seria menos do que toda essa campanha gigantesca. E então, chega o dia 18. Não, não- chega o dia 17!
Surtos psicóticos quando eu soube que iria na pré do Omelete, um dia antes da estréia. Milhares de planos depois, tudo deu certo, mesmo sendo do outro lado do mundo, o Market Place.
Eu de Harley Quinn, Túlio e Marcos de Coringa, Mariel de Rachel. Devidamente trajados, devidamente ansiosos.
21h30, e o filme começou.
Uma critica? Acho que todos os sites já fizeram isso, e muito bem feito. Incrivelmente padronizado, eu diria- fato inédito para um filme, ainda mais de super-heroi. Mas vamos fazer alguns destaques relevantes.
Christian Bale: boy, ele me adotou. Uma orfã de Heath Ledger ganhou um novo ator para acompanhar. Adoro ele como Bruce Wayne, porque ele sabe atuar perfeitamente na pele do playboy e do herói. E algo super girlie: ele é lindooo! Fato.
Aaron Eckhart: depois de Obrigado por Furmar, ele só podia ser Harvey Dent. Magnifico.
Michael Caine: sim, ele é O Alfred. Super prudente, o equilíbrio.
E então, os dois majoritários destaques.
Chris Nolan, que superou todo e qualquer filme do Batman. O que é muito brilhante nesse filme é como ele coloca a questão do que é ser um herói. Os dois lados da história: bem e mal, que se completam. A mentira e a verdade, que coexistem na coerência. Se Heath merece uma indicação para o Oscar, o Nolan também não?
E então, Heath. Talvez não tivessem o reconhecido antes, não da grandeza que ocorreu agora, porque ele nunca tinha encarado um papel de vilão. O engraçado é que, antes do filme tomar grande destaque, eu li vários posts em blogs recriminando a escolha dele para o papel. O Heath morreu, mas calou a boca de muita gente.
Eu cheguei a dizer que não teria problema nenhum dar este papel à outro ator, pois seria um disperdicio que tudo terminasse assim. Mas, depois de assistir esse filme, eu diria que eu não tenho vontade de ver outra versão de Coringa que não seja essa. Ele consegue passar caos, humor, inteligência, desespero. Ele é uma mistura de tudo, e mais. Cada frase do Coringa é digna de memorização, para na 93840° vez que você assistir, você falar junto com ele enquanto o filme passa.

Bom, este post ficou guardado nos meus rascunhos, mas agora saiu. E diga-se de passagem, já vi o filme duas vezes. Terceira domingo, com a Máfia.

WHY
SO
SERIOUS?
Web Analytics