terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Histórias da cadeira colorida

Situação 1:

Um ônibus vazio à tarde. Um garoto senta num banco que, na ausência das pessoas para qual é reservado, o assento é livre.
- Dá licença? - chega uma senhora de idade.
- Desculpa?
- Tem como você sair? Esse lugar é meu.
- Senhora, o ônibus está vazio.
- Eu sei, mas esse lugar é meu.

Situação 2:

Um ônibus com as cadeiras da parte da frente todas ocupadas. Uma senhora de idade põe sua sacola no chão e segura no varão do banco a sua frente.
- Nem vem que eu não vou levantar. E estou cansada, a senhora pode procurar outro lugar que eu não vou levantar daqui - disse a jovem sentada na cadeira.
- Tudo bem, filha. Eu não disse nada.
- Então ótimo - a jovem voltou a colocar o fone do ouvido e apoiar a cabeça no vidro do ônibus.

As situações são fatos, por mais estranho que pareça. E eu sempre que uso transporte público me surpreendo sobre o mito do banco cinza, amarelo, ou seja lá que cor for, reservado para gestantes, idosos, pessoas com deficiência ou com criança de colo. Se a lei foi criada, é porque todas essas pessoas já sofreram muito desrespeito nesses lugares. O que eu acho engraçado é que o único crucificado da história é o mané que finge um cochilo quando chega alguém que está no direito de usar o seu lugar. E quem está do lado? Está faltando eu ouvir de alguém "ah, desculpa, mas não vou levantar porque a lei não exige". É questão de respeito. É questão de bom senso, de se imaginar naquela situação. Existe gente mal educada, que não agradece, que é rude? Sim. E é dificil lidar. Mas se fossemos pensar assim jogariamos todas as minimas cordialidades para o alto por causa de um ou outro que não a usam.
Tem um banco de uso especial livre? Ninguém nas condições da lei está ali par usa-lo? Use, qual é o problema? Mas sempre lembre-se que o mais improtante é, independente de onde estiver sentado, que você pode ser o primeiro a se levar e ceder o lugar, e não esperar que o babaca que finge a própria morte se toque e levante. Afinal, é por causa de pessoas como ele que existe essa lei. E pode ser por sua causa que muitas outras coisas desnecessárias possam nem começar a exisitir.
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