quarta-feira, 30 de março de 2011
Welcome to my limbo
terça-feira, 29 de março de 2011
Memórias da Austrália
terça-feira, 22 de março de 2011
Cover
Adoro aquela música Route 66, que não é do Depeche Mode. E “You’ve Got The Love”, que não foi escrita por Florence nem sua machine. Na verdade, em geral, eu gosto muito de músicas cover – acho que desperta interesse da nova geração – da velha, por que não – para músicos históricos, de um sucesso só ou de muitos, e conecta vários gêneros, épocas, mundos.
Pensei nisso ouvindo há pouco a versão do Vanguart para uma música do Dorival Caymmi, “O Mar”. Confesso, sem nenhum orgulho, que não sou uma pessoa muito por dentro da música popular brasileira, embora possa afirmar que há muita coisa boa do passado e do presente do nosso país. Resolvi então listar algumas regravações que me chamaram atenção – o outro lado da música.
1. Vanguart – O Mar
Como eu disse, foi a última versão cover que ouvi e gostei bastante. Vale dizer aqui que eu conheço Vanguart tão bem quanto Dorival – quase nada. Curioso.
2. O Rappa e Marcelo D2 – Hey Joe
Já gostei mais, tanto do Rappa quanto do Marcelo D2, mas sempre que começa Hey Joe na rádio eu penso “já deu… mas é muito bom”. Daí deixo rolar. Acho que foi uma versão muito feliz da música do Jimmy Hendrix, mestre dos mestres do rock. A letra ficou ótima, bem como a conversão do ritmo. Sem mais.
3. Tantra – Tropicália
Essa é da minha época de MTV, quando alienadamente nem sabia de quem era a música pensava “Caetano, sai daí, meu!”
Sempre é bom retormar essa época genial da música e dos movimentos politicos no país. E o Tantra fez isso bem, pesando numa versão mais rock ‘n’ roll de “Tropicália”. Uma pena que a banda não existe mais,
4. Travis – Hit me Baby One More Time
Quando fui no show do Bon Jovi, na Austrália, a banda que abriu era local, vencedora de uma competição na rádio para fazer o show. Eles tocaram “Dynamite”, uma música eletrônica que ainda está na parada, mas numa versão rock, onde todos arranjos eletrônicos foram substituidos por uma boa guitarra. Foi genial. Até porque o que mais vemos são músicas boas serem estripadas nas pistas como eletrônicas (Smells Like Teen Spirit e Walk the Line são exemplos de chorar). O oposto se mostra melhor, obrigado. Então surgiu, por exemplo, Travis cantando um clássico da Britney Spears. Podia ser cômico se não fosse tão legal.
5. Jeff Buckley – Hallelujah
Leonard Cohen tem seus créditos de autor, mas não tirem nunca o espirito de Jeff Buckley dessa música. Foi feita para ele, e para nossa sorte, música e cantor se encontraram. Amém.
6. Florence & The Machine – You’ve Got the Love
Após ouvir Florence, até Joss Stone soa fraco para a versão dessa música de 1986. Os arranjos da banda dá o toque e a graça que a música precisava – ressuscitou, e muito bem.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Mais música, por favor
Eu gostaria de ter a oportunidade de perguntar ao Bono como ele ainda aguenta tocar Sunday Bloody Sunday, With or Without You ou Pride. Obviamente ele me falaria que é o amor, e que tem gente sofrendo por aí, e enfiaria o conflito do Oriente Médio no meio... então, desisti. Prefiro me limitar a uma básica tietagem de fã do velho irlandês que um dia foi devasso, mas agora não consegue se livrar disso, ou ao menos faze-lo com muito sarcasmo, como antigamente. Ah, aquela ligação para o Bill Clinton... que saudades. “You can call me Betty”, disse o Bono na época que o americano era presidente. E hoje, nem as piadas sobraram.
A nova turnê começou bem, e foi sofrendo alterações de chorar. The Unforgetable Fire foi colocada para alegria de todos, até que o Bono foi cagando na letra, esquecendo e... pronto, fora do set list. O trio fantástico – Sunday Bloody Sunday, With or Without You e Pride estão lá, inteironas. Quem ainda aguenta? Três tipo de pessoa, eu suponho – as que nunca foram no show, as que só conhecem essas músicas, e as que comprar até o cocô que o Bono cagar. Fora essas pessoas, durante essas músicas dá para fazer uma ligação (“Galera, abaixa o som aí que eu tô no telefone”), ou levar um kit com lixa, esmalte e acetona para adiantar a manicure. 50% ou mais do show é pura politicagem. Fora do estádio então, é o massacre das petições. Ajudar é bom, mas as vezes a gente se pergunta se aquilo realmente é um show o se foi um equivoco.
Sim, eu sou fã do U2, e já fui a quartro shows da banda, e irei em mais dois. O problema é o U2 ser pintado como só isso – politica. Sou fã de “Boy”, do espetáculo Zoo Tv que, mesmo com uma mega estrutura, contava com um verdadeiro show e músicas que, mesmo a banda se apresentando com uma lona preta no fundo, faria sentido. O U2 faz sentido, mas parece que está se perdendo, se afundando em muito discursos e luzes e pouca música. Não deixo de ser fã, mas não apoio esse tipo de coisa.
Sem mais.