Bom, mas segue algumas reflexões pessoais sobre isso:
- Por ser um evento grande que atrai milhões de TODOS - sim, todos - tipos de pessoa, em especial, claro, a classe GLBTS, isso "assusta" e ao mesmo tempo atiça a curiosidade de quem nunca foi. Para esses que nunca foram e tem vontade de ir: vão. É divertido, diferente de qualquer coisa que você já tenha ido. Mas tenha em mente que são milhões de pessoas, e que uma hora você vai ter que passar por alguma muvuca.
- Como qualquer grande evento, sempre tem os joselitos. Aqueles que extrapolam a liberdade de expressão e qualquer outro tipo de liberdade. Infelizmente, pela democracia do evento, não tem como evitá-los, e esse é o maior ponto negativo.
- Tenho amigos gays e fico pensando o quanto deve ser chato não poder estar em público com a pessoa que você ama da mesma forma que qualquer outro casal hetero. É preciso ter um dia do Orgulho Gay, ou um bar para gays para agir com normalidade. Só o fato de revelar a homossexualidade hoje em dia é algo que requer coragem, devido a sociedade, o convívio e tudo mais. Por isso sim, eu os admiro e apoio as causas à favor deles.
- Admirável a organização do evento e a ação imediata da prefeitura para a reorganização da cidade. Era 5 da tarde quando passei pelo Trianon, seguindo para o Brigadeiro, quando um batalhão de garis varriam a avenida e um caminhão limpava o chão com jatos d'água. Às 9, quando voltei para casa, a Avenida Paulista estava inteiramente impecável. Pronta para amanhecer segunda no seu velho e bom caos.
- E, para fechar, uma frase de Clarice Lispector na blusa de alguns gays dentro do metrô:
"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"