A sessão das 14h50 teve uma sala praticamente lotada, em plena quinta-feira- ao contrário da última vez que assisti "Queime Depois de ler".
Além do cinema ser o mesmo, o ator também era- Brad Pitt. Mas os personagens, aí sim, totalmente distintos.
Tanto que nenhuma sinopse que eu li do "Curioso Caso de Benjamin Button" resume bem a história ou a moral do filme, nem o personagem.
Ok, ele é um cara que nasceu em circunstâncias especiais- nasceu velho e, com o passar dos anos, rejuveneceu. Mas o filme passeia muito além.
Benjamin aos sete anos é uma criança presa no corpo de um velho atrofiado- tem a mesma inocência e senso de descobrimento de alguém da sua idade mental. Aos 17, Ben é um senhor de idade, mas quer procurar novos horizontes, aventuras- como um adolescente. Aos 40, encontra o equilibrio de corpo e mente.
Ben (ou Brad) em sua plena forma, de óculos escuros numa moto pelas ruas, com seu cabelo a-la-James Dean voando. Na sala, algumas muitas meninas tiverem sonóros orgásmos multiplos.Os meus eu preferi conter.
Além das ilustrissimas girlies cadeiras acima, bem na minha frente tinha uma Malu Magalhães. Certo momento do filme ela esticava os braços, pendurava a cabeça para o lado, quase até tocar no chão, e tentava achar a melhor luz da imagem do filme para olhar suas unhas. Quando Ben, muito jovem, mas ainda Brad Pitt, bate na porta da amada, a menina solta um "ah, é ele, né?". Bem observado.
De qualquer forma, não vamos perder o foco.
"O Curioso Caso de Benjamin Button" é sobre o valor das coisas, dos momentos, de aprender sempre a recomeçar. De que nunca é tão tarde, nem tão cedo. E que nada é eterno. À cada um, uma moral diferente. Ou somente a história do cara que nasceu "ao contrário", se você preferir. De qualquer ângulo, um belissimo filme.
