domingo, 19 de julho de 2009

Os Reis Preguiçosos




O frio de 13ºC não impediu que centenas de pessoas saissem de suas casas com a familia- o que inclui cachorro e até violão- pra encher a frente do Museu do Ipiranga. Todos aguardavam ansiosamente até alguns músicos coloridos passarem entre as pessoas e anunciarem o que o espetáculo estava começando. Lá no alto do Parque da Independência, os carros alegóricos começavam a surgir, cada qual com seu rei, que repousava folgadamente enquanto o carro era puxado entre o povo. Os seis carros desfilaram num cortejo, cada qual com sua beleza. Um era um grande aquario com liquido verde e um peixe de ferro; outro, puxado por zebras, trazia um rei muito alegre que puxava as pessoas para dentro de sua carruagem. Logo mais chegava outro, com um rei sentado no alto e um ritmo empolgante de sanfona. No chão, cada carro tinha seus representantes, fosse algumas bruxas malucas ou um casal de caveiras gigante e simpatico.
Saindo dos carros que passavam pelo cortejo, havia um grupo com uma vaca leiteira. Uma vaca? Bom, era ferro torcido com um rabo de corda na ponta e tetas. Recrutaram uma moça e fizeram com que ela sentasse e ordenhasse a vaquinha, cujo leite seria servido ao rei.
Depois de muita música e festa, o cortejo chegou ao palco principal, onde um mobile humano foi formado.
Esses foram o grupo Transe Express da França, com o espetáculo "Os Reis Preguiçosos". Como um daqueles entretenimentos que você vê por video acontecendo em outro país e reclama "por que isso nunca tem aqui?". Ou mais ou menos como uma lembraça das festas que existiam antigamente pelas ruas, antes do Carnaval tornar-se algo puramente comercial.
Tem magia, encanto e simplicidade pelo jeito de passar a mensagem e nos cativar pelo olhar.
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