sábado, 1 de maio de 2010

Luz, camera, ação!

A Luz sem luz é como no teatro, quando a iluminação cede por uns instantes para que o cenário se altere. Não podemos dizer que seus personagens já não estavam ali antes da luz se apagar, eles apenas se transformam, ou tomam maior notoriedade.
Na última sexta resolvi descer na estação, rumo a José Paulino, às 18h que não era horário de verão. Era noite - e acrescente uma narração com a voz do Gil Gomes no momento que desejar. Fui andando contra o fluxo, que corria para pegar o aconchegante metrô no horário de pico (a). Era uma maré de gente, e eu nadando contra aquilo, numa José Paulino prestes a ficar deserta, exceto por alguns policiais na porta de algumas lojas. Continuo não recomendando a Luz e seus arredores para um passeio noturno, a não ser que seja um caso à parte. O meu era.
Cheguei na Oficina Oswaldo Cruz para uma entrevista com Christian Petermann, aquele critico de cinema que foi/é editor da Set, escreve para a Rolling Stones e faz uma ponta no programa do Ronnie Von. Gostei dele de cara. Primeiro pela paixão incondicional pelo trabalho dele - nada daquela figura "cricri" que temos em mente quando imaginamos um critico. Ser apaixonado pelo que faz e transparecer isso é deslumbrante. Depois por alguns pontos de vista que compartilho absolutamente, e uma forma de abordagem em grupo que não intimida ninguém - melhor, aproxima. E ele adora trilha sonora. Já falei que amo trilha sonora, mesmo muito leiga no assunto, né?
Acho que o que me espera pelos meus meses restantes desse ano em solo brasileiro será de muito cinema - que ruim, não?
E, pelo amor de Deus - aos que acham que eu entendo de cinema, oh boy. Eu simplesmente amo, mas tô longe disso. Mesmo. Mas gosto de falar muito, muito sobre cinema e música. Eu respiro isso, e troco facilmente uma balada por um filme ou minha cama e um uberfone de ouvido com um bom som. Vem de dentro, e acho que isso é importante para qualquer um - não sufoque seus gostos, mas também não tente mostrar algo que não é.
Enfim...
Quero compartilhas a delicia das próximas semanas por aqui. Até planejei alugar pilhas de filmes esse final de semana, mas o trabalho me impede (parcialmente). Aluguei Adeus, Lenin! (com o ator que fez o soldado apaixonado pela Shoshanna de Bastardos Inglórios), e Munique, do Steven Spielberg. Comentários em breve.
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