sábado, 22 de maio de 2010

Manias, Jack Bauer e despedidas

"Vai vai vai, arregaça ela! ARREGAÇA ELA! Isso!"
"Tooooooma, fidumapuuuuuu.. noooooosssa, nooouusss!"
"Atira, atira! Vai, seu BUURROOO! GAAAAHH!"

Não é jogo de futebol. Não é minha mãe vendo novela. Sou eu assistindo 24 Horas.

Eu tenho alguns TOCs em relação à filmes e seriados - alguns extremamente sérios, preocupantes.
Começando pela sala de cinema. Quando estou sentada mais para o meio da sala, eu gosto de virar e ver o rosto das pessoas e suas expressões quando estão assistindo o filme. Lembrou de Amelie Poulain? Agora imagina quando eu assiti Amelie Poulain e vi que eu não era tão doida assim? Ah, sim, aquela história de "a vida imita a arte"... primeiro porque, com absurda frequência (digno de TOC), eu comparo situações da minha vida com alguma cena de um filme. Ou com algum episódio de seriado (quase sempre de Friends). E porque eu vejo personagens, em todas as partes. Mais pelo fisico do que pelo psicológico.
Odeio quando estou com alguém vendo um filme que eu gosto e a pessoa olha para o lado, lixa a unha, levanta para fazer alguma coisa - mesmo que muito rápido - e não pede para pausar. Pior! Se eu pauso a pessoa soltar um "deixa passando". COMO ASSIM "deixa passando"? E assim como eu gosto de ver o rosto das pessoas na sala de cinema, eu presto atenção, mesmo que de soslaio, se a pessoa está prestando atenção no filme. Ou melhor, naquela cena primordial, o clímax, aquela frase, aquela cena única. Ah, e spoiler. Contar o final, contar um detalhe, contar... não conte. Você corre sério risco de vida. Da mesma forma, eu não conto final de nada para ninguém, a não ser que a pessoa me implore.
Sim, eu sei, sou doente. Assumo, e não busco cura.
Além de tudo isso, há um ritual: o ritual do fim de seriado. Quando eu estava com a sexta temporada de "Sex and the City" em mãos, assisti com todo cuidado. No último episódio fiz questão de estar sozinha na minha sala, e certa de que não seria interrompida por nada. E no último volume, assisti desde o começo, sem pular o "HBO" e a TV chiando. Sem pular a Carrie olhando para o lado e logo a vinheta ousada, sexy, dançante tomar conta. Eu estava me despedindo. Seria os últimos minutos inéditos aos meus olhos. Seria um adeus. Fiz isso com Friends também. Doeu no coração. Mas Friends, como poucos ou quase nenhum seriado, depois de você completar todas temporadas, pode assistir aleatoriamente e repetidamente sem se cansar. E rir das mesmas piadas.
Enfim...
Eis que é hora de dizer adeus para Jack Bauer. Nos três últimos episódios de 24 Horas eu tive ataques epilépticos. A oitava temporada começou mediana e está terminando magnificamente explosiva, venenosa, sangrente... terminando extremamente Jack Bauer. E, dude, seu nome pode estar na lista do FBI, CTU,CIA, SWOT, CSI, PCC, BOPE ou do raio que for - só não esteja na lista de Jack Bauer. Ou tome seu Imosec já.
E haja Imozec para os dois úiltimos episodios, meu povo! "It's the end of an era", diz o video promo. Eu sei. Já preparei meu DVD virgem para passa-los majestosamente na TV.
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