terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sobre nomes

Desde pequenas- sim, em principal meninas- são treinadas a batizar as coisas com nome. As bonecas, pelúcias, animais. Quando as mesmas meninas crescem e viram mulheres, e geram novas vidas, os nomes para filhos agora é de uma responsabilidade um pouco maior do que as de um cachorro ou boneca. É uma pessoa (não é?).
Quando eu estava na oitava série, lembro que um menino sempre chegava em mim para fazer o mesmo comentário:
- Meu cachorro se chama Bono. É que eu peguei ele na época que eles vieram para o Brasil, sabe?
Agora esses dias vi uma mulher que deu a certidão de nascimento do filho para que o baixista da banda autografasse. O nome do menino? Bono.
Também tem o famoso caso do Jack. Jack Bauer, Jack Sparrow, Jack White.
Aí você chega no Brasil e conhece o Jéqui, Djack, Jaque...
Também na minha ilustre ex-escola, tinha um amigo chamado James -pronúncia inglesa mesmo. A tia, quando assinou a lista da reunião, escreveu: Djames. Sensacional.
Todo mundo que conhece a minha pessoa sabe que sou apaixonada pelo nome Joshua, ou simplesmente Josh. Mas para ter um filho Joshua da Silva, Santos, Souza, Ferreira, eu fico com um João da vida. Ainda mais quando já tive a experiencia de conhecer o senhor Cicero Johnson, grande homem, que poderia ter nascido Cicero João numa boa.

Aí esses dias eu estava no metrô das seis da tarde, quando ouvi um diálogo que explica o que eu quis dizer:
- (...) qual o nome do seu filho?
- Ethan.
- Que?
- Ethan.
- I...
- Tã. I-tã.
- Íta.
- É, Ethan.
- Ah, hmm, que legal...
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