terça-feira, 9 de setembro de 2008

La Isla Bonita & the blond ticket

Quando uma pessoa pega gosto pra fila, nada tira isso dela. Sra Sakaki e eu somos provas vivas disso. Quando o show da Madonna foi anunciado, uma amiga nossa ouviu duas bees combinando, atecipadamente, como farias para revezar na fila para os ingressos da Maddy. Ou seja: loucura, loucura, loucura. Ou não.
Pode esperniar, contestar, o que for. Nada supera os ingresos do U2 no Brasil. Eu li, na época, que nas filas tinha mais gente do que o número de ingresoss disponiveis. No caso da Madonna, houve uma euforia sim, mas nos dois dias seguintes ainda tinha ingressos para pista e arquibancada.
Voltando a fila... as meninas chegaram às 7h, e eu fique na cama com cólica, pra variar. Ainda assim, consegui chegar por volta das 9h. O Parque Antártica fica ao lado do meu trabalho, o que não seria um problema já que eu trabalho do 12h às 18h. A bilheteria abriria ao 12h, mas acabou liberando às 10h. Inocentemente, pensei que eu iria para o trabalho já com meu ingresso. Rá.
Fato é que o Brasil não sabe trabalhar com grandes shows. Internet congestinou, pagamentos não foram reconhecidos, e as bilheterias travaram com apenas um caixa para uma fila enorme. Eu sai, fui trabalhar, e quando sai... a fila ainda estava lá. Imagina uma carioca que vem pra São Paulo e volta como se tive ido ali, em Ipanema: era a Cris. A Japa, minha parceira compulsiva de filas, tava com os papelões como cadeira, que antes serviam para evitar o sol no rosto.
O legal de filas são amizades instantâneas e temporárias. Primeiro um garoto de 16 anos que iria no show sozinho, todo aflito porque a mãe tinha que chegar para completar o dinheiro do ingresso. Até queria uma pista vip, mas o setor que custava R$600 (para os que compraram lá, $720 com taxa de *in*conveniência) já estava esgotado antes do meio-dia. A galera de trás fazia gritos de guerra e de apoio, ou de insanidade, depois que o sol já tinha cozinhado o cérebro de todo mundo. "JUS-TI-ÇA! JUS-TI-ÇA"- o grito acompanhou até a hora dos ingressos em mãos, às 22h. Foram 15h de fila. E se não mais divertido, a gente ligando para o nosso Madonna-descontrol-boy Fafa, num cel de Sampa para Pádua, tentando dizer que tinhamos comprado os ingressos. Aí no meio do metro, recebo a mensagem: "Não fala tudo ao mesmo tempo, porra! É o que eu estou pensando?". Claro, né. Fotologs, blogs, MSN e Orkuts estão todos gritantes: "MADONNA, EU VOU!".
Eu tenho que considerar que Madonna é ícone, e que é fato que a diva pop não vem mais para o Brasil (sem querer enterrar, mas já enterrando). Também levamos a séria compulsividade por filas, e o fato que 80% da Máfia estará lá, freaking out na fila e no estádio do Morumbi. Caso contrário, os R$150 valeriam mais na minha conta corrente.
Ah, não posso esquecer...

MADONNA= EU VOU!
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