domingo, 6 de junho de 2010

Reflexões de domingo

Hoje foi a Parada Gay. Eu fui para a Paulista... para ir no cinema. Eu, duas amigas e tinha umas três pessoas na sala. Então eramos seis. Vai, não é tão coisa de doido então, né? Já estive na Parada em três outras ocasiões: a primeira em familia, só por curiosidade; a segunda fui para ir, segui carros, voltei de noite. Foi divertido. A terceira foi só de passagem, indo para o trabalho após o jogo de volei do Brasil. Hoje fui no cinema - é, na verdade eu faço uma coleção de idas inusitadas à Parada Gay. Já estou arquitetando o que fazer ano que vem.
Bom, mas segue algumas reflexões pessoais sobre isso:

- Por ser um evento grande que atrai milhões de TODOS - sim, todos - tipos de pessoa, em especial, claro, a classe GLBTS, isso "assusta" e ao mesmo tempo atiça a curiosidade de quem nunca foi. Para esses que nunca foram e tem vontade de ir: vão. É divertido, diferente de qualquer coisa que você já tenha ido. Mas tenha em mente que são milhões de pessoas, e que uma hora você vai ter que passar por alguma muvuca.

- Como qualquer grande evento, sempre tem os joselitos. Aqueles que extrapolam a liberdade de expressão e qualquer outro tipo de liberdade. Infelizmente, pela democracia do evento, não tem como evitá-los, e esse é o maior ponto negativo.

- Tenho amigos gays e fico pensando o quanto deve ser chato não poder estar em público com a pessoa que você ama da mesma forma que qualquer outro casal hetero. É preciso ter um dia do Orgulho Gay, ou um bar para gays para agir com normalidade. Só o fato de revelar a homossexualidade hoje em dia é algo que requer coragem, devido a sociedade, o convívio e tudo mais. Por isso sim, eu os admiro e apoio as causas à favor deles.

- Admirável a organização do evento e a ação imediata da prefeitura para a reorganização da cidade. Era 5 da tarde quando passei pelo Trianon, seguindo para o Brigadeiro, quando um batalhão de garis varriam a avenida e um caminhão limpava o chão com jatos d'água. Às 9, quando voltei para casa, a Avenida Paulista estava inteiramente impecável. Pronta para amanhecer segunda no seu velho e bom caos.

- E, para fechar, uma frase de Clarice Lispector na blusa de alguns gays dentro do metrô:

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"



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