sábado, 1 de maio de 2010

Alice



O burburinho do entretenimento cinematográfico do momento é: você viu Alice?
Sim, eu vi Alice. Entre outros motivos, os mais fortes estão abaixo, e tenho certeza que você foi também por causa de um deles:

- Sim, eu fui por causa do Burton;
- Sim, eu fui por causa do Depp;
- Sim, eu fiz questão de ver em 3D por causa dos dois itens acima;
- "Alice" é a minha história infantil preferida produzida pela Disney;
- Eu li o livro há muito tempo, então desconsidere o fato "eu li o livro".

Não tem como avaliar o filme sem se basear na história original de Lewis Carroll. Até porque a proposta foi dar continuidade à história. Visualmente o filme é lindo. Muita cor, a parte sombria e louca da mente de Tim Burton estampada na tela e os personagens amáveis - destaque para o Gato Risonho e a Lebre de Março. Mas e a história? A história de perde do original - vamos lá, gente, não é uma continuação? Ficou rala, pouco interessante. Bem contra o mal? Esse não é o fundamento de Alice. O destaque, para mim, sempre foi as alucinantes descobertas no País das Maravilhas. Tá, ela já tinha descoberto quando caiu no buraco seguindo o coelho pela primeira vez. Então acaba por aí? Se for assim, melhor que nem fosse continuação. Que fosse o desenho adaptado para as telonas, com atores humanos e aquele toque by Burton.
Não culpo o Tim Burton por não ter gostado do filme o quanto esperava - até porque o que mais me decepcionou foi o roteiro. E Depp... bem, ele eu nunca culpo de nada. E deixo claro, também, que amo Sweeney Todd, Edward Mãos de Tesoura e Ed Wood, parceria Depp + Burton. Mas vendo a bilheteria de Alice, o filme ficou com cara de receita de bolo.

Burton + Depp x 3D = $$$$$$

Ah, e fica uma recomendação: não perca dinheiro vendo em 3D. O filme foi adaptado, e não criado para a terceira dimensão. Mas assista, ainda assim há um encanto perdido no meio do País das Maravilhas de 2010.


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