terça-feira, 22 de março de 2011

Cover

Adoro aquela música Route 66, que não é do Depeche Mode. E “You’ve Got The Love”, que não foi escrita por Florence nem sua machine. Na verdade, em geral, eu gosto muito de músicas cover – acho que desperta interesse da nova geração – da velha, por que não – para músicos históricos, de um sucesso só ou de muitos, e conecta vários gêneros, épocas, mundos.

Pensei nisso ouvindo há pouco a versão do Vanguart para uma música do Dorival Caymmi, “O Mar”. Confesso, sem nenhum orgulho, que não sou uma pessoa muito por dentro da música popular brasileira, embora possa afirmar que há muita coisa boa do passado e do presente do nosso país. Resolvi então listar algumas regravações que me chamaram atenção – o outro lado da música.

1. Vanguart – O Mar

Como eu disse, foi a última versão cover que ouvi e gostei bastante. Vale dizer aqui que eu conheço Vanguart tão bem quanto Dorival – quase nada. Curioso.

2. O Rappa e Marcelo D2 – Hey Joe

Já gostei mais, tanto do Rappa quanto do Marcelo D2, mas sempre que começa Hey Joe na rádio eu penso “já deu… mas é muito bom”. Daí deixo rolar. Acho que foi uma versão muito feliz da música do Jimmy Hendrix, mestre dos mestres do rock. A letra ficou ótima, bem como a conversão do ritmo. Sem mais.

3. Tantra – Tropicália

Essa é da minha época de MTV, quando alienadamente nem sabia de quem era a música pensava “Caetano, sai daí, meu!”
Sempre é bom retormar essa época genial da música e dos movimentos politicos no país. E o Tantra fez isso bem, pesando numa versão mais rock ‘n’ roll de “Tropicália”. Uma pena que a banda não existe mais,

4. Travis – Hit me Baby One More Time

Quando fui no show do Bon Jovi, na Austrália, a banda que abriu era local, vencedora de uma competição na rádio para fazer o show. Eles tocaram “Dynamite”, uma música eletrônica que ainda está na parada, mas numa versão rock, onde todos arranjos eletrônicos foram substituidos por uma boa guitarra. Foi genial. Até porque o que mais vemos são músicas boas serem estripadas nas pistas como eletrônicas (Smells Like Teen Spirit e Walk the Line são exemplos de chorar). O oposto se mostra melhor, obrigado. Então surgiu, por exemplo, Travis cantando um clássico da Britney Spears. Podia ser cômico se não fosse tão legal.

5. Jeff Buckley – Hallelujah



Leonard Cohen tem seus créditos de autor, mas não tirem nunca o espirito de Jeff Buckley dessa música. Foi feita para ele, e para nossa sorte, música e cantor se encontraram. Amém.

6. Florence & The Machine – You’ve Got the Love

Após ouvir Florence, até Joss Stone soa fraco para a versão dessa música de 1986. Os arranjos da banda dá o toque e a graça que a música precisava – ressuscitou, e muito bem.

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